Divulgação Globo/Estevam Avellar e Fábio RochaEnquanto a maior vontade de Brisa (Lucy Alves) é reencontrar Ari (Chay Suede) e oficializar a união com ele, parece que os pensamentos do arquiteto não são mais os mesmos. No Rio de Janeiro, ele, que viajou para recolher provas contra a demolição de um casarão histórico para a construção de um shopping, está conhecendo um mundo novo. Brisa estranha ao perceber que o noivo está diferente, mas não entende o motivo. Se preocupa, pois acha que ele está passando algum tipo de necessidade, mas não está contando. Aflita, decide ir ao seu encontro. E é no dia de embarcar para a capital fluminense que sua vida vira de ponta-cabeça.
Do outro lado do mundo, em Portugal, um grupo de jovens faz uma manipulação de imagem em um vídeo, trocando o rosto de uma mulher que corre com uma criança no colo, que identificam como uma sequestradora caçada pela polícia, por outro rosto escolhido de forma aleatória. É Brisa. E como na internet as coisas parecem se espalhar na velocidade da luz, a história vai ganhando nas redes contornos mais dramáticos, sendo acrescentadas novas informações no boca a boca. Prestes a pegar um ônibus com destino ao reencontro com seu amor, a maranhense é reconhecida na rua. Logo a informação se espalha e, em efeito cascata, Brisa é cercada. Há muita tensão e ela ainda não entende o que está acontecendo. Precisa sair daquela cena de terror.
É nesse momento que o destino de Brisa cruza com o de Oto (Romulo Estrela), um hacker, sem endereço fixo, meio nômade, que está em uma missão secreta em São Luís. Sua estada na cidade deve ser o mais invisível possível, por isso ele se assusta ao se deparar com aquele tumulto no meio da rua. Além dos ânimos inflamados das pessoas, já há policiais no local e até emissora de televisão fazendo a cobertura. Oto precisa sair dali rápido e sem chamar atenção. Ele consegue escapar, mas não tem ideia da “surpresa” que está levando consigo, no porta-malas do seu carro: Brisa. O pesadelo de ambos começa. Há um clima de desconfiança e antipatia mútuo no ar. E um alto potencial de atração também, embora nenhum dos dois esteja consciente – ainda – disso. Juntos, com toda aquela tensão instaurada, eles seguem para o destino final, o Rio de Janeiro.
Em terras cariocas, Ari faz amizades e, através delas, conhece Chiara (Jade Picon). Seus horizontes se ampliam e um mundo novo se descortina para ele. Tem sentimentos por Brisa, mas também quer viver as possibilidades que estão aparecendo à sua frente. Em sua cabeça, vive um conflito entre o que acha ser moralmente aceitável e todos os novos sentimentos que experimenta.
Já Chiara, embora não dê o braço a torcer, logo se interessa pelo jovem vindo do Maranhão. Ela é uma menina mimada e manipuladora, acostumada a ter tudo o que quer. É a filha de Guerra (Humberto Martins), dono da construtora que quer destruir o casarão histórico de São Luís. Em um primeiro momento, Ari acha que tem tudo sob controle e que, ao se aproximar da jovem, terá a chance de conhecer os bastidores da empresa e conseguir informações para não deixar que o patrimônio histórico seja destruído. Ele tem a ilusão de que pode controlar a situação, mas coração é terra de ninguém e sua relação com Chiara, aos poucos, começa a ultrapassar o nível do flerte.
O que nem ele nem ninguém no Maranhão têm ideia é que Brisa, enquanto isso, enfrenta enormes problemas que podem custar sua própria vida. Antes de ser surpreendida pela tentativa de linchamento, a maranhense avisa para Ari que está indo ao seu encontro no Rio de Janeiro. Mas, subitamente, para de dar notícias. No início, Ari se preocupa com a mãe de seu filho. Ele a procura, sofre com o desaparecimento da moça e se atormenta pela culpa de ter desejado Chiara. Mas o tempo vai passando, informações desencontradas ganham espaço e ele acaba se deixando levar pela atração que sente pela herdeira de Guerra e pelas novas possibilidades que a vida está lhe apresentando.
‘Travessia’ é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.