A história da revolucionária Bárbara de Alencar é o tema do segundo episódio do podcast 'Mulheres na Independência'

Diário Carioca

DivulgaçãoMatriarca da elite sertaneja, revolucionária e heroína do Crato – município brasileiro do estado do Ceará, Bárbara de Alencar era conhecida como líder da Revolução de 1817 no Ceará e esteve entre as pioneiras republicanas do país, sendo a primeira presa política no Brasil. A sua trajetória é contada no segundo episódio de ‘Mulheres na Independência’, novo podcast original Globoplay que ilumina o percurso de seis brasileiras que protagonizaram lutas espalhadas pelo país, exercendo variados papéis que influenciaram diretamente o movimento político e social de independência da Coroa Portuguesa. A roteirista Antonia Pellegrino, narra a história da grande matriarca do sertão – como eram conhecidas as mulheres que ocupavam o protagonismo tradicionalmente masculino nos negócios, no espaço público e na esfera doméstica – enquanto a historiadora Heloísa Starling mergulha no contexto histórico.   

A 13 anos da Independência, Bárbara de Alencar fica viúva, depois de um casamento de 30 anos de duração, se tornando chefe de família. Com isso, passa a administrar as propriedades da família, em especial as fazendas com plantações de arroz e cana de açúcar, e aos poucos, vai ganhando autonomia na região, e decide ir além, adentrando cada vez mais no mundo da política. Nesse período, a região do Ceará participava ativamente dos movimentos contra os abusos de poder e a centralização da corte portuguesa e, posteriormente, da corte imperial brasileira.   

Em 1817, a república foi proclamada no Crato, sul do Ceará – vila onde viveu Bárbara de Alencar. O Vale do Cariri aderiu ao ciclo revolucionário da Independência, iniciado meses antes no Recife. Em meio aos brados de “Viva a República”, a multidão, liderada por Bárbara, marchava para ocupar a Câmara Municipal. Para Heloísa Starling, as autoridades portuguesas se depararam com uma questão inédita: uma mulher que sai do confinamento do ambiente doméstico e parte ativamente para a reivindicação política. “Mesmo diante da obscuridade, Bárbara não se deixou confinar no silêncio. Ela deu forma às suas aspirações e voz ao seu desejo na cena pública, lugar onde se desenrola à ação política”, completa Antonia Pellegrino, roteirista e criadora do podcast. 

O projeto é um original Globoplay, com produção da Pipoca Sound, especializada na produção de podcasts e mídias audiovisuais. Para ouvir o segundo episódio, que traz a história de Bárbara de Alencar, clique aqui. Já o programa de estreia, é dedicado à história de Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, a única mulher na Inconfidência Mineira. A série narrativa tem seis episódios, publicados às quartas-feiras, com encerramento no dia 07 de setembro, marco dos 200 anos da Independência do Brasil.

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