Trilha de Sangue Bom, nova novela das 19h da Rede Globo, inclui “No Compasso do Samba”,
música gravada pelo Grupo Dose Certa no CD “Pra Sempre Samba”
“No Compasso do Samba” ganha versão especial para a novela. No disco, distribuído pela Universal Music, a música conta com a participação de Ivan Lins
“… Aplaude, que hoje o samba é de primeira!”. É com essa frase que termina a música “No Compasso do Samba”, de Sereno e Moacyr Luz, gravada no disco “Pra Sempre Samba”, do Grupo Dose Certa, lançado em 2012 e distribuído pela Universal Music. Porém, a frase termina, mas o sucesso – como a própria letra diz – está apenas começando.
“No Compasso do Samba” sempre foi uma grande aposta do grupo, que no CD gravado ao vivo no Teatro Fecap, em São Paulo, contou com a participação de Ivan Lins. Já para a novela, foi feita uma regravação sem a participação do músico e na voz de um dos novos vocalistas do Dose Certa, Fabio Luis.
Além da entrada da música na novela, há a possibilidade do grupo participar de algumas cenas tocando ao vivo no bar Cantaí, localizado no bairro da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Segundo Rosemere Moreira (Malu Mader), garçonete conhecida pelos frequentadores, o bar vive lotado. Seu filho Filipinho (Josafa Filho), além de funcionário costuma dar canjas no palco do bar: “Eu amo cantar e dançar! Meu sonho é ser ator de musicais. Estou me preparando para isso e ainda vou conseguir!”, conta o rapaz. (informações tiradas do site O Mexerico.Com)
Nada acontece à toa e nem na hora errada. O grupo foi procurado pela direção da novela pouco antes de ser pré-selecionado para o Prêmio da Música Brasileira. Pra Sempre Samba é o segundo CD do grupo Dose Certa e traz participações especiais de grandes nomes da MPB, como Ivan Lins, Verônica Ferriani, Leci Brandão, Ana Costa, Pedro Miranda e Wanderley Monteiro, entre outros, mesclando as mais diversas variações do gênero – partido alto, samba enredo, romântico, sincopado. São músicas inéditas de componentes do grupo e parcerias, como Divino Samba, de Wilson Sucena e Alemão do Cavaco; Sinhá Sinhá, de Efison e Odibar; O Tombo Da Corrente, de J. Petróleo e Nelson Papa; A Rosa e o Beija Flor, de Milbé, Ivison Bezerra e Gerson da Banda – do Berço Do Samba de São Mateus -; Peito Ferido, de Wilson Sucena e Alemão do Cavaco; Ela e Ele, de J. Petróleo, e um samba em homenagem a João Nogueira; Velho João, de Adilson Bispo e Zé Roberto; Perseguir a Paz, de Wanderley Monteiro e Luis Carlos da Vila; Fogão de Lenha, de Toninho Geraes; além de releituras de clássicos.
Formado por seis jovens sambistas que se dedicam há mais de dez anos ao samba – Alemão do Cavaco (arranjos e cavaquinho), Vitor da Candelária (percussão), J. Petróleo (voz e banjo), Fabio Luis (voz e repique), Vinicius Almeida (contrabaixo e violão) e o recém–chegado Zé Paulo Sierra (voz) – ex-linha de frente da Mangueira, que acaba de assumir o vocal principal da Unidos do Viradouro -, o grupo Dose Certa foi criado com a intenção de dar continuidade ao samba tradicional, porém, fazendo uma leitura contemporânea, bastante peculiar – o que tem conseguido com sucesso.
O grupo já recebeu diversos prêmios importantes do Carnaval Brasileiro e tem se apresentado em casas de renome, como o Bar Brahma da AV. São João, e o Bar Samba, o reduto do gênero na Vila Madalena.
O lançamento de Pra Sempre Samba aconteceu em novembro de 2012 no Itaú Cultural. O espaço de 203 lugares na Avenida Paulista, em São Paulo, ficou pequeno. Além da apresentação agendada para as 20h, foi preciso abrir uma sessão extra as 21h30. Entretanto, não foi suficiente. Cerca de cem pessoas ficaram para fora.
No Rio de Janeiro, o lançamento aconteceu no Teatro Rival, no mesmo mês, e contou com as participações especiais de Moacyr Luz e Ana Costa, além de uma plateia de amigos e parceiros, como Sereno e Marcelinho Moreira, entre outros.
O primeiro CD, lançado pela Obi Music, está esgotado.
