Ex-presidente do BNDES Carlos Lessa morre no Rio

Diário Carioca

Morreu na manhã de hoje (5), no Rio de Janeiro, o economista Carlos Lessa, aos 83 anos, de covid-19.

A informação foi confirmada pela reitora Denise Pires de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde ele era professor, em evento online de aniversário do Museu Nacional.

Lessa foi reitor da UFRJ em 2002, cargo do qual se licenciou para assumir a presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2003, onde ficou até o fim de 2004.

A Reitoria da UFRJ decretou luto oficial de três dias. Professor titular da instituição, Lessa se graduou em Ciências Econômicas na UFRJ em 1959, e fez mestrado no Conselho Nacional de Economia e doutorado Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Ele foi indicado ao cargo de reitor da UFRJ em 2002 com a preferência de 85% da comunidade universitária e fundou o bloco de carnaval da universidade, o Minerva Assanhada. Escreveu livros e artigos sobre economia, cultura e história.

“A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a perda de Lessa e presta condolências à família e aos amigos. O Brasil perde um grande Brasileiro, com B maiúsculo”, diz a nota divulgada pela instituição.

Carreira

Carlos Lessa trabalhou também no Ministério das Relações Exteriores, Centro Econômico para América Latina (Cepal/ONU), Superintendência de Desenvolvimento Econômico (Sudene), Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planificação Econômica e Social (Ilpes/ONU), Banco Interamericano de Desenvolvimento (Intal/BID/Argentina), Centro Interamericano de Capacitação em Administração Pública (Cicap/Venezuela), Universidade do Chile, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fundação para o Desenvolvimento da Administração Pública (Fundap), Conselho Superior de Previdência Social (CSPS) e Universidade de Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A informação sobre a morte de Lessa foi compartilhada por seu filho, Rodrigo Ribeiro Lessa, através de redes sociais.

“Meu amado pai foi hoje às 5 horas da manhã descansar. A tristeza é enorme. Seu último ano de vida foi de muito sofrimento e provação. O legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil, coerência e honestidade intelectual, espírito público, um professor como poucos e uma alma generosa que sempre ajudou a todos que podia quando estava a seu alcance, um grande amigo. Que descanse em paz”.

Segundo Rodrigo, a despedida será feita em uma cerimônia virtual, em função da pandemia de covid-19.

*Matéria alterada às 14h09 para acréscimo de informações

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