O Rio de Janeiro fechou o mês de fevereiro tendo registrado a criação de 17.672 novos postos formais de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira, 27 de março, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado positivo mostra o reaquecimento do mercado que, no estado, teve um janeiro atípico.
O destaque fluminense foi registrado no setor de Serviços, com a geração de 13.911 novos postos. As áreas de “educação” (+6.363) e “saúde humana e serviços sociais” (+2.133) foram as que mais contribuíram para o cenário. Em seguida aparece o setor da Construção, com saldo de 3.237 vagas. A Indústria vem em terceiro lugar, com 2.687 postos.
Mas dois setores da atividade econômica apresentaram queda no mês: Agropecuária (-118) e Comércio (-2.045). Só a área do “comércio varejista” registrou uma retração de 1.781 vagas, em especial o “comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios” (-992).
Na divisão por municípios, a cidade do Rio de Janeiro reuniu o maior saldo do período, com 8.669 novas vagas com carteira assinada, o que manteve o estoque na maior cidade fluminense em mais de 2 milhões de empregos formais ativos. Na sequência dos cinco municípios com maior saldo em fevereiro aparecem Nova Iguaçu (+1.198), Seropédica (+984), Niterói (+827) e Macaé (+782).
No estado, os novos postos de trabalho foram ocupados, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (+9.089). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (+10.421) com as vagas no Rio. Jovens entre 18 e 24 anos também são o grupo com maior saldo de vagas: +8.170.
NACIONAL — O Brasil registrou em fevereiro de 2024 uma forte ampliação do mercado formal de trabalho em comparação com janeiro. No segundo mês do ano foram gerados 306.111 postos com carteira assinada. Com os números registrados em janeiro e fevereiro, o Brasil acumula quase meio milhão de novas vagas formais de trabalho e chega a um saldo de 474.614 empregos gerados.
O resultado de fevereiro é fruto da diferença entre o total de 2,24 milhões de pessoas admitidas e 1,94 milhão de desligamentos em todo o país. Em relação ao estoque total de pessoas empregadas do país, o Brasil registra quase 46 milhões de postos formais, um crescimento de 1,04% em relação a fevereiro do ano passado.
No mês, todos os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram números positivos. Destaque para o setor de Serviços, que respondeu pela criação de 193 mil vagas. Em seguida aparecem a Indústria (+54,4 mil), a Construção (+35 mil), o Comércio (+19,7 mil) e a Agropecuária (+3,7 mil).
ACUMULADO NO ANO – Quando somados os meses de janeiro e fevereiro, quatro dos cinco grandes grupos setores da economia registraram saldos positivos. O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com 268,9 mil novos postos (56,7%), com destaque para atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (121,2 mil) e para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (93,5 mil).
A Indústria apresentou saldo de 120 mil postos de trabalho, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (+12,7 mil) e para a fabricação de veículos automotores (+9,9 mil); a Construção gerou 81,7 mil novos postos e a Agropecuária fechou o período com saldo de 25,7 mil. Apesar da recuperação em fevereiro, o setor do Comércio ainda registra queda no período (-21,8 mil).
ESTADOS – São Paulo liderou o ranking das 24 unidades da Federação cujos saldos de empregos formais gerados foi positivo em fevereiro. O estado registrou 101.163 novos postos com carteira assinada, com destaque para o setor de Serviços, que abriu 67.750 vagas. Minas Gerais, com 35,9 mil, e Paraná, com 33 mil, completam o trio dos estados com maior saldo no mês. Fevereiro foi um mês com queda para os estados da Paraíba (-9), Maranhão (-1,2 mil) e Alagoas (-2,8 mil).
Nas unidades da Federação, o maior saldo foi registrado em São Paulo, que somou quase 137,5 mil novos postos nos dois primeiros meses do ano. Santa Catarina, com saldo de 52,1 mil, e Paraná (+52 mil) completam a lista dos três estados que mais abriram vagas no bimestre.
SALÁRIOS – O salário médio real de admissão em fevereiro foi de R$ 2.082,79, com uma diminuição de (- 2,4%) em comparação com o valor de janeiro (R$ 2.133,21). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 28,29 (+1,4%).
DADOS POPULACIONAIS – No recorte por características populacionais, 159,1 mil postos gerados em fevereiro foram ocupados por pessoas do sexo feminino, enquanto 146,9 mil foram preenchidos por trabalhadores do sexo masculino.
A maior geração ocorreu para jovens entre 18 e 24 anos (+137,4 mil postos), sendo o saldo no mês positivo para pardos, com 230 mil novas vagas; brancos (+172,8 mil); pretos (+44,2 mil); amarelos (+5,4 mil) e indígenas (+2,9 mil)