Nesta quinta-feira, dia 01/04, no Repórter Record Investigação, Roberto Cabrini percorre vilas e becos das duas maiores favelas do estado de São Paulo durante dez dias. O jornalista registra o desespero de quem enfrenta a pandemia do novo coronavírus sem emprego, sem alimento e sem condições de cumprir as regras de higiene e distanciamento social. As equipes do programa também saíram às ruas da maior e mais rica cidade do País com o desafio de captar a situação dramática da população em situação de rua, em meio à pandemia.
Cabrini vai até as comunidades de Paraisópolis e Heliópolis ˗ juntas, elas têm mais de 350 mil moradores. A maioria vive em barracos improvisados, onde famílias numerosas se apertam em, no máximo, dois cômodos.
“Os moradores de favelas formam um território com mais de 16 milhões de pessoas em todo País, que é um território maior que o estado da Bahia. E é nesse território que nós encontramos o maior número de pessoas que não têm condições básicas de sobrevivência durante o período de crise. Quase 50% dos lares das favelas não têm água encanada, quanto mais álcool em gel”, ressalta Renata Meirelles, pesquisadora do Data Favela.
“Não tenho fogão, não tenho banheiro, não tenho comida”, resume dona Isabel Freire, moradora de Paraisópolis.
Do outro lado da cidade, no centro de São Paulo, Márcia também não tem o que comer, mas a situação dela é ainda pior. Ela mora na rua com o companheiro e o filho de sete anos, após serem despejados há seis meses, depois de não conseguir pagar aluguel. Tudo que eles têm agora está protegido debaixo de um cobertor que usam para dormir. “Agora a gente vive de doação. Meu marido faz uns bicos, mas não consegue nada. Porque está tudo fechado. O jeito é vender balinha no farol”, lamenta Márcia.
O programa ainda conversa com estudiosos e especialistas que falam sobre os desafios econômicos e sociais impostos pela pandemia.
O Repórter Record Investigação vai ao ar nesta quinta-feira, às 22h45. A apresentação é de Roberto Cabrini.