TV Brasil exibe Seleção Russa de Cinema entre 18/06 e 11/07

Diário Carioca

Entre 18 de junho e 11 de julho, em tributo ao país-sede da Copa do Mundo 2018, a TV Brasil exibe clássicos do cinema russo. Os filmes vão ao ar de segunda a quinta, sempre à 0h15, na faixa Seleção Russa de Cinema.

A sessão reúne longas-metragens produzidos na antiga União Soviética, como os inéditos “Vá e Veja” (1985), filme de guerra com direção de Elem Klimov, “O Retorno de Vassily Bortnikov” (1952), drama histórico de Vsevolod Pudovkin, a comédia musical “Primavera” (1947), de Griori Aleksandrov, e o drama épico “Aleksandr Nevsky” (1938), de Serguey Eisenstein.

Confira a programação completa da faixa Seleção Russa de Cinema:

  • Segunda (18/06) – 0h15 – “Tigre Branco” – drama/guerra

  • Terça (19/06) – 0h15 – “Cidade dos Ventos” – drama

  • Quarta (20/06) – 0h15 – “Sonhos” – ficção histórica/comédia

  • Quinta (21/06) – 0h15 – “A Filha Americana” – drama/comédia

  • Segunda (25/06) – 0h15 – “Noite de Inverno em Gagra” – musical/drama

  • Terça (26/06) – 0h15 – “12 Cadeiras” – comédia

  • Quarta (27/06) – 0h15 – “Circus” – musical/drama

  • Quinta (28/06) – 0h15 – “Braço de Diamante” – comédia

  • Segunda (02/07) – 0h15 – “Vá e Veja” – drama/ficção histórica

  • Terça (03/07) – 0h15 – “O Retorno de Vassily Bortnikov” – drama

  • Quarta (04/07) – 0h15 – “Primavera” – comédia musical

  • Quinta (05/07) – 0h15 – “Às Seis da Tarde, Depois da Guerra” – drama/romance

  • Segunda (09/07) – 0h15 – “Tratoristas” – drama/romance

  • Terça (10/07) – 0h15 – “Aleksandr Nevsky” – drama histórico

  • Quarta (11/07) – 0h15 – “O Fascismo de Todos os Dias” – documentário

Abaixo está a sinopse de cada filme:

“Tigre Branco”

Segunda-feira, 18 de junho, à 0h15

Encontrado quase morto entre os destroços fumegantes no campo de batalha, o condutor de tanque de guerra Ivan Naidionov tem uma recuperação surpreendente que desafia a capacidade de compreensão dos médicos.

Mais misteriosa se torna a história quando ele revela que foi atingido pelo Tigre Branco, indestrutível tanque alemão que surge e desaparece por encanto, deixando um rastro de destruição e morte.

Ligados por um elo sobrenatural, o homem e a máquina se empenham numa batalha que se projeta para além daqueles tempos.

“Tigre Branco” representou a Rússia na disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2012.

104 min. Ano: 2012. País de origem: Rússia. Gênero: drama/guerra. Direção: Karen Shakhnazarov. Elenco: Aleksey Vertkov, Dmitriy Bykovskiy-Romashov, Vitaliy Kishchenko, Valeriy Grishk, Vilmar Bieri, Klaus Grünberg. Classificação Indicativa: 14 anos.

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Cidade dos Ventos”

Terça-feira, 19 de junho, à 0h15

Moscou, União Soviética, inverno de 1973. Estudante do primeiro ano na escola, Sergei Narbekov (Aleksandr Liapin) ganha dinheiro vendendo os livros de seu avô – um renomado arqueólogo – para um comerciante de livros antigos, a fim de comprar jeans e discos dos Rolling Stones no mercado negro, além de ir a restaurantes com seus dois amigos: Kostia Denisov (Ivan Kupreenko) e Stepan Molodtsov (Egor Baranovskii).

Os três jovens representam a possibilidade de uma “última geração soviética”, cujo fim já é pressentido pelo povo.

Kostia vem de uma família de diplomatas e já viajara ao exterior. Quer emigrar, sair da Rússia soviética, marcada pela censura, falta de liberdade e filas para comprar cerveja.

A família do rebelde Sergei é parte da “intelligentsia”, a intelectualidade russa. Sua mãe, pai e avô são arqueólogos e especialistas no Oriente Próximo. Mas o rapaz sonha com o “Oeste Imaginário”, idealizado. Contudo, admite que na Rússia também pode haver coisas agradáveis, como as meninas.

Stepan, mais comedido e conservador, não entende o desejo dos amigos. Está satisfeito com os rumos de sua vida. Pode facilmente se tornar um líder do Komsomol (União da Juventude Comunista) ou mesmo um agente da KGB, um dia. Mas, gasta a maior parte de seu tempo cortejando as meninas de Sergei, especialmente a bela Lyuda (Lidiya Myluzina), o que pode não acabar bem…

Dirigido por Karen Shakhnazarov, “Cidade dos Ventos” foi indicado ao Prêmio Nika de Melhor Filme, Prêmio Nika de Melhor Ator Coadjuvante.

105 min. Ano: 2008: País: Rússia. Idioma original: russo. Gênero: drama. Título original: Ischeznuvshaya imperiya Produção: Mosfilm. Direção: Karen Shakhnazarov. Roteiro: Sergey Rokotov, Evgeny Nikishov.

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Sonhos”

Quarta-feira, 20 de junho, à 0h15

No final do séc. XIX, a condessa Prizorova sonha que é Masha Stepanova, faxineira de um bar em Moscou em 1993. Nessas incursões ao futuro, a aristocrata vê o marido vender fotos nuas dela, a fim de ganhar o dinheiro necessário para comprar comida, considerando os preços resultantes da inflação de 2 mil por cento ao mês.

Em certo momento, os funcionários do governo a intimam. Querem que ela sirva de atração sexual para convencer um representante do FMI a liberar os créditos prometidos mas não concedidos à Rússia.

Sonhos” é uma ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o vazio moral e a imitação das piores práticas ocidentais produzidas na Rússia pela restauração capitalista.

78 min. Ano: 1993. País: Rússia. Gênero: História/comédia. Direção: Karen Shakhnazarov e Aleksandr Borodyansky (1993), com Amaliya Mordvinova, Oleg Basilashvili, Armen Dzhigarhanyan, Arnold Ides.

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“A Filha Americana”

Quinta-feira, 21 de junho, à 0h15

O russo Varakin é abandonado pela mulher, que decide viver com um americano nos EUA. Quatro anos depois, Varakin viaja à América para rever a filha, agora com sete anos de idade. A menina mora com a mãe e o padrasto em uma casa luxuosa e sua família é o estereótipo do “sonho americano”. Contudo, a garota parece insatisfeita e logo se afeiçoa a Varakin, um homem divertido, verdadeiro e carismático. Mas que não fala inglês.

93 min. Ano: 1995. País: Rússia. Gênero: drama/comédia. Direção: Karen Shakhnazarov. Elenco: com Allison Whitbeck, Vladimir Mashkov, Mariya Shukshina.

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Noite de Inverno em Gagra”

Segunda-feira, 25 de junho, à 0h15

Beglov fora uma estrela da dança de sapateado nos anos 1950, mas perdeu tudo quando o estilo saiu do gosto popular. No ostracismo, Beglov passou a levar uma vida modesta e discreta. Trabalha como instrutor de dança para grupos de música pop, na qual outras estrelas brilham. Fez questão de esquecer o sapateado e até mesmo conversar sobre isso.

De repente, tudo muda: em um estranho encontro, um jovem com a perna quebrada tenta convencer Beglov a ensiná-lo o sapateado. E o experiente dançarino se vê diante de uma realidade que havia deixado para trás.

89 min. Ano: 1985. País: União Soviética. Título Original: Zimniy vecher v Gagrakh. Gênero: musical/drama. Direção: Karen Shakhnazarov. Elenco: Evgeniy Evstigneev, Arkadi Nasyrov, Aleksandr Pankratov-Chyornyy, Natalya Gundareva.

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12 Cadeiras” (parte 1)

Terça-feira, 26 de junho, à 0h15

Ex-aristocrata procura uma fortuna em diamantes escondidos pela sogra, antes de morrer, no forro de uma cadeira. Seu braço direito é o eloquente e ardiloso Ostap Bender, um vigarista típico dos anos 1920 que entrou para sempre no folclore russo.

O filme é uma adaptação do romance “As Doze Cadeiras”, de Ilya Ilf e Evgueny Petrov. A história recebeu muitas adaptações cinematográficas. No Brasil foram exibidas apenas três: a de Mel Brooks, que levou o nome de “Banzé na Rússia”, em 1970, a de Richard Wallace (“Está no Papo”, 1945) e a versão da Atlântida, de 1957, com Oscarito.

Entre 1921 e 1928, com a economia arrasada após o fim da Guerra Civil, a União Soviética adotou a Nova Política Econômica (NEP), definida por Lenin como um recuo tático caracterizado pelo estímulo à pequena propriedade privada no comércio varejista, indústria e agricultura.

A introdução de práticas capitalistas, naquele momento, estimulava a produção de mercadorias, mas trazia em sua esteira a desigualdade.

80 min. Ano: 1970. Gênero: comédia. País: União Soviética. Direção: Leonid Gayday (1970), com Archil Gomiashvili, Serguey Filippov, Mikhail Pugovkin, Natalya Krachkovskaya.

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“Circus”

Quarta-feira, 27 de junho, à 0h15

Depois de dar à luz um bebê de pele negra, uma artista circense americana se torna vítima de racismo e é obrigada a viver dentro dos limites do circo. Porém, encontra refúgio, amor e felicidade na União Soviética. Seu bebê é prontamente acolhido pelo povo soviético.

O ponto alto do filme é a cena da canção de ninar, interpretada por representantes das várias etnias que compunham o país, conotando a URSS como nação multirracial e sem racismo.

94 min. Ano: 1936. País: União Soviética. Gênero: musical/drama. Idioma: russo. Direção: Grigori Aleksandrov e Isidor Simkov. Roteiro: Grigori Aleksandrov. Elenco: Lyubov Orlova, Vladimir Volodin, Sergei Stolyarov, Pavel Massalsky, James Patterson.

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Braço de Diamante”

Quinta-feira, 28 de junho, à 0h15

O cidadão soviético Semyon Gorbunkov sai a passeio em um cruzeiro marítimo. No retorno à URSS, acaba levando joias, que haviam sido escondidas por engano no gesso colocado em seu braço após uma queda durante a viagem.

Enquanto os contrabandistas realizam várias tentativas para recuperar as joias, um capitão da polícia russa usa Gorbunkov como isca para pegar os criminosos. Já a esposa do protagonista começa a desconfiar de que ele fora recrutado pela inteligência estrangeira, ou pior: de que tem um caso com outra mulher.

100 min. Gênero: comédia. País: União Soviética. Idioma: russo. Ano: 1968. Direção: Leonid Gayday. Elenco: Yuriy Nikulin, Nina Grebeshkova, Andrey Mironov.

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“Vá e Veja”

Segunda-feira, 2 de julho, à 0h15

Em 1943, o adolescente Floria, de uma aldeia bielorrussa, encontra um velho fuzil e se junta ao movimento guerrilheiro de resistência aos nazistas.

A ocupação da Bielorrússia foi de uma selvageria sem precedentes. Das 9.200 localidades destruídas na URSS durante a II Guerra Mundial, 5.295 estavam situadas naquela região. Mais de 600 vilas, como Khatyn, foram aniquiladas com toda a sua população. 2,23 milhões de soviéticos, um terço dos habitantes da Bielorrússia, foram mortos durante os anos da invasão alemã.

O título do filme é uma alusão ao capítulo 6, versículos 7 e 8, do Apocalipse de S. João.

Inédito. Ano: 1985. Gênero: drama/ficção histórica. Direção: Elem Klimov

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“O Retorno de Vassily Bortnikov”

Terça-feira, 2 de julho, à 0h15

Dado como desaparecido na guerra, Vassily Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Comunista abnegado e voluntarioso, ele enfrenta a situação, em seguida assume a liderança da reconstrução do colcoz, mergulha de cabeça na batalha pelo aumento da produção, mas com o passar do tempo vai se dando conta de que suas soluções para os problemas não estão funcionando bem. Os novos tempos exigem dele algo mais.

Inédito. Ano: 1952. Gênero: drama. Direção: Vsevolod Pudovkin.

