A renda fixa está incendiando o mercado financeiro, isso é fato. Mas, como todo investimento, é preciso parcimônia na hora de definir onde e como investir. No entanto, um ativo da renda fixa em especial deve ganhar o protagonismo na carteira dos investidores.
Prestes a completar sua maioridade, 21 anos, tudo indica que os ventos estão mais favoráveis do que nunca aos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios. Disseminados por sua sigla “FIDC”, estes fundos são responsáveis por destinar seu patrimônio líquido para aplicá-lo em Direitos Creditórios e atuam como uma espécie de “união” entre investidores que possuem um objetivo em comum. Atualmente, é um dos recursos mais importantes de securitização do Mercado de Capitais Brasileiro.
Com o avanço dos juros, impactados pela Selic em 10,75% a.a (ao ano), o mercado dos FIDCs não deve interromper sua expansão. Ao contrário, os juros elevados estão impulsionando ainda mais a rentabilidade da renda fixa. E, com a previsão do Copom (Comitê de Política Monetária) de que a taxa Selic alcance a casa dos 12%, ainda durante 2022, ou seja, um grande viés de alta e para quem busca retornos mais robustos é bom ficar de olho nos FIDCs.
E não é à toa que os fundos, cada vez mais, atraem os olhares de investidores com interesse em incluir o ativo em seus portfólios. Mesmo em cenários de maior volatilidade, os fundos sempre se mantiveram eficientes. Em comparação a produtos mais populares de renda fixa (Tesouro Direto, CDB, LCI/LCA, Poupança…), os FIDCs estão entre as aplicações de maior rentabilidade e liquidez.
O sucesso por trás do FIDC
Outros fatores importantes que pesam são o fato do seu baixo risco atribuído (uma vez que os fundos são classificados por agências de rating, que indicam as cotas de maior e menor risco) e por trazer diversificação à carteira do investidor. Aliás, características que permitem investir com segurança, mesmo com incertezas econômicas pairando no país.
E se ainda restam dúvidas para os mais céticos quanto às previsões otimistas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vem trabalhando com afinco no estudo de reformulação das regras para os fundos de investimento. Até o momento, o ativo é acessível apenas a investidores Qualificados, com ao menos R$ 1 milhão investidos, e investidores profissionais, com investimentos de R$ 10 milhões ou mais. O foco é flexibilizar as normas, tornando os FIDCs acessíveis a todos os investidores, o que tende a incentivar ainda mais a demanda.
Por fim, para quem busca um fundo de investimento em ascensão, é importante optar por empresas que estejam atentas a este mercado e direcionando esforços contínuos em securitização. Certamente, os resultados serão promissores.
*Fabiano Souza é CFO do Grupo Dank!