Terminam as filmagens do longa As Polacas, estrelado por Valentina Herszage e Caco Ciocler

Diário Carioca
Valentina Herszage e Caco Ciocler

As filmagens do longa “As Polacas”, dirigido por João Jardim, terminaram esta semana no Rio de Janeiro. Protagonizado por Valentina Herszage e Caco Ciocler, o filme se passa em 1917, e conta a história de Rebeca (Valentina), uma mulher judia que foge da Polônia em direção ao Brasil, junto com seu filho, o pequeno Joseph, para reencontrar o marido e começar uma nova vida. Chegando ao Rio de Janeiro, Rebeca descobre que o marido faleceu e se vê num país estranho, desamparada, sem dinheiro e sem lar. Ela então logo torna-se alvo de Tzvi (Caco), um dono de bordel envolvido com tráfico de mulheres. Chantageada, a jovem terá que lutar por sua liberdade.

O longa é inspirado na história real das “Polacas”, como ficaram conhecidas as mulheres européias que chegaram no país a partir do ano de 1867 até a primeira metade do século XX. Vindo em sua maioria da Polônia, e quase sempre induzidas com promessas de uma vida melhor, eram enganadas e levadas a prostíbulos. Na ficção, de forma poética, serão retratadas algumas conquistas da Polacas, a sororidade que existia entre elas, e a organização que criaram para assegurar alguns direitos básicos, como a construção de um cemitério para serem enterradas de acordo com suas crenças.
 

“‘As Polacas’ é uma história emocionante de mulheres que lutaram pela liberdade e dignidade. A trama é contada sob o ponto de vista de Rebeca (Valentina), um olhar de resistência. Toca em temas que infelizmente ainda são muito presentes como machismo, misoginia e o tratamento dedicado a imigrantes em diversos países. Ao jogar luz na história real das Polacas, olhamos pro nosso passado, e repensamos esses males ainda tão presentes no mundo atual”, comenta o diretor João Jardim, que em sua filmografia assina longas com temas que dialogam com a nova obra: “Getúlio” (2014), que também foi inspirado numa história real, e o docudrama “Amor?” (2011) que reúne depoimentos reais sobre violência contra a mulher.

“Desde que tomei conhecimento de quem eram as Polacas, pensei em quanto era importante trazer esta história para o público. Falar quem eram, como chegaram ao Brasil, ao que foram submetidas, e mostrar seu exemplo de fonte inesgotável de resiliência e superação”, diz a produtora Iafa Britz. “Foram muitos anos trabalhando junto a Globo Filmes que convidou a Migdal para tal empreitada. ‘As Polacas’ é uma história que dialoga com nosso mundo atual: crises de imigrantes em todo o mundo, exploração e agressão às mulheres. Trazer à tona esta história nos faz mais autocríticos em relação a nossa sociedade”, acrescenta Iafa.

Além de Caco Ciocler e Valentina Herszage, o longa reúne ainda Dora Freind, Amaurih Oliveira, Otávio Muller, Clarice Niskier, Anna Kutner e grande elenco. “As Polacas” tem roteiro final de George Moura, coescrito por Jaqueline Vargas, Teresa Frota e Flavio Araújo. A história é livremente inspirada nos livros “El Infierno Prometido: una prostituta de la Zwi Migdal”, de Elsa Drucaroff Aguiar, e “La Polaca: Inmigración, Rufianes y Esclavas a comienzos del siglo XX”, de Myrtha Gladys. Ambos os livros retratam a história real das “Polacas”.

Por tratar de um tema delicado relacionado ao universo feminino, a produção reuniu uma equipe técnica formada em sua maioria por mulheres, entre elas Louise Botkay, diretora de fotografia, Camila Moussallem, diretora de arte, Mariana Sued, figurinista, e Rose Verçosa, maquiadora. Para a reconstituição histórica o longa contou com locações em bairros do Rio de Janeiro como Alto da Boa Vista, Centro e Guaratiba, além de Niterói.

“As Polacas” é uma produção da Migdal Filmes, em coprodução com a Globo Filmes e a RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Governo e Integridade Pública da Prefeitura do Rio. A distribuição nos cinemas será da Imagem Filmes.

SINOPSE
 

1917. Fugindo da fome e da guerra na Polônia, Rebeca (Valentina Herszage) chega ao Brasil para reencontrar o marido e iniciar uma nova vida. Porém, ao contrário das promessas de felicidade, a realidade que encontra no Rio de Janeiro é completamente diferente. Ela descobre que seu marido faleceu e acaba refém de uma grande rede de prostituição e tráfico de mulheres, chefiada pelo impiedoso Tzvi (Caco Ciocler). Mesmo tendo que transgredir com suas próprias crenças, Rebeca encontra aliadas que vivem o mesmo drama que ela e, juntas, lutarão por liberdade.

