A Sala Cecília Meireles, um espaço FUNARJ, apresenta na sexta-feira, dia 13 de maio, às 19 horas, com transmissão pelo YouTube, dentro da série Pianistas, o recital de Jean-Louis Steuerman. No programa, peças de autores do século 19, de Cesar Franck a Arnold Shoenberg, entre outros.
A Temporada 2022 da Sala Cecília Meireles tem o patrocínio da Petrobras e da Vale.
Ingressos a R$ 40,00 na bilheteria ou no site da Sala, no endereço http://salaceciliameireles.rj.gov.br/
Série Pianistas
Jean Louis Steuerman
PROGRAMA:
Cesar Franck (1822-1890)
Prelúdio, Coral e Fuga, FWV 21
I – Prélude (Moderato)
II – Choral (Poco più lento – Poco allegro)
III – Fugue (Tempo 1)
Para Jean-Louis, “Esta peça foi escrita quando o movimento romântico já havia passado por diversas etapas e perdido tanto sua inocência quanto seu vigor. A harmonia é mais instável, o século 20 timidamente desponta, mas a reação é forte. Nesse momento de dúvida e de conflito, religião e misticismo trazem conforto a Franck. Bach é refúgio seguro nessa grande obra desse período de crise.”
Robert Schumann (1810-1856)
Carnaval de Viena (Faschingsschwank aus Wien), op. 26
I – Allegro
II – Romanze
III – Scherzino
IV – Intermezzo
V – Finale
“O Carnaval de Viena de Schumann (1839) descreve cenas festivas, burlescas e alegres intercaladas com reflexões íntimas e momentos apaixonados. Nesta maravilhosa obra vamos ouvir citações diretas de Sonatas de Beethoven, ecos da Marselhesa e do momento revolucionário”, pontua Jean-Louis.
Intervalo
Arnold Schoenberg (1874-1951)
Seis Pequenas Peças de Piano, op. 19
I – Leicht, zart
II – Langsam
III – Sehr langsame
IV – Rasch, aber leicht
V – Etwas rasch
VI – Sehr langsam
“O que estaria fazendo a pequena obra prima de Schoenberg nesse contexto?”, pergunta Jean-Louis. “Para mim, esse extremo revolucionário foi quem mais sofreu com o fim do romantismo. O Opus 19 é o comentário final desse movimento e seu mais doloroso réquiem”, contextualiza.
Frédéric Chopin (1810-1849)
Sonata n. 3, em Si menor, op. 58
I – Allegro maestoso
II – Scherzo: Molto vivace
III – Largo
IV – Finale: Presto non tanto
Para Jean-Louis, “Nunca mais foi possível escrever uma sonata sem que a sombra gigantesca de Beethoven estivesse presente. A Sonata nº 3 de Chopin (1844) certamente será o exemplo mais vívido dessa presença e quase poderia ser a trigésima terceira de nosso grande herói romântico, tanto por seu rigor formal como por seu conteúdo dialético. No entanto é puro Chopin, com toda sua introspecção, autoconhecimento e ardor romântico.”