Essa elevação, de acordo com a instituição, poderá ocorrer caso o presidente Lula insista na ideia de mudar a meta de inflação de 4,5% em 2024. O presidente, no entanto, tem criticado as políticas adotadas pelo Banco Central no estabelecimento da meta atual da inflação. Na avaliação do petista, a meta deste ano é exagerada e obriga um aumento expressivo na taxa de juros.
O regime de metas da inflação, criado em 1999 durante o governo de FHC e, de 2018 para cá, o objetivo central da meta é a redução de 0,25 ponto a cada exercício fiscal, saindo de 4,5% em 2018 até chegar em 3% até 2024.
Entendemos que a meta da inflação é fundamental para um controle fiscal de um país, precisamos de um aceno do governo para acalmar o mercado e termos uma melhor perspectiva de médio e longo prazo.
Em seu relatório, o banco Itaú, uma das maiores instituições bancárias do Brasil, destacou que elevar a meta de inflação do patamar atual de 3% poderia ser percebido como falta de compromisso da política econômica de baixa inflação, o que poderia resultar, segundo a instituição, em uma inflação mais alta um pouco mais à frente.
“Se a meta de inflação em 2024 for revista para 4,5%, esperamos juros elevados por mais tempo, com risco de subir para próximo de 15%, para ancorar expectativas e trazer inflação para a nova meta”, diz o Itaú.
Luciano Bravo explica que, tanto a real elevação dos juros, quanto essa incerteza de política econômica vivenciada no Brasil, causam um certo ‘desconforto’ no mercado financeiro, o que causa diversos prejuízos a quem precisa de aportes financeiros de bancos.
“Toda essa incerteza, a falta de consenso entre o Executivo e o Banco Central, tudo isso gera ruídos no mercado. Por isso, a tendência, como já podemos ver os reflexos, é que os bancos ‘apertem’ ainda mais a concessão de crédito, principalmente para empresas. Isso tudo por conta dessa expectativa, segundo o BC, do aumento da Selic, que pode impactar diretamente na saúde financeira de pessoas e empresas, podendo gerar calotes nos bancos que forneceram crédito.”, explica o especialista.
Para Bravo, o momento é oportuno para que as empresas brasileiras recorram ao capital internacional para obtenção de crédito, já que esses investimentos estrangeiros a serem injetados no país, sofrem pouca ou quase nenhuma influência das políticas econômicas brasileiras.
Segundo Luciano Bravo, os investidores internacionais possuem muitos recursos financeiros para serem injetados em empresas brasileiras, mas, por falta de conhecimento, os empresários ficam reféns dos bancos nacionais onde possuem conta.
Continuamos confiantes nas decisões dos nossos dirigentes e governantes. Porém é fundamental o empresário brasileiro, começar a se preparar para internacionalizar a sua empresa e ter acesso a inúmeras linhas de créditos internacionais. Buscando novas possibilidades de crédito em mercados como EUA e Europa.