Lola (Gloria Pires) está devastada. Quando pede que Carlos (Danilo Mesquita) vá à oficina de Osório (Nicola Siri) entender a razão pela qual Alfredo (Nicolas Prattes) foi demitido, a última resposta que espera receber é que o filho roubou o patrão. Para piorar, Carlos chega enfurecido e vai direto à procura de Alfredo, com quem inicia uma discussão explosiva.
Os dois passam das agressões verbais para as agressões físicas e só param quando Julinho (André Luiz Frambach) chega e consegue separá-los. Lola e Clotilde (Simone Spoladore) ficam desesperadas.
Alfredo toma ainda um sermão de Afonso (Cássio Gabus Mendes), que fica sabendo sobre o roubo pelo próprio Osório. Foi Afonso quem indicou Alfredo para o trabalho. E é ele também quem encontra, depois de toda essa confusão familiar, Alfredo dormindo no banco da praça, para evitar voltar para casa e encarar a família decepcionada com seu comportamento.
Afonso conduz Alfredo até em casa e, quando já estão sozinhos, consola Lola, que está aflita com os problemas recentes. Ela agradece a ele por ter levado seu filho em casa e ele tenta confortá-la. Lola comenta como é difícil cuidar dos filhos e Afonso se aproxima afetuoso, percebe o sentimento diferente que tem e se deixa levar, beijando-a. Ela embarca no beijo, mas depois se afasta, assustada. Afonso está sem graça, mas feliz. Ele diz, então, que gosta muito dela, há muito tempo, e que não se arrepende. Ela não sabe o que dizer, acha que aquilo não devia ter acontecido. Não sabe o que pensar e pede que ele vá embora. Mas assim que ele sai, ela sorri.
As cenas estão previstas para irem ao ar a partir dessa segunda-feira, dia 20. ‘Éramos Seis’ é escrita por Angela Chaves, baseada na novela original escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, livremente inspirada no livro de Maria José Dupré. A direção artística é de Carlos Araújo e a obra conta ainda no elenco com Giullia Buscacio, Paulo Rocha, Carol Macedo, Maria Eduarda de Carvalho, Eduardo Sterblitch, Denise Weimberg, entre outros.
Entrevista com Gloria Pires
Qual é o sentimento de reviver essa parceria com Cássio Gabus Mendes?
O Cassinho é um parceirão. Estou tão feliz que não tenho como expressar. Contracenamos juntos em alguns trabalhos. Fizemos ‘Vale Tudo’, ‘Desejos de Mulher’ e outras obras, mas estávamos em núcleos separados. Sempre foi tão bom e com o tempo fica melhor porque passamos a conhecer mais a pessoa, a confiança e a admiração crescem. Trabalhar com Cássio é ótimo porque ele é um companheirão, parceiro mesmo.
Você se surpreendeu com a torcida do público por esse casal?
Eu não esperava essa torcida, nem esse romance. Mas fui percebendo conforme lia os capítulos que isso iria acontecer em algum momento. Não pensava que eles realmente fossem ter algum tipo de relação nesse sentido, mas aquela amizade muito profunda. Um apoiando o outro o tempo todo. Essa proximidade que o sofrimento traz, o apoio é muito forte, então me pareceu natural que as pessoas estejam torcendo hoje.
O público torce para que Lola, nessa versão seja feliz. O que você acha sobre?
Entrevista com Cássio Gabus Mendes
Como é reencontrar Gloria Pires e, mais uma vez, formarem um casal?
Eu tenho um carinho e uma admiração muito grande pela Glorinha. Ela é uma das principais atrizes que temos no nosso país, é de uma capacidade, de um brilhantismo e um carisma muito fortes. Tem uma técnica extremamente apurada. Já é a terceira ou quarta vez que trabalhamos juntos. Nos bastidores, temos uma convivência excelente, muito bacana, divertida. Ela é muito parceira.
Amar na maturidade é mais fácil?
Eu acho que a paixão vai te confundir, vai fazer você ficar ridículo em qualquer idade. Porque quando estamos muito apaixonados, o que é uma delícia, a gente fala barbaridades (risos). Depois de um tempo você até se questiona se falou aquelas coisas mesmo. Isso é normal, não tem idade. Não tem maduro ou jovem. Então, eu não vejo diferença entre idades. A paixão e o amor te desarmam de qualquer jeito.
Desde o início, o Afonso tem um carinho a mais por Lola. O público estava torcendo por isso. Isso te surpreendeu?
Em novela, a gente nunca sabe o que vai acontecer. Mas a gente tem que se programar um pouco. Admiração, o Afonso tinha. Mas nunca se pensou que, com certeza, aquilo daria liga. E por mais que dê liga, às vezes, você não tem uma história para contar. Quando você pega uma linha, como essa que foi muito bem-feita, bem construída, você consegue fazer acontecer. Eu, como espectador, quero ter o prazer de ver aquelas pessoas juntas. Não na última cena, mas quero ver essas pessoas convivendo juntas.
Comunicação Globo
Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2020