A seção Filosofia de Boteco da Revista Sexy de janeiro de 2015 traz um bate papo com o cantor e rapper B Negão. Entre umas e outras, ele falou sobre o que os seus pais acharam quando ele resolveu fazer música: “Minha mãe confiou na época porque estávamos na dureza total, mas o meu pai odiou. Agora imagina, o cara órfão, sem ter nada, conseguiu fazer um esquema, deu tudo pro filho, e o filho resolve fazer música? Pra ele foi tipo traição! Ficamos anos sem nos falar, porque eu tinha decidido isso com uns 14 anos, que não é uma idade muito boa pra decidir muita coisa, né? Meu pai morreu de acidente de carro, e um mês antes disso a gente bateu mó papo, ele disse que entendia, respeitava…”
Perguntado se já pegou fã, B Negão se abriu: “Sou um cara que tem uma tendência forte de amizade colorida. Sou polígamo assumido e sincero, saca, e tenho amigas com quem eu fico, que eu amo, mas são amigas. Uma vibe boa, que está fora dessa cultura do cara famoso. Eu não gosto muito dessa parada do rockstar pegador, é muito superficial.”
Maconheiro convicto e ex-membro do Planet Hemp, B Negão afirmou que diminuiu a quantidade de maconha que fuma: “Hoje em dia eu fumo bem pouco. Um lance que eu acho legal pra caramba no mundo é que a galera está se interessando pela qualidade das coisas, seja de drinques, cerveja artesanal e maconha artesanal, que é normalmente o que eu fumo quando aparece. A galera fica até decepcionada porque às vezes eu nem fumo. E ta rolando cada vez mais esse lance da legalização, e eu fico feliz de ter feito meio que parte dessa discussão, de tirar o assunto do canto da casa e colocar na mesa de jantar. Essa foi uma grande função do Planet”.