Embaixada da França realiza hoje a 39ª edição do Fête de la Musique

Diário Carioca

Será realizado hoje (21), a partir das 18h45, a 39ª edição da Festa da Música 2021 – Fête de La Musique, evento promovido pela Embaixada da França no Brasil em conjunto com a Rede das Alianças Francesas no Brasil e o Festival Coquetel Molotov.

A programação será transmitida pelas redes das Alianças Francesas, pelo Canal AF Brasil e pelo You tube do Coquetel Molotov. O projeto conta com apoio do Institut Français e do Centre National de la Musique na França.

Segundo o diretor Cultural das Alianças Francesas do Brasil, Quentin Richard, a Fête continua virtual, como no ano passado, devido à pandemia do novo coronavirus, e tenta espelhar uma ligação com as festas juninas que ocorrem anualmente no Brasil no mês de junho. Richard informou que esta é a primeira festa que tem uma edição virtual nacional. “È uma programação única para o Brasil”, afirmou.

Três momentos

A 39ª edição da Fête de la Musique 2021 tem três momentos importantes, segundo o diretor Cultural das Alianças Francesas do Brasil. O primeiro, às 18h45, é um miniconcerto com a famosa banda francesa de rock L’impératrice, em uma apresentação ao ar livre, com foco nos telhados de Paris.

Em seguida, às 19h, haverá exibição do documentário L’Homme Statue, de Olivia Lang, estrelado por Loïc Koutana, multiartista francês radicado no Brasil, que aborda as relações musicais entre os dois países. O documentário traz as participações da artista brasileira Linn da Quebrada e das cantoras francesas Yndi da Silva e Laure Briard. Loïc Koutana acredita que o fato de ser um artista negro, LGBTQIA+, trará um novo ponto de vista para essa relação.

“Isso me faz vivenciar tudo de forma diferente da visão tradicional de um francês no Brasil. São dois países que se completam naturalmente com respeito e admiração mútuas entre as culturas. Eu como franco-africano achei meu compromisso de vida no Brasil e me sinto um pouco na África e um pouco na Europa aqui.”

A artista brasileira Linn da Quebrada ficou conhecida por meio de seus primeiros álbuns de vanguarda, misturando pop e funk brasileiro. Linn é conhecida por seu compromisso com o reconhecimento dos direitos da comunidade LGBTQI+.

Já Yndi da Silva, depois de uma carreira sob o pseudônimo de Dream Koala, volta com novo projeto, reinventando o formato violão e voz, que os brasileiros apreciam. Já Laure Briard é uma cantora que compõe músicas intimistas e atua tanto no campo do pop como do rock de garagem e da bossa nova. Tudo pode ser conferido na página do Youtube da Aliança Francesa Brasil .

Às 19h30, será exibida a gravação do show ao vivo do grupo La Femme. A banda pop nascida em Biarritz, França, nos anos 2010, encarna a renovação da cena rock francesa e mistura influências do punk, jazz e música eletrônica.

Momento popular

Quentin Richard revelou que a Fête de la Musique, na França, é “um momento muito popular, festivo e democrático ao mesmo tempo. Seu principal objetivo é mostrar que o momento é muito importante para a expressão da vida musical”. O diretor explicou que, na França, a data marca o solstício de verão, enquanto no Brasil é o solstício do inverno.

“O principal objetivo da Fête de la Musique é celebrar a música viva e valorizar a diversidade das práticas musicais e, também, mostrar que tem uma mistura sempre grande entre a música e as culturas francesa e brasileira. É valorizar a diversidade das práticas musicais e mostrar que tem um ponto de encontro entre as duas culturas”.

A data é tradicional do calendário francês desde 1982, quando se reúnem músicos e artistas amadores e profissionais da música de diferentes estilos e estéticas. Segundo os organizadores, o evento abre caminho para futuras colaborações bilaterais.

O adido Cultural na Embaixada da França, Vincent Zonca,resssaltou que a proposta é de um evento unificador, popular e de qualidade. “Diferentes formatos, artistas e estéticas serão homenageados, refletindo a efervescência que anima os cenários musicais franceses e brasileiros de hoje. Este festival se coloca como uma pedra fundamental para preparar a recuperação musical pós-pandemia.” 

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