Confira a programação Manouche de 01 a 05/03

Diário Carioca
Pedro Miranda e Forró da Gávea

“Abri a porta, apareci, o bom da vida sorriu pra mim”, já dizia Dominguinhos. É neste espírito que Pedro Miranda e Forró da Gávea estão nesta temporada do baile-declaração de amor a Gonzagão, Dominguinhos e todos os demais mestres do mais alto panteão do forró no Manouche, com show nesta sexta, dia 1° de março.

As noites de forró no Manouchetêm sido uma festa. Idealizado pelo cantor Pedro Miranda, o Forró da Gávea une a sonoridade tradicional dos trios de forró a uma levada mais moderna, alinhada ao jazz brasileiro, com improvisos e acordes sofisticados. O coletivo, criado em 2018, é formado pelos músicos Durval Pereira (zabumba), Rafael dos Anjos (violão), Pedro Aune (baixo) e Rodrigo Ramalho (sanfona). O grupo, que embalou o Arraiá do Museu do Pontal em 2022 com Lia de Itamaracá e em 2023 com Anastácia, e encerrou o Open Air com “O Auto da Compadecida”, está em cartaz no Manouche desde janeiro de 2023 com programação regular ao longo do ano passado.

No repertório, clássicos dos grandes mestres do gênero como “Sanfona Sentida” (Dominguinhos e Anastacia), “Oia Eu Aqui de Novo” (Antônio Barros), “Abri a Porta” e “Lamento Sertanejo” (ambas de Dominguinhos/Gilberto Gil), “Feira de Mangaio” (Sivuca/Glorinha Gadelha), mas também composições da nova geração como “Xodó de Lamparina” (Zé Paulo Becker/Moyseis Marques), “Domingos” (Zé Renato/João Cavalcanti), “De Cangote em Cangote” (Thiago da Serrinha) e “Camboinhas” (Pedro Miranda/Rodrigo Linares), que está no último disco de Pedro “Da Gávea para mundo”.

Estão também no repertório canções mais identificadas como MPB como “Maçã do Rosto” (Djavan), “Paratodos” (Chico Buarque) e “Cajuína” (Caetano Veloso), e números instrumentais como “Tom pra Jobim” (Sivuca e Oswaldinho), “Caçuá” (João Lyra e Mauricio Carrilho), “Cabaceira Mon Amour” (Sivuca), “Casamento da Raposa” (Gérson Filho) e “Forró Transcendental” (Kiko Horta).

SERVIÇO:

Show: “Pedro Miranda e Forró da Gávea”

Local: Manouche (Rua Jardim Botânico, 983, – subsolo da Casa Camolese/Jd. Botânico)

Data e horário: 01 de março, sexta, às 21h

Ingressos: R$ 50 (ingresso solidário – levando um quilo de alimento não perecível ou livro, a ser doado para o ONG Instituto da Criança – e meia entrada) l R$ 100,00 (inteira)

Capacidade: 150 pessoas (público em pé)

Vendas: https://linktr.ee/clubemanouche

02 de março, sábado – 21h – “Uma Canção para Tom Zé”- com Luan Carbonari e Gabriel Rojas e participação especial de Ceiça Moreno – Idealização e direção: Ana Beatriz Nogueira

 Idealizado, produzido, dirigido pela atriz Ana Beatriz Nogueira, o espetáculo “Uma Canção para Tom Zé” traz uma homenagem a Tom Zé com uma releitura nada óbvia de suas composições nas vozes de Luan Carbonari (violão) e Gaber Rojas (piano) que estréia no Manouche no dia 02 de março, sábado. A dupla será apresentada por Malu Mader e Louise Cardoso e também terá participação especial da sanfoneira pernambucana Ceiça Moreno.

O espetáculo reúne músicas emblemáticas e pérolas do repertório do artista baiano de 87 anos, como “Tô”“Solidão” e “Augusta, Angélica e Consolação”, que ganham uma releitura nada óbvia nas vozes de Luan e Gabriel.

“É uma homenagem, um gesto de amor, com jovens cantando a obra de Tom Zé, por meio de melodias e vozes belíssimas, com arranjos construídos por Luan e Gabriel. É nosso olhar sobre a obra deste grande mestre. Não é preciso estar necessariamente debaixo dos holofotes para fazer algo artístico, ser artista também é promover, proporcionar, tornar possível, fazer por onde, a arte”, conta Ana Beatriz, uma apaixonada pela vasta obra de Tom Zé, que vai trazer de São Paulo para o Rio o homenageado, um dos nossos maiores talentos e também um pilar da Tropicália.

Sempre atenta a novos talentos, Ana ficou encantada com a presença de palco e a voz cristalina de Luan Carbonari, um dos finalistas do “Canta Comigo”, da Record, que tem apenas 23 anos, e com a musicalidade ímpar de Gabriel, de 22. Não por acaso, são amigos de infância, têm uma banda chamada Pink Floyd Eclipse e são multi-instrumentistas.

“É desafiador tocar Tom Zé, pegar o que ele quis transmitir com a obra dele e, agora, devolver com a nossa pegada. A música “Mãe” é uma das nossas favoritas. Ela começa a capela, ficou bem interessante”, entrega Gabriel. “Ficamos muito honrados com o convite da Ana. É muita responsabilidade, mas até que estamos tranqüilos. Tom Zé é muito à frente do tempo e também é aberto, receptivo. Temos certeza de que ele vai achar interessante o que estamos propondo e como fizemos a nossa leitura da obra dele”, aposta Luan.

SERVIÇO:

Show: Uma Canção Para Tom Zé – com Luan Carbonari e Gabriel Rojas e participação especial de Ceiça Moreno – idealização e direção de Ana Beatriz Nogueira

Local: Manouche (Rua Jardim Botânico, 983, – subsolo da Casa Camolese/Jd. Botânico)

Data e horário: 02 de março, sábado, às 21h

Ingressos: R$ 60 (ingresso solidário – levando um quilo de alimento não perecível ou livro, a ser doado para o ONG Instituto da Criança – e meia entrada) l R$ 120,00 (inteira)

Capacidade: 90 pessoas (público sentado)

Vendas: https://linktr.ee/clubemanouche

05 de março, terça – 20h30 – João Fênix no show “Tempo Rei” com participação de Cida Moreira e Filipe Catto

João Fênix volta ao palco do Manouche estreando o show “Tempo Rei”, no dia 05 de março, terça, fruto de um disco de duetos com grandes intérpretes da MPB que vem gravando há dois anos – entre eles Cida Moreira e Filipe Catto que farão participação especial – e com o repertório lançado gradualmente na forma de singles nas plataformas digitais.

Dois desses duetos acontecerão ao vivo nessa noite. No primeiro, Fênix dividirá os vocais com a Filipe Catto em “O Vento”, única e lírica parceria entre Djavan e Ronaldo Bastos – gravação da dupla é o mais recente dueto lançado nas plataformas – e na emblemática “Masculino e Feminino”, de Pepeu Gomes. “Catto e eu somos artistas que, cada um à sua maneira, e cada um em seu próprio tempo, rompemos as fronteiras rígidas de gênero com nossas vozes e performances. Quis a vida que fossemos amigos e pudéssemos oferecer essa releitura de uma música de Pepeu que já propunha essa ambiguidade antes de nós”, explica Fênix.

Cida Moreira, cantora e atriz e sempre musa do underground, participa do segundo dueto em “Do Fundo do Coração”,um clássico do repertório de Roberto e Erasmo Carlos, também já lançada em single. “Cida e eu vamos fundo na dor e na relação abusiva que a música evoca, com toda sua beleza”, acrescenta.

O titulo do show vem da canção homônima de Gilberto Gil, que estará no show, e, segundo Fênix, é a melhor síntese do que ele deseja dizer agora sobre si mesmo e sobre o mundo após a pausa que deu dos palcos.

Sobre o título do show, Fênix explica que a canção homônima de Gilberto Gil, que integra o repertório do show, é a melhor síntese do que ele deseja dizer agora sobre si mesmo e sobre o mundo após a pausa que deu dos palcos. “Nada existe fora do tempo como o percebemos. E é este tempo que nos tira muita coisa essencial, mas também nos traz a cura para as perdas; o show todo é sobre isto”, antecipa.

“Tempo rei” tem roteiro e direção cênica assinados por Jean Wyllys, amigo de muitos anos de Fênix e que já o dirigiu em “Ciranda do Mundo”. “Jean é um intelectual de muitos talentos. Escreve. Desenha. Pinta. É ativista. Mas antes de tudo ele ama a MPB e gosta de meu trabalho. Não haveria outra pessoa com maior intimidade para me ajudar a dizer o que quero dizer com ‘Tempo rei’”, explica.

A direção musical é do maestro Jaime Além, arranjador e músico nos duetos já lançados nas plataformas. “Meu casamento artístico com Jaime é antigo. O maestro sabe dar forma musical à minha criatividade e à minha dor”, elogia Fênix. E, no palco do Manouche, estará acompanhado pelo multi-violonista baiano Almir Cortês. “Suas cordas vão abrilhantar cada arranjo, além de dar sua própria levada em minha interpretação de “Saúde”, da saudosa Rita Lee, por exemplo”. Almir França, outro parceiro antigo, assina seus figurinos marcantes. “Almir sabe traduzir em roupa e acessórios as histórias musicais que eu gosto de contar”.

Fênix já gravou singles desse projeto com Moreno Veloso, Zé Renato, Ney Matogrosso, Moysés Marques e Almério, além de Cida Moreira e Filipe Catto, e já programa mais três duetos que faltam para completar seu álbum.

SERVIÇO:

Show: João Fênix no show “Tempo Rei” com participação de Cida Moreira e Filipe Catto

Local: Manouche (Rua Jardim Botânico, 983, – subsolo da Casa Camolese/Jd. Botânico)

Data e horário: 05 de março, terça, às 20h30

Ingressos: R$ 60 (ingresso solidário – levando um quilo de alimento não perecível ou livro, a ser doado para o ONG Instituto da Criança – e meia entrada) l R$ 120,00 (inteira)

Capacidade: 90 pessoas (público sentado)

Vendas: https://linktr.ee/clubemanouche

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca