Uma peça teatral escrita por estudantes da Firjan Sesi, “Vivências cariocas”, estreia no próximo dia 17 de outubro, no Teatro Municipal Gonzaguinha, no Rio de Janeiro. O espetáculo, que tem texto de criação coletiva, narra a vida cotidiana das periferias do estado do Rio de Janeiro, com humor e drama.
A montagem usa histórias reais e fictícias que quase se confundem por ter o cenário caótico que é o Rio. De atraso no trem a vizinhas fofoqueiras, o espetáculo brinca com os símbolos que permeiam as várias periferias existentes no estado, apresentando ao público que os subúrbios do estado podem ser plurais.
“Vivências cariocas” foi concebido a partir das experiências que aconteceram durante as aulas do curso, Engenharia Teatral, onde reuniu mais de trinta jovens das periferias Fluminense, no intuito de estudar todas as engrenagens envolvidas no processo de criação de um projeto de artes cênicas.
De atuação, direção à produção executiva, o curso perpassa em cada módulo por fases importantes para criação e manutenção de uma companhia, e para construção de uma obra teatral.
“Vivências cariocas” traz uma tentativa de democratização ao acesso às artes, principalmente de idas ao teatro. Segundo Antenor Oliveira, coordenador da Divisão de Cultura e Educação da Firjan Sesi: “a cultura e a arte têm um papel fundamental no contexto social, econômico e simbólico, quando pensamos na construção e formação de uma sociedade plural com suas diferentes visões de mundo. A concepção do curso Engenharia Teatral, tem como foco instrumentalizar esses jovens na criação de novas companhias, potencializando a cadeia produtiva do segmento”, afirma.
A contrapartida para esses jovens estudantes foi que eles fizessem coletivamente um texto teatral que está sendo dirigido pelo professor e dramaturgo Ricardo Rocha, do Coletivo Teatral Multifoco.
Ao serem questionados sobre a motivação que os levou a escolher a temática, Ajani, um dos estudantes do curso, responde: “Falar sobre nossas vivências também é falar sobre pontos de vista de quem vive a periferia, é a nossa história, que quase nunca é abordada nos livros ou sempre fica na mão de quem nunca viveu. Existe uma necessidade para o agora, de trazer visibilidade às pessoas do nosso território que estão à margem, sobretudo contar a história dos vários subúrbios pela ótica de quem realmente se locomove, trabalha e vive a cidade”, frisa.
Serviço
- Local: Teatro Municipal Gonzaguinha
- Endereço: Centro de Artes Calouste Gulbenkian – Rua Benedito Hipólito, 125 – Praça XI,
- Data: 17 de Outubro
- Ingressos gratuitos
- Classificação: 12 anos