O IPCA, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (11), registra inflação de 0,12% em julho. Em junho deste ano, o índice havia registrado deflação de 0,08%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,00% e, nos últimos 12 meses, de 4,00%, acima dos 3,15% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%. A alta observada em julho foi principalmente motivada pelo grupo de transportes, que teve variação de 1,50%. Neste grupo, o resultado foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina (4,75%). Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo. Cabe ainda destacar a alta do pedágio (2,44%), devido a um reajuste no estado de São Paulo. Além deste grupo, as despesas pessoais subiram 0,38%. Por parte das quedas, estão habitação (-1,01%), alimentação e bebidas (-0,46%) e vestuário (-0,24%). No grupo de habitação, a maior queda veio da energia elétrica residencial, em 3,90%. Porém, reajustes de alta no setor ocorreram nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Curitiba. O item de alimentação no domicílio obteve a segunda queda consecutiva, com destaque para os menores preços do feijão-carioca (-9,24%), do óleo de soja (-4,77%), do frango em pedaços (-2,64%), das carnes (-2,14%) e do leite longa vida (-1,86%). A alimentação fora do domicílio também desacelerou, de 0,46% em junho para 0,21% em julho. A maior alta de inflação foi registrada nas capitais Belém e Porto Alegre. Por outro lado, as maiores quedas de preço foram observadas em Belo Horizonte e São Paulo, respectivamente. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.