San Juan, 7 jan (EFE).- Sidney Poitier, o primeiro ator negro a ganhar um Oscar como protagonista de um filme, morreu nesta sexta-feira aos 94 anos, segundo o governo das Bahamas, país de origem de seus pais e onde ele viveu na infância e adolescência.
No Twitter, o gabinete do primeiro-ministro bahamense anunciou que o chefe do governo, Philip Davis, fará em breve “uma declaração sobre a morte de Sir Sidney Poitier”.
O vice-primeiro-ministro e também ministro do Turismo, Chester Cooper, lamentou o falecimento de um homem que ele descreveu como “um ícone e um herói”.
A causa da morte não foi revelada pelo governo bahamense.
Poitier nasceu em 20 de fevereiro de 1927 em Miami (EUA), durante uma viagem de seus pais, mas cresceu com os seis irmãos nas Bahamas, primeiro em Cat Island, e depois na capital, Nassau.
Aos 15 anos, ele mudou-se para os Estados Unidos, onde seguiu a carreira de ator.
Também foi um importante ativista de direitos civis, Poitier ganhou o Oscar de melhor ator em 1964 por seu papel no filme “Uma Voz nas Sombras”.
Cinco anos antes, em 1959, ele também se tornou o primeiro americano negro a receber uma indicação ao Oscar nesta categoria pelo filme “Acorrentados”.
Poitier foi também o segundo negro a ganhar um Oscar em qualquer categoria, depois de Hattie McDaniel, que em 1940 levou a estatueta de melhor atriz coadjuvante por “…E o Vento Levou”.
Em seus mais de 50 anos de carreira de ator, ele atuou em mais de 40 filmes, incluindo clássicos como “Adivinhe Quem Vem para Jantar”, “Ao Mestre, Com Carinho” e “No Calor da Noite”.
Em 2002, ele recebeu o Oscar honorário pelo conjunto de sua obra, um prêmio concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas às personalidades do cinema que tiveram um lugar especial no setor.
O ator, diretor e ativista foi um ídolo de Hollywood e também serviu como embaixador das Bahamas no Japão de 1997 a 2007. EFE