Em O Outro Lado do Paraíso, dias tensos estão por vir no garimpo de Sophia (Marieta Severo). Zé Victor (Rafael Losso), na posição de chefe da mina, quer impor sua autoridade a todo custo e, sempre que pode, enfrenta Mariano (Juliano Cazarré). A implicância aumenta ainda mais quando Johnny (Bruno Montaleone), irmão do garimpeiro, começa a trabalhar no local. Mas a gota d´água é a permissão de Zé Victor para que Amaro (Pedro Carvalho) desça até a mina. “Diz aí, Zé Victor, por que cê gosta de dizer não quando eu digo sim, e de dizer sim quando digo não? Eu falei que o portuga podia descer outra hora, porque em hora de disparo não é bom ter estranho lá embaixo. Por segurança. Só pra me contrariar, cê deixou ele descer”, diz Mariano.
Impaciente, Zé Victor, revida: “Cê ainda não se conformou que virei chefe e mando aqui. Cê tenta me desafiar toda vez. A mina tem que render, é o que a patroa quer”. Mariano ainda tenta argumentar. “É porque cê não entende de garimpo de esmeralda. Disse pra Sophia que nem precisava escorar as galeria por pura ambição. Nem desceu pra olhar. Cê tá muito errado, Zé Victor. Tá botando a vida desses home em perigo. Até a minha também”, diz.
Enquanto isso, no interior da mina, Johnny fica encarregado de posicionar os explosivos. “Tá botando explosivo demais”, adverte Xodó (Anderson Tomazini). Amaro observa tudo com curiosidade e quer saber detalhes do processo. “Aqui a gente bota os explosivo. Depois aciona o gatilho. Aí eles explode”, explica Valdo (Alexandre Rodrigues). “Tá com medo, é? Só dá tempo de a gente subir. Nós sobe e só depois o Zé Victor aperta o botão”, ameniza Xodó. Depois de ajeitar os explosivos, Valdo avisa que já é o momento de subirem.
Enquanto isso, do lado de fora da mina, Zé Victor e Mariano brigam e trocam socos. É quando o controle do detonador cai do bolso de Zé Victor e é acionado acidentalmente. A explosão na mina provoca desmoronamento das pedras. Xodó, Valdo, Johnny e Amaro tentam se proteger indo em direção a outra galeria. Na correria, Valdo e Amaro são os mais atingidos. “Meus olhos”, diz o português pressentindo que algo grave aconteceu, enquanto Xodó rasga um pedaço de roupa e improvisa uma venda para conter o sangramento. No escuro, Xodó tenta achar o caminho. “Tem uma parede de pedra aqui. Nós tamos preso”, conclui.