A projeção de Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 foi revisto de 1,9% para 2,5%.
De acordo com o Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), existem fatores positivos no cenário atual que favorecem a revisão do crescimento do PIB.
O principal cenário positivo foi o crescimento do setor do agronegócio acima do esperado para o primeiro trimestre.
Além disso, há a tendência de queda da inflação e indicadores positivos para o mercado de trabalho.
A redução da taxa de inflação ocorreu tanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), quanto para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A queda da inflação tende a reduzir a taxa de juros básica da economia, a Selic, para os próximos meses.
Atualmente, a manutenção da taxa básica de juros da economia em 13,75% pode inibir o investimento de empresas e maior consumo de famílias.
No mercado de trabalho, a redução da taxa de desemprego de 8,4% para 8,1% também é um bom indicador para a possível queda de juros e aumento da projeção do PIB.
Para todos os setores da economia há melhoras da estimativa. Na agropecuária, a projeção de crescimento foi revisada de 11,0% para 13,2%. Em 2022, havia queda de 1,7%. A expansão da projeção do setor agrícola, graças a resultados acima do esperado do setor, também influenciou positivamente demais áreas da economia.
Para a indústria, houve avanço de 0,5% para 0,8%, ante a 1,6% do ano passado.
Já a projeção para serviços passou de 1,3% para 1,7%, contra avanço de 4,2% em 2022.
Para o segundo trimestre de 2023, espera-se um recuo da atividade agropecuária, leve recuperação da indústria e expansão menos acentuada de serviços. De modo geral, no segundo trimestre de 2023, há a desaceleração da atividade econômica.
As projeções do PIB são acompanhadas da expectativa de aumento do déficit primário do governo entre janeiro e junho de 2023.
As informações podem ser consultadas através da Secretaria de Política Econômica, a SPE.