Num momento onde a pandemia, o isolamento social e as incertezas do futuro tomam conta das nossas vidas, a mensagem registrada em música que abre o disco e show “AMOR GERAL – (A)LIVE” ganha um novo significado, “Toneladas de amor desabam a todo instante neste mundo”! Ouça aqui!
Lançado em 2016 e o primeiro de inéditas de Fernanda Abreu em 12 anos, ela queria encerrar esse ciclo com o registro em DVD do show que viajou pelo país e iniciar as comemorações pelos 30 anos da carreira solo, tendo como marco o álbum SLA Radical Dance Disco Club, de 1990. Porém , nos primeiros dias de 2020, quando Fernanda Abreu deu início a pré-produção do registro audiovisual do show AMOR GERAL”, ela – e ninguém – imaginava o que as semanas seguintes reservavam. Na mesma velocidade em que a produção da gravação corria, o Coronavírus correu e se tornou uma pandemia.
No dia 13 de março, a fila no teatro Imperator já transbordava de fãs e de expectativas da artista e toda a equipe envolvida, quando foi decretado o isolamento social na cidade do Rio de Janeiro e, consequentemente, a evacuação das dependências do Centro Cultural João Nogueira (Imperator), imediatamente. Fernanda Abreu, então, tomou a decisão certa! Seguir com a gravação e registrar a turnê do show que atravessou inúmeras capitais, só que agora, sem plateia! Assim, diante da circunstâncias, o projeto foi batizado de “AMOR GERAL – (A)LIVE”. Aliás, o começo do DVD traz o contexto em que o show foi registrado, fala do decreto e últimos abraços afetuosos no camarim.
Perguntada como foi para ela encerrar uma turnê sem público, Fernanda conta, “Essa é a vida, mostrou para mim que não tem controle de nada, entendeu por mais que você planeje, é preciso ter jogo de cintura, que uma coisa tão legal que o brasileiro tem, não se confundir com malandragem, né, que é outra coisa, Eu passei 3 anos e meio fazendo shows com super públicos e chegar no final, para registrar essa turnê com um show sem publico, por isso que eu quis muito situar esse DVD no Covid, tanto que no começo do DVD tenho o decreto e eu explicando e situando esse projeto nesse ano de pandemia”.
Diante desse cenário, “AMOR GERAL – (A)LIVE”, renova com força total o seu propósito: dar voz ao que é urgente e necessário: o AMOR GERAL. E o que cabe neste AMOR GERAL? Cabe a tolerância e o desejo de igualdade social, cabe o amor em todas as suas vertentes e camadas, cabe o amor enquanto bálsamo aos que sentem dor, aos que estão isolados da família, cabe respeito e gratidão aos que estão na linha de frente… O amor como a resposta mais poderosa nesses tempos onde a fragilidade do ser humano é revelada e desafiada. AMOR GERAL – (A)LIVE é um veículo latente que transporta e conecta pessoas através da música e da dança.
“Ainda em seus planos estão uma exposição sobre sua trajetória, um disco reunindo músicas que gravou para projetos de outros artistas e um álbum com cantoras de novas gerações. “Eu ia fazer este ano. Eu tinha chamado Anitta, Ludmilla, Céu, Letrux, Alice Caymmi. A ideia não seria cantar exatamente as músicas, mas pegar o título das canções e desenvolver músicas originais”, conta Fernanda.