Nascido na Alemanha e criado na Áustria, o designer
Hans Donner pode ser considerado um dos maiores do Brasil, onde passou a maior parte de sua vida. Causou espanto quando, jovem e com carreira promissora na Europa, escolheu mudar-se para estas bandas.Aqui, aquele jovem formado em Design em Viena, onde trabalhou em estúdios, rapidamente conquistou seu espaço e assumiu o Departamento de Videografia da Rede Globo revolucionando toda a programação visual da empresa e seus produtos, desde a famosa marca. Nestas criações já usou os conceitos de tempo e claro-escuro, que balizam permanentemente suas criações e que hoje o levam a desenvolver projetos de design, móveis, fachadas e ambientes em seu escritório de Design e Branding que tem como fio condutor o ‘tempo’. “Quero adicionar design ao tempo”, declara.
Após mais de 40 anos na emissora, migra para a frente das câmeras e se une ao time do programa Cultura & Design em sua segunda temporada, na TV Cultura, apresentando o quadro Design com D, tratando o design como estilo de vida atual e futuro. “Do mundo virtual 3D nas telas de televisão, estou mudando para o mundo real, palpável, com design de tempo (relógios), de móveis, luminárias, tapetes, obras de arte, prédios, brisas. Monumentos do tempo, para embelezar cidades no mundo”, afirma Donner, que tem usado o verbo fluir como fio condutor nesta nova jornada.
Entusiasta da Arquitetura, foi assim definido por aquele que considera ser um dos maiores, se não o maior, arquiteto brasileiro, Sérgio Bernardes: “Você faz cada um de nós sair do nosso mundo real, mas real, sem esse real falso que está aí. Você nos leva para uma realidade eletrônica extraordinária. Você faz o tapete mágico da imaginação de cada um existir com cada um. E este tapete mágico, que você faz existir em cada um, só você faz.”
A série Cultura & Design, em 13 episódios de 60 minutos cada, vai além do mundo do design e aborda a influência da arquitetura, construção e decoração em quadros que contam com diversos apresentadores e especialistas renomados do mercado, “proporcionando ao expectador uma experiência sensorial através das cores e dos movimentos de câmera”, como diz John Christian, diretor do C&D. “Uma janela para falar com as pessoas com profundidade e convidá-las a viver seu tempo ou serem devoradas por ele, como a imagem do Deus Cronos que devora seus filhos”, nos fala Hans Donner.
Depois desta, uma série de novidades estão previstas na agenda de Hans Donner ainda neste ano.