‘Família é Tudo’: Juliana Paiva é Electra, uma Mancini em busca da justiça

Diário Carioca
Electra Mancini (Juliana Paiva) - Divulgação Globo/Manoella Mello

Os últimos cinco anos não foram nada fáceis para Electra (Juliana Paiva). Filha do quarto casamento de Pedro (Paulo Tiefenthaler), a moça começa sua história em ‘Família é Tudo‘, a próxima novela das sete, cumprindo pena após ter sido condenada por tentar matar o ex-namorado Luca Baggio (Jayme Matarazzo). Certa de que armaram contra ela, Electra não entende o que aconteceu na fatídica noite do atentado, mas, jurando inocência, se prepara para ir em busca de respostas, recomeçar a vida e, acima de tudo, provar que foi vítima de uma injustiça.

Beneficiada pela liberdade condicional, Electra sai da cadeia enquanto a avó, Frida (Arlete Salles) está viajando no cruzeiro. E mal dá tempo de refazer os laços familiares. Sua mãe faleceu quando ela era muito pequena e teve a sorte de ser criada como filha por Nanda (Ana Carbatti), mãe de Plutão (Isacque Lopes). Determinada, justa e pé no chão, Electra era alegre e extrovertida até o dia em que quase perdeu seu grande amor, e se ressente porque somente a irmã mais velha, Vênus (Nathalia Dill), acreditou nela quando o crime aconteceu.

Ainda apaixonada pelo ex, que é fotógrafo na produtora de audiovisual de Tom Monteiro (Renato Góes), ela não sabe que Luca seguiu a vida apesar de, no fundo, nunca ter deixado de amar a mulher que acredita ter tentado matá-lo. E o pior está por vir: Luca namora Jéssica (Rafa Kalimann), que era sua melhor amiga. Controladora e calculista, ela é a filha de um dos sócios da produtora e não esperou muito depois que a amiga foi presa para se aproximar e conquistar o homem que Electra amava. “Electra está em busca de resgatar sua família, seu amor. Mas apesar do que aconteceu, não se vitimiza. Ela tem força suficiente para lutar contra tudo e todos e dar a volta por cima. Também vai em busca da união para essa família desagregada. Para mim, todos os irmãos querem esse reencontro verdadeiro, mas aí a gente tem toda a trajetória da novela para ver como isso vai se dar”, comenta Juliana Paiva.

Enquanto reúne forças para atravessar sua jornada, Electra contará com o apoio de Murilo (Henrique Barreira), advogado da Mancini Music que também defende e acompanha seu caso. Irmão de Luca, ele tem admiração pelo fotógrafo, mas esconde de todos que é secretamente apaixonado por Electra e sente-se frustrado quando, ao sair da prisão, a amada esboça o desejo de reencontrar o ex-namorado.    

Com estreia prevista para março, ‘Família é Tudo’ é uma novela criada por Daniel Ortiz e escrita por Ortiz com Flavia Bessone, Nilton Braga, Daisy Chaves e Claudio Lisboa. Com direção artística de Fred Mayrink e direção de Felipe Louzada, Mariana Richard, Augusto Lana e Naína de Paula. A produção é de Mariana Pinheiro e Claudio Dager e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.  

Electra Mancini (Juliana Paiva).
Electra Mancini (Juliana Paiva) – Divulgação Globo/Manoella Mello

Confira a entrevista com Juliana Paiva 

Conte sobre a sua personagem, quem é a Electra? 

Electra é uma personagem muito forte, vítima de uma emboscada, que colocou tudo o que ela conhecia em xeque. Ela está em busca de justiça, de retomada de um tempo perdido, do que foi tirado dela. Está em busca de resgatar sua família, seu amor. Mas apesar do que aconteceu, não se vitimiza. Ela tem força suficiente para lutar contra tudo e todos e dar a volta por cima e também vai em busca da união para essa família desagregada. Para mim todos os irmãos querem esse reencontro verdadeiro, mas aí a gente tem toda a trajetória da novela para ver como isso vai se dar. 

Como foi a preparação para a personagem?

Muita leitura de texto com o Fred Mayrink, nosso diretor artístico, e um pouco de entrosamento e preparação corporal com o Marcelo Aquino. Como os filhos têm nomes exóticos, que homenageiam planetas e estrelas, a gente teve também uma dinâmica de astronomia, integrada com astrologia e mitologia para entendermos o que está por trás dessas histórias e têm a ver com a carga que esses nomes receberam, perceber as conexões. Individualmente, eu estou me permitindo ser guiada pelo texto do Daniel, entendendo a importância de cada relação para nutrir essa personagem que é cheia de camadas, cheia de complexidades e que em uma mesma cena, se fragiliza e se fortifica por ela mesma. Estou adorando desbravar esse solo junto com ela e outra coisa que é legal pontuar é o contraste dessa família. Cada irmão é como se fosse uma tinta diferente e eles precisam de todas as cores ali para se completarem. É como se cada um fosse mais guiado por um tipo de emoção. E quando se juntam, aí sim, estão completos.

Você se sente próxima ou distante da Electra em algum aspecto?   

Meu ponto de encontro com ela é essa luta por justiça. Sempre fui muito incomodada, muito tocada por qualquer ponto de injustiça, preconceito. Eu sempre fui muito questionadora e aprendi, com os meus pais, que com educação a gente pode falar tudo. Especialmente num caráter de coisas boas, ou seja, para que a partir daquilo acontecesse uma transmutação de coisas positivas. Então nisso, tenho muito em comum com Electra. No ponto de empatia me aproximo bastante da personagem. 

E a relação com os astros, você gosta/costuma acompanhar esse tema?  

Eu gosto muito de Astrologia. Acho um estudo fantástico que está a serviço do nosso autoconhecimento. Minha madrinha é uma astróloga renomada, Fernanda Santa Rosa, e eu troquei sempre muita figurinha com ela sobre o assunto. Gosto de visitar meu mapa astral. Não fico refém, porque entendo que o tempo todo pode se modificar através de decisões, escolhas que a gente faz. Mas, como estudo, como guia, como autoconhecimento, eu acho incrível.

Você está voltando a trabalhar com Daniel e Fred. Como é essa parceria e o que te atraiu neste papel? 

É motivo de muita alegria para mim, profissional e pessoalmente. Nós fizemos uma novela muito linda juntos, que foi ‘Salve-se Quem Puder’, uma personagem que veio num momento muito importante da minha vida, onde eu também estava passando por uma espécie de furacão emocional, com a passagem do meu pai. E a personagem viveu no furacão físico e com suas questões emocionais. Luna me motivou muito artisticamente e pessoalmente, então eu tenho um carinho afetivo muito grande pelo Daniel e Fred. Eu acho que é uma parceria de sucesso mesmo, que funciona muito. O texto do Daniel é super bem dirigido pelo Fred, que gosta de dirigir atores, e o Daniel também tem uma mente criativa absurda. É, também, preocupado em, através de entretenimento, levantar temas muito relevantes, fazer as pessoas refletirem a respeito, levar boas mensagens. Estou muito feliz, muito animada com esse reencontro e retorno às novelas estando cercada de ótimos profissionais e queridos amigos.

Como recebeu a notícia da escalação e como está a expectativa para a estreia? 

Eu estava morando um tempo em São Paulo e no meio do ano passado o Daniel começou a falar comigo, ele estava entre duas personagens. E depois ele definiu que seria a Electra e tudo o que me falava sobre ela, eu comentava que dava pano para manga e queria saber mais. Estou superanimada de começar a contar essa história e, ao mesmo tempo, já querendo muito compartilhar qualquer coisa com o público curioso pra saber o que vem por aí. 

‘Família é Tudo’ aborda as relações familiares, o afeto. Como é a relação com sua família? 

Família, para mim, é tudo mesmo, é a nossa base, o nosso porto seguro, a nossa raiz, o nosso legado, os nossos valores. Graças a Deus eu tive a sorte de ter pais muito parceiros, presentes, e na minha casa nunca teve tabu para absolutamente nada. Eles sempre respeitaram também a minha individualidade. Eu, sendo ser humano, independentemente de uma criação, mas, ao mesmo tempo, me passando todos os valores necessários para que eu pudesse ser uma pessoa do bem e conviver com os tipos mais diversos de pessoas e situações que eu viria a encontrar na minha vida.

Tem alguma história marcante ou engraçada envolvendo seu núcleo familiar?

Tenho muito carinho e orgulho da criação que eu recebi dos meus pais. Hoje, com 30 anos, já vislumbro a minha família, e cada vez mais vejo que não é fácil educar. Não é simplesmente colocar o ser humano no mundo. Sempre tive gratidão e isso se estende aos meus avós, aos meus primos. Eu sou filha única, mas também nunca tive essa carência de irmãos, porque tinha uma família toda muito próxima de primos, amigos. As memórias mais marcantes são do Natal, a família toda reunida e as brincadeiras, de a gente se reunir para os jogos de tabuleiro, após a ceia. Momentos hilários com mímica. Família é tudo mesmo e isso é um dos guias da minha vida.  

Teve algum desafio, curiosidade ou cena bacana até agora que possa compartilhar com a gente? 

A gente teve pouco tempo de preparação, então ainda estou encontrando a Electra ao longo das cenas. Porque na vida, muitas vezes a gente não pensa muito antes de viver as situações. A gente é pego de surpresa diversas vezes. E eu acho que eu estou me permitindo ser levada mesmo pela Electra.

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