“Perversa” se despede da Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema

Diário Carioca
Perversa - Mônica Bittencourt em cena - Foto Bruna Diacoyannis

PERVERSA encerra a sua temporada de estreia nesta semana, com sessões quarta e quinta-feira, às 19h, na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. A obra teatral mergulha nas complexidades do amor, explorando seus aspectos mais belos, patéticos e terríveis. O monólogo, coescrito por Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha, que também assina a direção, aposta em uma encenação com doses de humor, cinismo e perversidade.

A personagem principal, Mônica, conduz a narrativa dos seus amores e desamores, levando a plateia a questionar o que é ficção ou realidade em sua personalidade que vai se desdobrando em diversas camadas. Com o cenário composto apenas por cadeiras, a arquitetura cênica é construída como um jogo de xadrez.

Para o diretor Gustavo Rocha, a dramaturgia de PERVERSA é como um enigma, um quebra-cabeça que o público é convidado a montar. No entanto, antes que a última peça seja colocada, a história se embaralha novamente e revela um final surpreendente.


O espetáculo é uma alegoria de terror sobre os relacionamentos contemporâneos, refletindo sobre nossa dificuldade de ser vulnerável e a incapacidade de amar que muitas vezes nos leva a destruir o próprio amor.

Eu e Gustavo criamos “Perversa”para falar das relações fugazes, da nossa dificuldade de ser vulnerável e trouxemos tudo o que era mais inconfessável para o palco. É quase impossível a plateia não se identificar”, conta Mônica.

Para desenvolver a peça, a dupla mergulhou em diversas fontes de pesquisa, incluindo séries como Fleabag, Twin Peaks, Dhamer – Um Canibal Americano e Mindhunter, além de literatura contemporânea feminina, como as obras da argentina Ariana Harwicz, das americanas Lisa Taddeo e Mary Gaitskill e das brasileiras Carola Saavedra, Fernanda Young, Tati Bernardi e Aline Bei. Em relação aos temas do amor e feminilidade, eles se debruçaram sobre as escritas de Ana Suy e Bell Hooks. Roberto Bolaño e Julio Cortázar também serviram de inspiração.

Mônica Bittencourt – atriz, diretora e autora

Mônica Bittencourt, atriz há 20 anos, faz seu primeiro monólogo depois de uma carreira entre Salvador e Rio de Janeiro, com espetáculos como “Todo Mundo tem Problemas Sexuais” de Domingos Oliveira, que ficou oito anos em cartaz, “Policarpo Quaresma” que venceu diversos prêmios e espetáculos do seu repertório junto com Gustavo, como “Catástrofe da Borboleta” que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz na Argentina. Mônica também participou de diversas obras no audiovisual. Nos últimos anos, Mônica também se dedicou à Rádio Roquette Pinto apresentando um programa cultural diário e um outro semanal sobre o teatro carioca. PERVERSA marca sua volta aos palcos.

Gustavo Rocha – autor e diretor

Gustavo tem 25 anos de trabalho e pesquisa como ator, autor e diretor de teatro. Como diretor artístico da Companhia Teatro de Demolição nos últimos 16 anos, criou e encenou 7 espetáculos autorais que circularam pelo Brasil, América Latina e Europa, realizando temporadas, participando de festivais e recebendo inúmeros prêmios.

SERVIÇO:

Onde: Casa de Cultura Laura Alvim (Espaço Rogério Cardoso)

Endereço: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema

Quando:  até 20/04

Dia/Hora: quartas e quintas às 19h. 

Classificação: 18 anos

Capacidade:  40 lugares

Gênero: comédia dramática

Duração: 80 minutos

Ingressos: R$ 40 inteira/ R$ 20 meia 

Instagram: @perversateatro

Ficha Técnica

Atuação: Mônica Bittencourt

Direção: Gustavo Rocha

Dramaturgia: Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha

Cenário: Hélvia Bittencourt

Iluminação: Paulo Cesar Medeiros

Direção musical: Isadora Medella

Produção: Joana D´Aguiar

Arte Gráfica: Natália Del Neri

Figurino e maquiagem: Diego Nardes

TAGGED:
Share This Article
Follow:
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca