A Petrobras avançou em acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) para instalação dos dois maiores acervos geológicos de rochas do país (as chamadas “litotecas”) – um no Rio de Janeiro e outro em Caeté (MG). As discussões acontecem no contexto do protocolo de intenções que prevê também a instalação do Centro de Referência em Geociências, com laboratórios de alta performance, e a revitalização do Museu de Ciências da Terra.
O acervo das amostras é de propriedade da União e, atualmente, está sob a guarda da Petrobras. O projeto é fruto de um protocolo de intenções firmado, em 2018, pela Petrobras, SGB-CPRM e ANP, visando a cooperação e o apoio técnico operacional para ampliação do conhecimento geológico aplicado às áreas de petróleo e gás. Em 2020, a Petrobras e a SGB-CPRM assinaram termo de cooperação para elaboração dos projetos e construção das litotecas. Em paralelo, as instituições iniciaram o projeto executivo para instalação do Centro de Referência em Geociências, além da reforma e ampliação do Museu de Ciências da Terra.
Os projetos executivos foram concluídos em julho deste ano, o que permitirá o avanço para a próxima fase do protocolo de intenções.
Quando construídas, as litotecas deverão abrigar centenas de milhares de amostras de rochas coletadas ao longo de mais de 70 anos de história da exploração e produção de petróleo no Brasil, cobrindo um período que vai desde as primeiras descobertas em terra, até os recentes achados extraídos do pré-sal. O objetivo é contribuir para a disseminação do conhecimento geocientífico para a academia e instituições de pesquisa, além de preservar a memória geológica do país.
Adicionalmente, a Petrobras vai liderar, no âmbito de sua participação no Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás – IBP, o interesse da indústria em investir conjuntamente no Centro de Referência em Geociências, bem como na reforma e ampliação do Museu de Ciências da Terra, com foco no conhecimento geológico nacional voltado para o setor.
As rochas do pré-sal, por exemplo, coletadas a mais de 7 mil metros de profundidade, trazem, em si, um volume expressivo de dados, essenciais para compreender a origem da formação das jazidas, além de servir de legado para descobertas futuras. A cerimônia que marcou o avanço do projeto aconteceu nesta sexta-feira (28/10), na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, e contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, além dos representantes da Petrobras, ANP, SGB-CPRM e IBP