Da Belle Époque carioca ao Romantismo Alemão na Sala Cecília Meireles

Diário Carioca

Sala Cecília Meireles, espaço da FUNARJ, apresenta sexta, dia 2 de agosto (dentro do Festival da Música Brasileira na Belle Époque Carioca), o duo formado por Daniel Guedes (violino) e Simone Leitão (piano). No repertório, Leopoldo Miguez, Heitor Villa-Lobos e Henrique Oswald.

E no sábado, dia 7 de agosto, às 19 horas, dentro da série Música de Câmara, os quartetos vocais Canções Espanholas opus 74 de Schumman e Valsas de Canções de Amor Opus 52 de Brahms, além das Valsas para dois pianos também de Brahms.  Os intérpretes são Lina Mendes (soprano), Luisa Francesconi (mezzo), Daniel Umbelino (tenor), Lício Bruno (barítono), e Priscila Bomfim e Katia Baloussier (piano). A transmissão pela TV Alerj e pelo YouTube da Sala terá legendas em português.

Temporada 2021 da Sala Cecília Meireles tem o patrocínio da PETROBRAS.

Sala Cecília Meireles segue o Protocolo de Segurança Sanitária elaborado pela FUNARJ, ratificado pela Secretaria Especial da Covid-19 do Estado do RJ e adotado pelo Governo do Rio de Janeiro, via decreto.

Sexta, dia 6, 19h – Ingressos: R$ 40 Presencial e transmitido pelo YouTube da Sala e pela TV Alerj

Festival da Música Brasileira na Belle Époque carioca

A longa e prolífica influência da música francesa na obra de Miguez, Villa-Lobos e Oswald é clara. Miguez nasceu em Niterói em 1850, violinista e compositor, a sua escrita para piano é muito inteligente e eficiente e a sua colossal sonata para piano e violino, nos lembra muito a grande obra do compositor belga Cesar Franck. Essa peça definitiva no repertório para violino e piano escrita no Brasil exige muita maturidade, técnica e capacidade camerística dos dois intérpretes.

A primeira sonata para piano e violino de Villa-Lobos, foi escrita em 1912 e é ainda bem francesa em construção de atmosferas harmônicas, foi batizada por ele de Désespérance. É uma sonata fantasia curta, mas certamente a mais popular de suas sonatas para piano e violino.

Henrique Oswald nasceu também no Rio em 1852, teve toda sua formação na Europa e seu estilo reflete bem essa imersão. As duas obras, Romance e Andante para violino e piano, são elegantes e bem escritas, exigindo muita habilidade camerista e controle sonoro tanto para o piano quanto para o violino.

Daniel Guedes e Simone Leitão são parceiros musicais há mais de uma década à frente da Academia Jovem Concertante e esse recital será marcante para o duo em sua nova fase.

Link para compra na internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68206/d/102980

Daniel Guedes, violino

Simone Leitão, piano

PROGRAMA:

Leopoldo Miguez (1850 – 1902)

Sonata em Lá Maior para violino e piano, op. 14

I Allegro
II Andante expressivo

III Scherzo: Presto non molto
IV Vivace

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Sonata-Fantasia nº 1,  “Desésperance”

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Improviso nº 7

Henrique Oswald (1852-1931)

– Dois romances

– Andante

Sábado, dia 7, 19h – Ingressos: R$ 40 Presencial e transmitido pelo YouTube e TV Alerj

Série Música de Câmara

O AMOR EM SCHUMANN E BRAHMS

A década de 1840 foi especialmente proveitosa para o compositor alemão Robert Schumann – datam desta época seus ciclos de canções mais famosos. É o caso do ciclo Spanisches Liederspiel op. 74 (Canções Espanholas, op. 74), cujos poemas são baseados no livro “Canções Folclóricas e Romances”. São notáveis as estrofes que cantam dois amantes em fuga pelo rio Guadalquivir.  Mesmo não sendo muito musicalmente “ibérico”, o ciclo oferece aos ouvintes um rico mundo sonoro da Europa Central. As Valsas Liebeslider (Valsas de Canções de Amor) de Brahms, que completam o programa, também dão grande amplitude ao tema do amor. Em ambos os ciclos algumas canções são decididamente afetadas, outras melancólicas, algumas outras até eróticas, em certo ponto. Mesmo sendo baseadas em poemas de caráter popular, essas canções não deixam de ter sofisticação musical, numa celebração amorosa sob a ótica do Romantismo.

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Lina Mendes, soprano

Luisa Francesconi, mezzo

Daniel Umbelino, tenor

Licio Bruno, barítono

Priscila Bomfim, piano

Katia Baloussier, piano

PROGRAMA:

Robert Schumann (1810 – 1856)

– Spanisches Liederspiel op. 74 (Canções Espanholas op. 74)
1 – Erste Begegnung – Del rosal vengo, mi madre
2 – Intermezzo – Si dormis, doncella
3 – Liebergram – Alguna vez
4 – In der Nacht – Todos duerman corazon 
5 – Es ist verrathen – Ser de amor esa pasión 
6 – Melancholie – Quien viene aquel dia
7 – Geständniss – Mis amores tanto os amo
8 – Botschaft – Como Jasmin y clavel
9 – Ich bin geliebt – Dirà cuanto dijere
Epílogo – Der Contrabandiste – Yo que soy contrabandista

Johannes Brahms (1833 – 1897)

– Waltzer op. 39, para dois pianos
Nº 1 – Si Maior
Nº 2 – Mi Maior
Nº 11 – Si menor
Nº 14 – Lá menor
Nº 15 – Lá Maior

– Liebeslieder Waltzes, Op. 52 (Valsas de Canções de Amor Op. 52)
1. Rede, Mädchen

2. Am Gesteine rauscht die Flut
3. O die Frauen
4. Wie des Abends schöne Röte
5. Die grüne Hopfenranke
6. Ein kleiner, hübscher Vogel
7. Wohl schön bewandt war es
8. Wenn so lind dein Auge mir
9. Am Donaustrande
10. O wie sanft die Quelle
11. Nein, es ist nicht auszukommen
12. Schlosser auf, und mache Schlösser
13. Vögelein durchrauscht die Luft
14. Sieh, wie ist die Welle klar
15. Nachtigall, sie singt so schön
16. Ein dunkeler Schacht ist Liebe
17. Nicht wandle, mein Licht
18. Es bebet das Gesträuche

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca