Sons de Vermelho reestreia no Teatro Solar de Botafogo

Diário Carioca

Há alguns anos, o diretor, roteirista e cineasta Pedro Nogh vinha com o desejo de montar um espetáculo com elenco todo formado por mulheres. A ideia foi amadurecendo à medida que se inflamavam os discursos feministas na grande mídia, até que lhe apresentaram ‘O livro vermelho de Maria Vasco’. Inspirado nas poesias eróticas do livro, Pedro Nogh romanceou o texto e retorna ao palco do Teatro Solar de Botafogo com a segunda temporada de ‘SONS DE VERMELHO’, com apresentações em três segundas-feiras, dias 22 e 29/01 e 05/02, sempre às 21h.

A segunda temporada, que traz cenas inéditas e novidades na cenografia e sonoplastia, conta também com um novo talento como protagonista, a atriz Tainá Nogueira. Agora, ‘SONS DE VERMELHO’ é estrelado por Tainá Nogueira, Renata Mattos, Danielle Oliveira, Maria Augusta Montera, Bel Machado, Viviane Cataldi e Ana Moura, grupo de atrizes formadas pela CAL (Centro de Artes de Laranjeiras), que levam à cena a liberdade da mulher pelo gozo, em um projeto multidisciplinar que reúne linguagens de teatro, performance e dança.

“Para dirigir uma peça que fala com intimidade sobre o universo feminino, a contribuição das atrizes na criação do texto foi fundamental. A peça mergulha nas profundezas do gozo e prazer feminino através de uma conversa descontraída sobre orgasmo e empoderamento feminino. Aborda um assunto sério, com muito bom humor.” Afirma Pedro, diretor que sempre trabalha a criação em parceria com seus elencos.

A dramaturgia discorre sobre a relação de duas irmãs; a mais nova (Tainá Nogueira), ainda em fase de descoberta do prazer, é orientada pela mais velha (Danielle Oliveira) a mergulhar em um universo sensorial proposto por um livro sacralizado em família: O Livro Vermelho. A imersão à obra – a partir de um ritual onírico liderado por uma Chapeleira Mística (Viviane Cataldi) – coloca a personagem em contato com as nuances da sexualidade humana representadas por quatro entidades: a masturbação (Maria Augusta Montera), a homossexualidade (Renata Mattos), a heterossexualidade (Bel Machado) e a multiplicidade sexual (Ana Moura). Toda a narrativa é apresentada por linguagens que transitam da poética falada à dança, significando as formas de prazer através de sons projetados pela palavra e pela música.

A cenografia de Sons de Vermelho, assinada pelo artista Vinícius Fragoso, se inspira nas obras da escritora e artista plástica Maria Vasco, dando vida a materiais reaproveitados em forma de esculturas, que preenchem o palco. Sem música de fundo, a sonoplastia será explorada através de uma rítmica de sons rústicos, que são produzidos pelo próprio elenco.

“A peça é curta, não passa de 1 hora de duração, para que as pessoas tenham tempo de conversar sobre o que viram e troquem sobre o tema, sem pudor. Queremos incentivar homens e mulheres a conversar sobre domínio da mulher pelo corpo e pela autonomia da sexualidade.” Finaliza o diretor.

SERVIÇO:

Peça Sons de Vermelho
Datas: 22/1 – 29/1 – 5/2 – segundas de janeiro/fevereiro
Hora: 21h
Local: Teatro Solar de Botafogo: Rua General Polidoro, 180 – Botafogo
Ingressos: Inteira: R$ 40, Meia/Lista Amiga: R$ 20

FICHA TÉCNICA:
Direção: Pedro Nogh
Assistência de Direção: Danielle Oliveira
Cenografia: Vinícius Fragoso

Elenco: Maria Augusta Montera, Renata Mattos, Danielle Oliveira, Viviane Cataldi, Bel Machado, Ana Moura e Tainá Nogueira.

Dramaturgia: Pedro Nogh e Maria Vasco.
Apoios: Casa das Artes de Laranjeiras – CAL e Ateliê Vida Secreta

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