Divulgação/Lara AsanoNesta terça-feira (31/5), Marcelo Tas recebe no Provoca o ator, diretor e dramaturgo Mário Bortolotto. Na edição, ele fala sobre sua carreira, relação com os pais e comenta sobre fé. A edição inédita vai ao ar às 22h, na TV Cultura.
“É o cara que andava mais do lado da gente, né? Nunca estava acima de ninguém. Ele se considerava igual ali, pô. Ele jogava junto. (…) É um riponga, legal pra caramba Jesus”, comenta o dramaturgo sobre a visão que tem de Jesus Cristo. Bortolotto também fala que Jesus era o cara que não deixava a festa acabar: “Ele chegava numa festa: ‘Acabou o vinho? Eu vou transformar água em vinho então. A festa não vai acabar. Vou multiplicar os peixes aqui, pra todo mundo comer'”.
Sobre a relação com sua mãe, conta que tem um laço muito forte com ela. “Minha mãe era uma pessoa tão simples. Eu lembro de andar com ela na rua, e ela tinha os joelhos todos estourados. Porque meu pai bateu nela umas vezes e quebrou o joelho dela. A gente andava na rua, ela ficava toda torta e eu abraçava ela”, lembra com carinho. E revela que ele a levava para comer cachorro-quente na rua, e ela voltava feliz contando os vizinhos que seu filho, Mário, não tinha vergonha dela.
“Meu pai era um cara violento. Ele brigava na rua, não era só com a minha mãe que brigava”, diz Bortolotto. O dramaturgo compartilha a história de uma vez que seu pai chegou bêbado em casa e foi para cima de sua mãe, enquanto Bortolotto o segurou. No dia seguinte, o pai apontou um revólver 38 em sua cabeça e disse que se o filho fosse novamente para cima dele, ele iria atirar. “Eu não tenho bronca nenhuma dele, espero que ele tenha morrido também sem bronca de mim”, desabafa. E, ao finalizar, relembra dos momentos de ternura que seu pai viveu com a neta.