Foto: Bendito BeneditoA peça Orixá, Cultura, Evolução – Omolu | A Cura! fará única apresentação na Tijuca. Peça faz um convite à reflexão sobre o atual momento de vida brasileiro e mesmo, mundial. Em tempos de mudanças e intolerância religiosa, a sociedade contemporânea está doente e encontra na espiritualidade um dos caminhos para o conforto.
O espetáculo é marcado pela dança afro, música e outros elementos teatrais que constroem o enredo da trama. Em cena, o ator Fábio França representa o Andarilho e a atriz Lucia Sanuto, a mãe de santo. Os dançarinos, Canela Monteiro (Omolu), Flavinny Oliveira (Nanã) e Priscila Lúcia (Yemanjá) darão vida aos Orixás que perpassam toda a história trazendo o acalento.
A narrativa de “Orixá, Cultura, Evolução” transmite através da história do Andarilho, a esperança de que tudo tem o seu tempo para acontecer. Todo o desenrolar do espetáculo perpassa pela caminhada dele que é encenado por Fábio França. O ator usará vestes predominantemente brancas sobre um corpo marcado por cicatrizes. Ele interage e dialoga todo o tempo com os demais personagens e também consigo próprio, em breves monólogos com tom de desabafo.
Na história, Andarilho, é um homem que desacreditou da vida, ao passar por perdas familiares e afetivas, encontrando-se sozinho a peregrinar pelo mundo. Quando criança, por misericórdia, sua cabeça foi entregue à Omolu para livrá-lo de uma grave doença, mas apesar disso, tornou-se um homem sem fé. O espetáculo começa com caminhos e encruzilhadas, que são os locais por onde ele passa, desacreditado, sofrido, a ponto de achar que nem a morte o quer!
Em determinado dia, durante suas andanças, a sua ancestralidade (OMOLU) se personifica em sua frente e o faz entender que muitas vezes o que nos mantém de pé, enquanto sujeitos, são as forças vitais, ancestrais a que desconhecemos.
Serviço
14 de agosto, às 18h30.
Centro Coreográfico do Rio de Janeiro ( R. José Higino, 115 – Tijuca)