Devido ao decreto de estado de emergência zoossanitária no Brasil pelos próximos 180 dias, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) tem intensificado a vigilância sobre a disseminação da influenza aviária (H5N1) no estado do Rio Grande do Sul.
A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Rosane Collares, explica que as atividades de vigilância ostensivas servem principalmente para que se tenha uma segurança de como está a situação sanitária das aves.
“Nessas atividades são feitas visitas às propriedades rurais, onde se faz a parte da educação sanitária com o produtor rural, principalmente sobre o tópico de observação de qualquer sinal que seja diferente da normalidade do comportamento das aves para notificação imediata para o serviço veterinário oficial”, completa.
Até o momento, no país, foram diagnosticados três casos de contaminação pelo vírus H5N1 em aves silvestres migratórias no Rio de Janeiro e mais 3 casos no Espírito Santo. Todas as aves infectadas são da mesma espécie, a Thalasseus acuflavidus, ou trinta-réis-de-bando como é conhecida popularmente.
O veterinário Lucas Edel comenta que ainda não houve registro da doença em aves de criação no Brasil, apenas em aves migratórias. “Mas todos os cuidados estão sendo ainda realizados para que faça o monitoramento, se está tendo circulação nas aves domésticas aqui do nosso território”, afirma.
De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, o Serviço Veterinário Oficial do estado realizou 2.295 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023. Estima-se que 1,82 milhão de aves foram observadas. Também foram realizadas 1.680 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 949 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, houve cinco suspeitas fundamentadas, mas todas foram descartadas.
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