Maurício celebra 30 anos do ouro olímpico do vôlei no 'Grande Círculo' desta quinta-feira no sportv2

Diário Carioca

Divulgação GloboHá exatos 30 anos, uma geração de ouro entrou definitivamente para a história do vôlei. Em 9 de agosto de 1992, o Brasil derrotava a Holanda por 3 a 0 no Palau Sant Jordi, arena multiuso construída aos arredores do Montjuïc, um dos pontos mais famosos de Barcelona, para conquistar o inédito título olímpico. Uma campanha até certo ponto surpreendente. A equipe comanda por José Roberto Guimarães perdeu apenas três sets ao longo de todo o torneio. O levantador deste sexteto histórico era Maurício, dono de uma habilidade capaz de colocá-lo na prateleira mais alta do esporte, mesmo com apenas 1,84m, estatura que foge dos padrões do vôlei. Ele vestia a camisa 6, mas distribuía o jogo como um autêntico 10. Cérebro daquele time, foi campeão mundial em 2002 e olímpico novamente em 2004, já em outro papel, de conselheiro, passando experiência aos mais jovens. Nesta quinta-feira, dia 25, véspera da estreia da seleção no Campeonato Mundial, ele é o convidado do ‘Grande Círculo’ inédito, que o sportv2 exibe a partir das 22h.

Se atualmente o Brasil entra em quadra tanto no masculino quanto no feminino como uma potência mundial candidata ao título de qualquer torneio que for disputar, há três décadas a realidade não era bem essa. Por mais que já figurasse entre os protagonistas, a então promissora equipe, que contava com o talento de jovens como Marcelo Negrão, Tande e Giovane e a experiência de Paulão, Amauri e Carlão, foi a primeira a subir ao lugar mais alto do pódio em um torneio com as melhores seleções do planeta. Os favoritos eram os italianos, que foram eliminados nas quartas de final de forma surpreendente pelos holandeses. Na semifinal, o Brasil exorcizou o fantasma dos Estados Unidos, algoz da geração de prata na final dos Jogos de 1984. “Fomos crescendo durante a Olimpíada. Estreamos contra a Coréia do Sul e sempre tivemos uma dificuldade muito grande contra eles. Tínhamos perdido nas duas vezes anteriores que havíamos encontrado eles. O Zé Roberto conta que quando ganhamos, pensou: ‘Graças a Deus, não vamos ser os últimos’. Vencemos a Rússia, Holanda, ganhamos de Cuba, depois Argélia e a confiança começou a vir muito forte”, recorda o ex-levantador, sobre a campanha brasileira na fase inicial.

Companheiro de Maurício naquela equipe, Carlão é um dos entrevistadores desta edição do ‘Grande Círculo’. Ao seu lado, estará a atriz Letícia Birkheuer, que chegou a se profissionalizar no vôlei no fim da adolescência antes de se tornar modelo; o narrador Jader Rocha; o repórter Marco Aurélio Souza; e os comentaristas Fabi Alvim e Marco Freitas. Milton Leite faz as honras da casa comandando o programa. Depois do ouro em Barcelona, o Brasil passou a ser visto de outra forma pela comunidade do vôlei, mas antes disso, até para encontrar algum treinador disposto a encarar o desafio de comandar aquele time não era uma tarefa fácil. Tanto que a missão caiu no ombro de um então jovem técnico, que anos mais tarde acabou se tornando uma lenda no esporte. “Ninguém queria pegar aquela seleção. Era uma responsabilidade muito grande de estar representando o vôlei. Aí convenceram o Zé Roberto de estar à frente dessa seleção, porque ele já tinha sido auxiliar técnico do Bebeto de Freitas. E foi até estranho, pois em 1989 ele atuava ainda e a gente estava jogando contra. Ele assume em 1992 e faz um grande trabalho. Na minha opinião, é o grande mentor dessa conquista.”

Por fim, Maurício ainda comentou sobre a expectativa sobre a atual seleção brasileira que inicia na manhã desta sexta-feira, às 6h, contra Cuba, a busca pelo tetracampeonato mundial. Completam o grupo o Japão e o Catar. “Eu acredito muito no Brasil, independentemente de não ter feito uma Liga das Nações tão boa. Eu acho que o Brasil vai bem. Temos pilares importantes, que em momentos difíceis conseguem ser o equilíbrio e dar a volta por cima, como o caso do Bruno e do Lucão. É importantíssima essa volta do Wallace. Eu acredito muito, porque com resultados positivos o vôlei do Brasil tende a crescer cada vez mais”.

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