O que acontecia no Brasil em 1922?

Diário Carioca
Divulgação/Mandi Castro

Anita Malfatti está na sala de casa enquanto lê para os amigos, Mário de Andrade e Di Cavalcanti, a crítica que Monteiro Lobato fez sobre uma de suas exposições. Ele desaprova as tendências artísticas da época e afirma que os talentos da pintora estão sendo gastos com uma “arte caricatural”. Ao escutar os argumentos do autor de “Sítio do Picapau Amarelo”, a adolescente Nina, que havia sido convidada a participar daquele encontro com pessoas famosas, defende Anita Malfatti.

Porém, o que uma menina do ensino médio está fazendo na casa de uma grande artista? Em Nina Lafayette e o Salto Temporal, continuação da saga de Mandi Castro, a protagonista viaja no tempo para salvar a humanidade. Com um enredo que mistura fantasia e ficção científica, a autora traz para a obra o contexto sociocultural da década de 1920 e mostra a influência da arte na formação histórica do país.

Divulgação/Mandi Castro
Divulgação/Mandi Castro

A arte brasileira depende da realidade brasileira
e é, ao mesmo tempo, reveladora dessa realidade.
Por isso, nossa expressão é ainda em grande parte lírica.
Como pode o Brasil ter uma arte trágica e grandiosa
sem que se faça a revolução social?
Como podemos pegar tamanha necessidade
e representação e condensá-la em três dias?
Nina Lafayette e o Salto Temporal, pg. 79

Na trajetória, a garota contará com a ajuda do irmão, Martim, para fugir de um antigo guardião do tempo que quer destruí-los e roubar seus poderes. Por causa da força que detêm, os Lafayette serão perseguidos por Mestres do Tempo-Espaço. Em meio a esses acontecimentos, a personagem vivencia de perto situações que culminariam na Semana de Arte Moderna de 1922, como um diálogo entre Heitor Villa-Lobos e Di Cavalcanti para acertar detalhes do evento.

Já no primeiro volume da saga, Martim Lafayette e o Contra-Tempo, Mandi Castro leva o leitor a 1822. Naquele período, o Brasil enfrentava a luta pela independência da coroa portuguesa, dentro de um regime escravocrata e de exploração dos povos indígenas. O título foi descrito por Laurentino Gomes como uma leitura “divertida e bem fundamentada”.

Divulgação/Mandi Castro
Divulgação/Mandi Castro

Pós-graduada em Roteiro para o Audiovisual, a escritora tem ampla experiência com produção de textos no setor cultural. Com o primeiro volume da série ganhou o Prêmio Brasil entre Palavras, realizado pelos blogs CuraLeitura e As 1001, nas categorias “Melhor Romance de Época”, “Melhor Autora” e “Capa Mais Bonita” em 2020. Também foi finalista dos prêmios Odisseia Fantástica 2021, um dos maiores eventos do gênero de fantasia no Brasil, e Minuano de Literatura 2021, promovido pela Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul.

FICHA TÉCNICA
Título: Nina Lafayette e o Salto Temporal
Autor: Mandi Castro
Editora: Luva Editora
ISBN/ASIN: 978-65-00-56048-0
Formato: 15,7 X 23 cm
Páginas: 200
Preço: R$ 40 (físico) e R$ 14,90 (e-book)
Onde comprar: Amazon | com a autora, por Instagram

Sobre a autora: Formada em Rádio, TV e Internet pela Faculdade Casper Líbero e em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (USP), Mandi Castro também circula no meio artístico por ser atriz profissional pela Escola de Atores Wolf Maya e pós-graduada em Roteiro para o Audiovisual na Fundação Armando Alvares Penteado. Atualmente, trabalha como assistente de produção executiva. Em sua carreira como escritora, lançou os livros “Adaptação do Amor – Minha Vida Antes dos 30”, “Martim Lafayette e o Contra-Tempo” e “Nina Lafayette e o Salto Temporal”. Com a primeira obra da saga de fantasia, recebeu elogios de Laurentino Gomes, além de ter sido finalista do Prêmio Minuano de Literatura 2021 e do Prêmio Odisseia Fantástica 2021.

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