Rita Lee, que morreu nesta segunda-feira (8/5), em casa, em São Paulo, aos 75 anos, não deixou de se manifestar contra as atrocidades e idiotices do Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus pares.
Rita Lee, que sempre emergiu contra a censura e encarou a ditadura, chegou a ser presa em 1975, criticou Bolsonaro. “É assustador ver gente no comando com mente tão ultrapassada. Me enche o saco o racismo, a misoginia, a homofobia. Não tenho paciência para isso. Eu queria chegar em 2021 e perceber mais respeito no mundo”, escreveu ela à época.
A cantora chegou a abrir o verbo contra o governo de Bolsonaro durante um show em São Paulo: “Eu amo essa cidade. São Paulo leva o Brasil nas costas (…) O problema é que entra governo, sai governo e eles não fazem nada. Vamos tirar a bunda da cadeira e tentar resolver as enchentes? E a violência? Não dá para eleger um Bolsonaro”, disse a roqueira.
Como se não bastasse as criticas, Rita tirou um grande sarro de Bolsonaro em 2011, quando o ex-presidente, sabe-se lá como, chegava ao seu quinto mandato de deputado federal.
“Bolsonaro e eu tivemos um caso. Ele não era muito chegado na coisa, se é que me entendem. Terminamos porque Bolsinho tava de olho em um colega de classe”, escreveu em uma das publicações.
“No internato o apelido de Bolsonaro era Santinha: o coroinha preferido de 9 entre 10 padres. Vou negar tudo no tribunal”, escreveu em outra.
“Não tenho preconceito, eu odeio todo mundo igualmente. Ass: Bolsonaro”, disse em uma terceira.
“Hoje Bolsonaro vira a cara para mim. Deve temer que eu conte ao mundo seus segredos mais íntimos. Se continuar nesse nhén nhén nhén eu conto mesmo”, escreveu em 19 de maio de 2011.
“Mira usted que cuanto más mira menos vê. A paz do Senhor chega igualmente para todos. Menos para o Bolsonaro, aquele motherfucker!”, publicou em 1º de junho de 2011.
Enquanto políticos, autoridades,, artistas nacionais e internacionais estão consternados com a morte da cantora e estrela feminina maior do rock brasileiro, Bolsonaro não se manifestou.