FICHA TÉCNICA:
 

Direção: João Jardim

Produção: Iafa Britz

Roteiro: Jaqueline Vargas, Teresa Frota e Flavio Araújo

Roteiro Final: George Moura

Produção Executiva: Angelo Gastal e Marcelo Guerra

Direção de Fotografia: Louise Botkay

Direção de Arte: Camila Moussallem

Figurino: Mariana Sued

Maquiagem: Rose Verçosa

Produção de Elenco: Ciça Castelo

Som Direto: Guilherme Algarves

Montagem: Marilia Moraes

Coord. de Pós Produção e Finalização: Rafael Mattos

Elenco: Valentina Herszage, Caco Ciocler, Dora Freind, Amaurih Oliveira, Otavio

Muller, Clarice Niskier, Anna Kutner e grande elenco

Produção: Migdal Filmes

Coprodução: Globo Filmes e RioFilme

Produtor Associado: Guel Arraes

Distribuição: Imagem Filmes

SOBRE O DIRETOR – JOÃO JARDIM

João Jardim é diretor, produtor e roteirista. Cria filmes e séries para cinema, televisão e streaming. Sócio da Copacabana Filmes há 12 anos, também trabalha com outras produtoras na direção, produção e roteiro de ficções e documentários.

Na TV, assinou a direção e produção de cinco séries com temas atuais e urgentes para o Canal GNT e a direção da série do Fantástico “Nelson Por Ele Mesmo” (2017), disponível no GloboPlay. Dirigiu quatro episódios do especial “Por Toda a Minha Vida”, entre 2006 e 2009, na TV Globo.

Nos cinemas, seu primeiro longa-metragem de ficção, “Getúlio” (2014), foi aclamado pela crítica e público. No docudrama “Amor?” (2011) reuniu depoimentos reais sobre violência doméstica. “Lixo Extraordinário” (2010), filme que codirigiu, foi o primeiro documentário brasileiro indicado ao Oscar, conquistando prêmios em grandes festivais, como Berlim e Sundance. Seu primeiro longa-metragem, “Janela da Alma” (2001), também foi premiado em festivais pelo mundo. Seus filmes e séries estão disponíveis em plataformas de streaming. Seu longa mais recente, “Atravessa a Vida” (2020), mostra a busca de adolescentes por um ensino superior. A conexão com a juventude não é algo inédito. A superação de obstáculos pelos jovens por meio da educação também foi tema de seu filme “Pro Dia Nascer Feliz” (2006).

SOBRE A PRODUTORA – MIGDAL FILMES
 

Produtora carioca que já levou aos cinemas mais de 40 milhões de pessoas, tendo produzido dezenas de filmes e séries na última década. Em seu portfólio estão os filmes da trilogia “Minha Mãe É Uma Peça” (2013, 2016 e 2019), fenômeno de público e crítica, cuja terceira parte alcançou o posto de filme mais lucrativo da história do cinema nacional; o drama premiado “Casa Grande”; as comédias “Linda de Morrer” e “Carlinhos e Carlão”; o aclamado documentário musical “Cássia Eller”; o recorde de bilheteria “Nosso Lar”, a biografia cinematográfica “Irmã Dulce”, e o recente “M-8 –Quando a Morte Socorre a Vida”, vencedor de vários prêmios nacionais.

Produziu para a TV as três temporadas da série “As Canalhas” (GNT); as cinco temporadas de “220 Volts” (Multishow) e a primeira temporada de “Matches” (Warner), cujas novas temporadas serão filmadas ainda este ano. No line up de 2022/2023, grandes projetos estão em produção, entre eles a série “Body by Beth”, os longas “Overman”, de Tomás Portella, “7 a 1”, de Pedro Amorim, “As Polacas”, de João Jardim, e “Geni e o Zepelim”, de Anna Muylaert.

SOBRE A COPRODUTORA – GLOBO FILMES
 

A Globo Filmes atua como produtora e coprodutora de filmes brasileiros com foco na qualidade artística e na diversidade de conteúdos que valorizam a nossa cultura, maximizando a audiência no cinema e demais janelas. Desde 1998, participou de mais de 400 filmes, levando ao público o que há de melhor do cinema brasileiro; comédias, romances, documentários, infantis, dramas e aventuras. Fazem parte de sua filmografia recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ — ambos com mais de 11 milhões de espectadores –, sucessos de crítica e público como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, e longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ — com quatro indicações ao Oscar — e ‘Bacurau’, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Mais recentemente, com o reaquecimento da indústria pós-pandemia, lançou títulos como ‘Marighella’, ‘Turma da Mônica: Lições’ e ‘Medida Provisória’.
 

SOBRE A COPRODUTORA – RIOFILME
 

Fundada em 1992 para apoiar a produção e distribuição de cinema na cidade do Rio de Janeiro, a RIOFILME é uma empresa pública municipal que tem como missão promover o desenvolvimento da indústria audiovisual carioca, levando em conta seus impactos econômicos e sociais na cidade. Entre suas atividades estão a democratização do acesso às salas de cinema e a expansão do parque exibidor, o fomento às atividades da cadeia produtiva do setor, a formação de público e o suporte a produtores do Brasil e do mundo que querem filmar no Rio de Janeiro.

DISTRIBUIDORA – IMAGEM FILMES
 

Imagem Filmes é uma empresa nacional que atua no mercado de entretenimento do país como distribuidora de filmes independentes. Comprometida com a qualidade e variedade de produções, a empresa trabalha nos segmentos de cinema e televisão, e é responsável pelo lançamento de grandes produções nacionais, onde destacam-se: “Veneza”, “Ela Disse, Ele Disse”, “Carcereiros: O Filme” e “É Fada!”. Além das produções internacionais, como o premiado “VICE” e sucessos como “Pinóquio”, “Legado Explosivo”, “Rambo: Até o Fim”, “Amizade Maldita” e “Maria e João: O Conto das Bruxas”

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca