O cantor Chico Buarque divulgou um vídeo lendo trecho do livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, que vem sofrendo censura.
A diretora de uma escola em Santa Cruz do Sul (RS) pediu o recolhimento da obra ao Ministério da Educação por supostamente conter “vocabulário de baixo nível” e descrições de cenas de sexo impróprias a estudantes.
O que você precisa saber
- Dezenas de municípios do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Goiás e do Mato Grosso do Sul anunciaram a retirada do livro de suas redes de ensino após a crítica da diretora. O escritor tem recebido apoio, além de artistas, de uma série de entidades, como a Academia Brasileira de Letras (ABL), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL)
- O livro, que recebeu o prêmio Jabuti em 2021, trata sobre racismo, violência policial e morte de problemas estruturais. A leitura da obra foi aprovada nas escolas pelo Ministério da Educação (MEC) ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. O caso tem gerado amplo debate sobre liberdade de expressão, censura e o papel da literatura na educação, suscitando posicionamentos diversos sobre a questão
A divulgação do vídeo por Chico Buarque trouxe ainda mais visibilidade ao debate em torno da obra censurada, ampliando as discussões sobre liberdade de expressão, conteúdo literário e o papel da arte na sociedade.
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O apoio do cantor e de diversas entidades demonstra a relevância do tema e a importância de se discutir a liberdade criativa e o acesso à informação nas instituições educacionais.