Museu da Língua Portuguesa é reaberto com presença de autoridades

Diário Carioca

O Museu da Língua Portuguesa, instalado na histórica Estação da Luz, foi reinaugurado hoje (31) com a presença de representantes de países lusófonos, entre eles os presidentes de Cabo Verde e Portugal. O português Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a instituição com a Ordem de Camões, uma honraria foi concedida pela primeira vez. O público pode visitar o espaço a partir deste domingo (1º).

O prédio sofreu um incêndio de grandes proporções em 12 de dezembro de e teve que ser completamente reformado. Além do conteúdo das características, que foi revisto e ampliado, o museu contará, a partir da reabertura, com um novo terraço, com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio, e instalações de reforço da segurança contra incêndio.

“Aqui viemos para dizer que uma língua é uma alma feita de milhões de almas, pela qual se ama, se sofre, se cria, se chora, se ri, se pensa, se expressa, se fala”, celebrou Sousa. O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, destacou a união dos países lusófonos e contribuições as de escritores. “Uma língua que foi cada vez mais apropriada e reconstruída e acarinhada, afagada pelos deuses, os deuses da nossa língua comum são, para além dos nossos povos humildes, aquelas que a melhor a trabalham e divulgam.”

Foram investidos cerca de R $ 85 milhões nas obras de reconstrução com diversos apoiadores privados e do governo do estado de São Paulo e do governo federal, pela Lei de Incentivo à Cultura. As obras descritas em 2017 e foram acompanhadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais de proteção do patrimônio histórico e artístico.

“Este é o primeiro museu do mundo dedicado a um idioma e que está de volta depois de um longo período de reforma. (…) Voltou melhor, com mais recursos, mais tecnologia, ampliado e fortalecido com todos os cuidados que foram objeto dessa reconstrução do museu ”, devido ao governador de São Paulo, João Doria.

Exposições

Novas instalações entre as definições de longa duração marcam a reabertura do museu. Elas ficam dispostas no segundo e no terceiro andar do prédio. Entre as novidades, está a “Línguas do mundo”, na qual mastros se espalham pelo hall com áudios em 23 diferentes idiomas. Foram escolhidas línguas, entre as mais de 7 mil existentes, que prioridade com o Brasil, expressões originárias, como yorubá, quimbundo, quéchua e guarani-mbyá.

Os sotaques e as expressões do português no Brasil ganham espaço na instalação “Falares”. E os “Nós da Língua Portuguesa” exibição os laços e a diversidade cultural entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O idioma é falado em cinco continentes por 261 milhões de pessoas.

Continue a ser exibido, assim como nos quase 07 anos em que o museu esteve ativo, a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra influências históricas no português falado no Brasil e a “Praça da Língua”, que homenageia a língua falada, escrita e cantada com um espetáculo de som e luz. A praça, uma espécie de planetário, traz poemas e músicas interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele.

O museu tem curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto e contou com uma colaboração de artistas, músicos, linguistas, entre outros profissionais.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca