Max Fercondini relembra demissão da Globo: “era o melhor que podia me acontecer”

Diário Carioca


Ator, apresentador, velejador e piloto de avião, Max Fercondini deixa a terça-feira (20) do The Noite mais animada com suas histórias sobre carreira e projetos atuais. Após desbravar céu, terra e mar, está com o livro “Mar calmo não faz bom marinheiro” e comenta: “são minhas aventuras pelo céu, pela terra e pelo mar. O pessoal me conhece bastante pelas novelas, apresentei o Globo Ecologia durante cinco anos, foram 20 trabalhando como ator. Mas em um determinado momento decidi que ia fazer minhas expedições. Na verdade, eu fui demitido. A rescisão do meu contrato foi um fator determinante”. 

 

Recordando sua saída da Globo, responde se ficou chateado: “Muito, muito, muito…. Eles foram muito carinhosos e disseram que quiseram me dar a notícia pessoalmente. Eu achando que só ia para assinar uma renovação, para ter um aumento….”. Max conta que após a demissão cruzou com ninguém menos que José Roberto Marinho e Roberto Irineu no elevador. Após receber elogios de José Roberto, diz: “eu olhei, sem saber o que falar. A gente chegou no estacionamento, um deles foi para a Cayenne, o outro para a Porsche e eu para a minha caminhonetinha sem saber o que ia ser da minha vida”. 


Questionado sobre não ter contado aos dois que tinha sido mandado embora, explica: “talvez teria interferido no curso natural que me trouxe até aqui. Depois que passa você fica ‘eu deveria ter falado, deveria ter comentado, me ajoelhado’. Mas, no final das contas, percebi que aquilo era o melhor que podia me acontecer. Só tive essa consciência anos mais tarde”. Segundo Fercondini, o acontecimento foi determinante para que ele se reinventasse e colocasse seus projetos pessoais em ação. “Foi quando decidi fazer minha primeira expedição aérea”, diz. “As minhas viagens são expedições. Você não prioriza luxo. O conforto é o luxo. Ter uma cama decente, uma lavanderia. Tive que usar a mesma roupa por alguns dias. Foram cinco meses que voei pelo Brasil. Pousei em tribo indígena, comunidade quilombola, ribeirinhos”.  

 

Solteiro e morando em seu veleiro há 5 anos, fala sobre o estilo de vida que adotou: “tem seus altos e baixos, as suas dificuldades. O barco sempre tem algum probleminha. Mas quando estou ali embaixo fazendo um trabalho difícil, penso no trânsito de São Paulo e passa rapidinho”. E completa: “comecei a trabalhar com 14 anos de idade e isso me fez ter um patrimônio que me permitiu a compra do avião. Nunca foi um luxo, eu queria a expedição aérea. O barco já foi outra ideia, que é realmente viver no barco. Não é o quanto você ganha, mas o quanto você gasta que vai determinar seu padrão e sua qualidade de vida”.  


O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, 01h00.

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