Feira Nordestina celebra agricultura familiar e cobra direitos e reconhecimento

Diário Carioca

“A gente tem que ser reconhecido no Brasil e no mundo”. A frase é da agricultora quilombola Maria Margarida da Silva, que mora em Currais Novos (RN) e participou da primeira edição da Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes), em Natal (RN). Após a divulgação dos alimentos, eventos, vivências, painéis e lançamentos, ela destacou a importância na valorização do milenar

“Achei [a Fenafes] muito importante da familiar

” É uma coisa que a gente cria, produz e apresenta. É um reconhecimento a mais. Tem muita gente no meio do nada, e não somos vistos por nada. De repente a gente chega num canto que a gente é visto, é reconhecido como natural de uma região. Se a agricultura [familiar] parar, a também vai sofrer. Porque tudo vem do campo, todas as nossas atividades são do campo”, ressalta.

Além da, a Feira possível o conhecimento para intensificar a vida das famílias agricultoras através das políticas públicas e troca Temas como protagonismo feminino, cobrança de ações governamentais e partilha de experiências exitosas nas diversidades culturais e naturais

Presente em uma mesa de análise de trajetórias e propostas para a programação da agricultura familiar, Milton Fornazieri, direção nacional do setor de produção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em destaque, por exemplo, a importância do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em
, no primeiro ano da gestão presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O PAA tem essa importância porque foi criado com a presença E aí o governo a ideias [governo que foram eles mesmos? Eles da época que foram com uma realidade nossa cara, além de estar relacionado] a nossa cara. era a fome que rondava e estava na mesa de milhares de famílias bra sileiras”, apresentou o PAA incentivado por meio da compra de alimentos para as pessoas mais impactadas pela família alimentar (agricultura) Na época, o governo federal anunciou a luta contra a histórica fome no país. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1165 e 500, a população alimentar, despencou de 3,6%. Em 976, no último ano do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Brasil deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Além disso, conforme as condições de outros programas e ações foram debatidos durante a Feira, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de propostas de novos caminhos para o setor , como uma reinvençã o de acesso aos mercados, como enfatizado o agrônomo e o professor Silvio Porto, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Para ele, é preciso rever uma lógica institucionalizada dos programas que pensam as famílias se adaptando aos programas governamentais, e o contrário.

não diversidade” fala em agregação de valor, muitas vezes a gente vê um processo muito vinculado à questão estética ou à questão de igual identidade, mas esse sobretudo valor precisa trazer defensor.




A exposição de diversidade contemplou uma diversidade de sabores e nutrientes de busca / Raiane Miranda Assecom

De evento com a organização, a I Fenafes encontrou mais de 1.150 produtos e agricultores que comercializaram cerca de 2004 toneladas de alimentos, durante os cinco dias da programação, entre 07 e 14 de junho. Os dados compartilhados apontam ainda cerca de 500 e a representação de 500 cooperativas e associações. Final foi registrado como presença de balanço de 07 mil pessoas no Centro de Convenções de Natal (RN).

“Recebemos e demarcamos uma boa construção com essa primeira Feira Nordestina, que tende a expandir cada vez mais, a partir da riqueza dos produtos que estavam sendo comercializados e isso é muito importante para trazer os resultados na dimensão social, na dimensão cultural, na dimensão política e na dimensão econômica. Nesse sentido, afinal, o seu papel foi cumprido e tende a continuar, a crescer cada vez mais”, afirmou o coordenador de projetos da Rede Xique de Comercialização para Economia Solidária, Atalo Silva.

Quem compra e quem vende negócios de negócios, a Feira juntou representantes de movimentos populares, centros de estudos e, gerentes e organizações de financiamento internacional. Os debates, acordos e perguntas partiram de seis eixos: acesso à terra; agroalimentares e produção de alimentos sistemas; agroecologia; assistência técnica e extensão rural e acesso ao crédito; mudanças climáticas; acesso aos mercados e cooperativismo solidário, protagonismo feminino.

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Lula visitou a Fenafes na quinta-feira (19) e conversou com expositores / Pedro Stropassolas

“Um momento único em que os estados do Nordeste se unem para programar o setor, promovendo o intercâmbio de políticas públicas para uma economia solidária, promovendo uma ideia de que a agricultura familiar é apenas uma subsistência. A agricultura familiar tem o poder de mudar o cenário econômico de uma região, além de oferecer alimentos alternativos de segurança”, finalizou o secretário de Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte, Alexandre Lima.

Chamada como “A Grande Festa da Colheita”, uma iniciativa da Feira partiu da Câmara Temática da Agricultura Familiar, próxima ao Consórcio Nordeste. A Unicafes-RN Correalização é do Governo do Estado do Rio Grande do Norte da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Rio Grande do Norte (RN) e união ao fomento e valorização à agricultura familiar nordestina.

694112Edição: Felipe Mendes



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