Meio século de atividades e show histórico no Teatro Rival (RJ) – casa lotada!
Em 1964 nascia um grupo musical que se chamava The Fenders e seus integrantes eram Almir Bezerra (voz e guitarra), Liebert (baixo), Lécio do Nascimento (bateria), Pedrinho (guitarra), Cleudir Borges (teclados) e Jimmy Cruise (vocais). Em 1965 Jimmy saiu do grupo e os membros que ficaram mudaram o nome para The Fevers – nas mudanças entraram dois novos componentes Miguel Plopschi (saxofone) em 1965 e Luiz Cláudio (voz), cantava sucessos em inglês, em 1969.
Suas primeiras gravações foram em 1965 e 1966 os compactos “Vamos dançar o letkiss” (versão de Letkiss) e “Wooly Bully” (de Domingo Samudio, em versão) e “Não vivo na solidão”. Em 1966 apareceram no filme “Na Onda do Iê-Iê-Iê” – considerado uma pérola por colecionadores.
Ainda em 1966, revelaram-se um dos mais importantes grupos da Jovem Guarda. Fizeram (muitas vezes sem créditos nos discos) o acompanhamento instrumental de gravações de Eduardo Araújo (O bom), Deny e Dino (Coruja), Erasmo Carlos (os LPs O Tremendão e Você me acende), Roberto Carlos (gravações como Eu te darei o céu e Eu estou apaixonado por você), Golden Boys, Wilson Simonal (faixas como Mamãe passou açúcar em mim), Trio Esperança (LP A festa do Bolinha), Jorge Ben (o LP O bidu/Silêncio no Brooklin) e o primeiro LP de Paulo Sérgio.
The Fevers foram eleitos pelo povo e especialistas como melhor conjunto para bailes em 1968 e lançou um LP chamado Os Reis do Baile.
Em 1975 entrou Augusto César, no ano seguinte Pedrinho sai da banda. Em 1979 com a saída de Almir, a banda convidou Michael Sullivan que dividiu o vocal com Augusto César.
Em 1982 a música Elas por Elas (Augusto César e Nelson Motta) entrou na abertura da novela da TV Globo colocando o grupo como um dos grandes vendedores de discos e de shows do país.
Em 1983, outra abertura de novela: a música Guerra dos Sexos (Augusto César e Cláudio Rabello) trouxe um público mais jovem a conhecer o trabalho do grupo. O componente Miguel Plopschi se desliga da banda e assume a direção artística de uma grande gravadora, na época.
Em 1984 ao fazerem participação especial no LP da recém-criada banda infantil Trem da Alegria, ajudaram a alçá-la ao estrelato, sendo parte fundamental na composição da lendária música Uni Duni Tê, uma das mais marcantes músicas infantis criadas no Brasil, o vocalista Augusto Cesar faz a voz.
Em 1985 entra Miguel Ângelo como tecladista da banda, Michael Sullivan sai no ano seguinte. Em 1988 Augusto César grava um disco solo e convida o talentoso vocalista e guitarrista César Lemos que permanece três anos no grupo. Em 1988 é a vez de Cleudir sair.
Na década de 1990 sai César Lemos e entra o guitarrista Rama. Por problemas de saúde Lécio deixa o grupo e entra Darcy. Almir Bezerra retorna depois de 12 anos. Em 1994 Darcy dá lugar ao baterista Otávio Henrique.
Com essa formação, The Fevers passa a década de 90 fazendo músicas de sucesso, porém como se tivesse começado uma nova banda. Em meados de 2000, Almir sai novamente da banda e quem assume o vocal principal é Luis Claudio.
The Fevers – mais de 50 anos de carreira sem parar, fazendo discos e shows. Os Fevers tiveram seu inicio nos anos 1960, ocasionalmente na mesma época do movimento da Jovem Guarda que está fazendo seu cinquentenário, movimento que revelou a banda, juntamente com outros ícones do pop rock nacional.
Em uma única apresentação no Teatro Rival (RJ), renomado palco da Cinelândia, dia 21 janeiro e numa quinta-feira chuvosa – a casa ficou pequena para abrigar os fãs dos Fevers, totalmente lotada! O show “Vem dançar” que roda o Brasil inteiro não deixou o público presente parado, todos se mexiam, dançando ao seu modo.
– O show é pra não deixar ninguém parado – é sucesso atrás de sucessos – avisa Liebert Ferreira.
Os grandes sucessos que Liebert mencionou, alguns deles são perpétuos no repertório: “Mar de rosas”, “Cândida”, “Guerra dos sexos”, “Elas por elas”, “Marcas do que se foi”, “Já cansei”, “Se você me quiser”, “Angel baby”, “Vem me ajudar”, dentre outros.
São décadas de estrada, estúdios e muito trabalho que ajudaram na lapidação do talento destes grandes músicos que acabaram resultando na unidade perfeita e harmoniosa exibida pela formação atual.
Os anos 1960 estão representados por Liebert Ferreira e Luiz Cláudio. Miguel Ângelo, Rama e Otávio Henrique a mais de 21 anos engrandece a sonoridade do grupo.
Alias “Química” e “Sucesso” são companheiros da caminhada do grupo musical mais popular do Brasil.