Para que o país tenha uma transição justa para uma economia neutra em carbono, o BNDES já investiu R$ 170 bilhões em economia verde nos últimos 10 anos
Publicado em 20/06/2022 19h16
Fundado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo, é, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.
Nesses 70 anos de existência, a instituição apoiou empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, a realizar planos de modernização, de expansão e concretizar novos negócios, tendo sempre em vista a geração de empregos, renda e inclusão social dos brasileiros.
“São sete décadas de trabalho, de desenvolvimento e de ativos intangíveis. Isso, na década de 1950, no pós-guerra, representou abrir estradas, financiar portos e construir o nosso parque siderúrgico nacional, por exemplo. Nas décadas de 60 e 70, nossa indústria de base foi formulada, insumos básicos, bens de consumo e a esteira dos mecanismos de apoio a micro, pequenas e médias empresas. Nas décadas de 80 e 90, [foi realizada] a revolução do nosso agronegócio, abertura de mercado e as primeiras privatizações em que o banco tão fortemente atuou”, resumiu o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, em discurso na cerimônia de comemoração dos 70 anos do banco, realizada na tarde desta segunda-feira (20/06), na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
Para que todas as pessoas tenham água potável e coleta e tratamento de esgoto, o BNDES financia e estrutura projetos no setor. Desde a década de 1990, o banco público já financiou R$ 19 bilhões em novos projetos de saneamento e mais R$ 71 bilhões em reestruturação de projetos existentes. Só na última década, 18 milhões de pessoas passaram a contar com saneamento de qualidade por meio dos projetos financiados pelo banco.
Para que o país tenha uma transição justa para uma economia neutra em carbono, o BNDES já investiu R$ 170 bilhões em economia verde nos últimos 10 anos. Nesse período, 495 mil toneladas de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera por meio de projetos de restauração florestal em biomas como Amazônia e Mata Atlântica.
A atuação do banco no setor de energia contribui para ampliar o uso de fontes renováveis e para a eficiência energética no país. O BNDES é um dos maiores apoiadores de energia limpa no mundo, com destaque para o financiamento de energia eólica, solar e biomassa.
No empreendedorismo, foram 1,5 milhão de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e pessoas físicas apoiadas nos últimos 25 anos. Isso permitiu que 3,52 milhões de empregos fossem gerados e mantidos por ano, em média, pelas MPMEs financiadas pelo BNDES na última década. Se somados os empregos indiretos, são cerca de 5 milhões de postos de trabalhos criados e mantidos com as iniciativas do banco.
“Esse banco, nos últimos três anos, passou a fomentar mais de 20 a 25% do estoque de crédito de micro, pequenas e médias empresas”, pontuou Gustavo Montezano.
“Vocês [BNDES] estão, hoje, à frente de ativos ambientais, estão à frente de infraestrutura, de programas de saneamento para 100 milhões de brasileiros que só tinham esgoto a céu aberto”, destacou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em seu discurso durante o evento desta segunda-feira.
Comemorações Para comemorar os 70 anos do BNDES, o Ministério da Economia publicou uma portaria que estabelece as diretrizes para o lançamento do novo Fundo Garantidor para Investimentos a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O fundo é inspirado no Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC – FGI), criado durante as restrições da Covid-19. O PEAC foi responsável por garantir mais de R$ 90 bilhões de crédito para o setor durante o período por meio de 40 instituições financeiras.
Nesta segunda fase, além das pequenas e médias empresas, serão apoiadas também as microempresas e os microempreendedores individuais (MEI), com a expectativa de poder alavancar mais de R$ 20 bilhões em financiamentos até dezembro de 2023.
Durante o evento, o BNDES também divulgou a Carta aos Estados, um documento com os caminhos para que os estados conheçam o Banco e as soluções ofertadas em sua plataforma de serviços, como estruturação de projetos de concessão e fomento ao mercado de carbono, entre outras iniciativas. O documento está disponível aqui.
Já os Correios lançaram um selo comemorativo em homenagem ao aniversário de 70 anos da instituição. A peça obliterada com o carimbo comemorativo dos 70 anos do BNDES passará a compor o acervo do Museu Nacional dos Correios, em Brasília, e servirá como fonte de pesquisa e registro de acontecimentos importantes do contexto histórico brasileiro.