O Grupo/ Nova Formação – A dose parecia estar certa, mas faltava algo para que se tornasse perfeita. Após se desligar da linha de frente da Estação Primeira de Mangueira, agremiação que defendeu nos quatro últimos anos, Zé Paulo Sierra assume compromisso com o grupo de samba de raiz Dose Certa. E já não era sem tempo. Há anos o intérprete é recebido como convidado pelos cinco jovens sambistas – Alemão do Cavaco (arranjos e cavaquinho), Vitor da Candelária (percussão), J. Petróleo (voz e banjo), Vinicius Almeida (contrabaixo e violão) e Fábio Luis (voz e repique) – no Bar Samba, na Vila Madalena, reduto do gênero em São Paulo.
No início deste ano, o Dose Certa passou por uma reformulação, trocando um de seus vocalistas. A voz de tom mais grave que o soar de um trovão, de J. Petróleo – agora um bacharel em música popular – ganhou o reforço de Fabio Luis, nome conhecido no cenário paulistano. Fabio canta há cerca de vinte anos e já dividiu o palco com Arlindo Cruz, Sombrinha, Monarco, Almir Guineto e Jair Rodrigues, entre outros.
A cozinha – simples para quem apenas vê e excepcional para quem ouve – continua a mesma. O percussionista Vitor da Candelária, nascido e criado no Morro da Mangueira, alia personalidade e ginga ao seu batuque. Além de trazer em seu currículo trabalhos ao lado de Doces Bárbaros (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia), Jorge Benjor, Zeca Baleiro, Jacques Morelembaum, Nei Lopes, Fabiana Cozza e Maria Rita, entre outros, e colecionar prêmios como o Estandarte de Ouro, o Tamborim de Ouro e Troféu “Plumas & Paetês”, Vitor tem seu nome no Guinness Book desde 2011, à frente da maior bateria de escola de samba do mundo – recorde batido durante apresentação na Virada Cultural de São Paulo, no centro da cidade, idealizado por Leandro Lehart.
Nas cordas, também continua tudo igual, talvez um pouco melhor pela experiência acumulada no último ano. Alemão Do Cavaco, em 2012, assumiu as funções de Diretor de Harmonia e Diretor Musical da Estação Primeira de Mangueira, levando pelo segundo ano consecutivo o prêmio Estandarte de Ouro. Já acompanhou Alcione, Bezerra da Silva, Leci Brandão, Jair Rodrigues, Monarco e Ivo Meirelles, entre outros. Teve oito sambas-enredo emplacados na Escola de Samba Gaviões da Fiel, sendo três campeões: “O Príncipe Encoberto ou a Busca de D João na Ilha de S. Luis do Maranhão”, de 1999, “Xeque Mate”, de 2002 (ano em que foi vencedor também no Grupo de Acesso com a Primeira da Aclimação, “Um Canário que Deixou Saudade), e “Renasce, Sacode a Poeira e dá a Volta por Cima”, de 2005. Em 2011, o compositor assinou o samba da X-9 Paulistana – “Da Eterna Criança à Embaixador da Esperança” -, que teve nota máxima, e o samba da Estação Primeira de Mangueira – “O filho fiel, sempre Mangueira” -, que recebeu nota máxima e todos os prêmios mais requisitados no carnaval carioca.
Ao lado de Alemão, o violonista e arranjador Vinicius Almeida continua dando o tom da harmonia com toda a sua influência do jazz e do samba da mais alta linhagem, como Bezerra da Silva, Agepê, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Chico Buarque, Gilberto Gil e Tom Jobim. Vinícius tocou com Leci Brandão e Neguinho da Beija-Flor, entre outros, e foi o primeiro músico a tocar baixo na avenida do samba pela Escola de Samba Unidos do Peruche, em 1996.
Com toda essa história, só mesmo alguém com o currículo de Zé Paulo Sierra poderia assumir o terceiro vocal do grupo que tem como objetivo dar continuidade ao tradicional samba de raiz fazendo uma leitura mais contemporânea do estilo. Zé Paulo iniciou sua carreira em 1998 no extinto Bloco Chupeta da Abolição. Foi o mais novo intérprete do grupo de acesso ao assumir o microfone principal da Unidos da Ponte, em 1997. Foi intérprete da Caprichosos de Pilares, da X-9 Paulistana e da Estação Primeira de Mangueira, de onde acaba de se desligar. Por problemas de saúde, chegou a ficar afastado dos microfones cerca de dois meses no último ano, mas se recuperou a tempo de defender o Carnaval de 2013 ao lado de Luizito e Ciganerey. Para o Carnaval de 2014, Zé Paulo assume sozinho o primeiro microfone da Unidos do Viradouro, agremiação de Niterói que busca voltar ao Grupo Especial onde esteve pela última vez em 2010 e foi campeã em 1997.