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“Primavera”

Quarta-feira, 4 de julho, à 0h15

Uma cientista que trabalha em um equipamento de energia solar e uma famosa cantora são muito parecidas. Quando a cientista aceita interpretar a cantora em um filme, elas resolvem trocar de identidades e, com isso, alcançam crescimento pessoal, sucesso profissional, amor e alegria.

“Primavera” é a quinta comédia musical de Grigori Aleksandrov. A trilha musical é assinada por Isaak Dunaievsky, na qual Liubov Orlova contracena com Nikolai Cherkasov – o astro de Eisenstein em “Alexandre Nevsky” e “Ivan, o Terrível”.

A sequência de abertura marca o ritmo febril da reconstrução da URSS no início do pós-guerra, período em que se situa o enredo do filme: uma sucessão de quiproquós que leva artistas e cientistas a superar preconceitos mútuos, aprendendo a conhecer melhor o papel de cada um na sociedade.

Inédito. Ano: 1947. Gênero: comédia musical. Direção: Griori Aleksandrov

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“Às Seis da Tarde, Depois da Guerra”

Quinta-feira, 5 de julho, à 0h15

Na despedida, eles juraram reencontrar-se, não importa o que acontecesse, às seis horas da tarde depois do final da II Guerra, na Ponte da Pedra, em Moscou. Seria a promessa capaz de resistir aos golpes do destino, durante os anos de terríveis combates? Partindo deste tema pouco convencional para um musical, a parceria entre o diretor Ivan Pyryev e o compositor Tikkon Khrennikov repetiu o êxito de “Encontro em Moscou”, realizado em 1941.

“Às Seis da Tarde, Depois da Guerra” foi lançado em 1944. A guerra só terminaria no ano seguinte.

Inédito. Ano: 1944. Gênero: drama/romance. Direção: Ivan Pyryev.

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Tratoristas”

Segunda-feira, 9 de julho, à 0h15

Klim Iarko, piloto de tanque que estivera servindo no Extremo Oriente, volta da guerra para retomar suas funções como mecânico de tratores. Klim se desdobra para dar mais eficiência ao trabalho dos tratoristas e conquistar o coração de Mariana, líder de uma famosa equipe feminina de tratoristas, por quem sempre fora apaixonado.

A canção-tema que acompanha os créditos desta comédia musical se tornou um sucesso popular na URSS.

84 min. Ano: 1939. País: União Soviética. Gênero: drama/romance. Direção: Ivan Pyrev. Roteiro: Evgeniy Pomeshchikov. Elenco: Marina Ladynina, Nikolay Kryuchkov, Boris Andreyev, Stepan Kayukov, Pyotr Aleynikov, Vladimir Kolchin, Olga Borovikova.

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“Aleksandr Nevsky”

Terça-feira, 10 de julho, à 0h15

Na primeira metade do século 13, o príncipe Aleksandr Nevsky evita o confronto com os tártaros – que impunham pesados tributos às cidades russas – e concentra os esforços na organização de um exército popular para enfrentar uma ameaça mais perigosa: os temíveis Cavaleiros Teutônicos, que pretendiam se apossar do território russo, submetê-lo ao Sacro Império Romano-Germânico e erradicar sua cultura.

Rodado por Eisenstein em 1937-38, o filme estabelece um paralelo entre aqueles invasores e as hordas hitleristas que se preparavam para devastar a URSS.

Com trilha musical de Serguey Prokofiev, “Aleksandr Nevsky” foi cuidadosamente restaurado pelo Mosfilm em 2015.

Inédito. Ano: 1938. Gênero: ficção histórica. Direção: Serguey Eisenstein.

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“O Fascismo de Todos os Dias”

Quarta-feira, 11 de julho, à 0h15

Documentário intercala imagens do presente (1965) e material capturado do arquivo do Ministério de Propaganda do III Reich, da coleção pessoal de Hitler e fotografias apreendidas de soldados alemães da SS.

Diretor e narrador do filme, Mikhail Romm desenvolve uma aguda reflexão sobre a natureza do fascismo, enquanto reconstrói a trajetória de sua ascensão e queda. “O Fascismo de Todos os Dias” é de longe o mais profundo, criativo e impactante documentário realizado sobre o tema.

Inédito. Ano: 1965. Gênero: documentário. Direção: Mikhail Romm.

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