Após 30 dias de coleta de opinião dos moradores e frequentadores de Vaz Lobo e bairros adjacentes, pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) concluíram, nesta quarta-feira (09/03), a coleta de dados sobre o interesse da população em relação a quais cursos de extensão, graduação e atividades acadêmicas deverão estar no campus da Universidade que será construído em Vaz Lobo, zona norte da cidade.
Foram ouvidos cerca de 10.660 entrevistados, de todas as faixas etárias, em 18 bairros de interesse, entre eles: Oswaldo Cruz, Marechal Hermes, Irajá, Madureira e Campinho. As informações servirão para a estruturação da grade curricular e demais serviços prestados à população.
“Ouvir a opinião da população é fundamental para que possamos construir uma unidade que atenda, de fato, aos interesses dos moradores. Nosso propósito é promover o senso de pertencimento e desenvolver um espaço acadêmico participativo”, declarou o reitor Ricardo Lodi.
Projeto propõe arquitetura contemporânea para as instalações da unidade
A unidade será instalada na antiga sede da Faculdade Nuno Lisboa. A proposta de reforma do edifício já está pronta e foi pensada de forma a oferecer traços contemporâneos ao bairro, que sofre com seu vazio urbano desde o fim da universidade.
“A valorização dos espaços urbanos é uma das formas que a arquitetura pode contribuir para a transformação das cidades e, neste contexto, a instalação do campus da universidade vai favorecer a revitalização da área, criando para o bairro uma nova referência visual “, destacou Anna Maia, arquiteta responsável pelo projeto.
O campus foi viabilizado graças a articulação do deputado estadual Dionísio Lins junto ao governador Cláudio Castro, com o objetivo de desapropriar o prédio, localizado na Avenida Ministro Edgard Romero, e garantir uma finalidade educacional ao espaço.
“Como deputado atuante no bairro, posso afirmar que o projeto é de primeira categoria e visa proporcionar educação de excelência, oportunidades de emprego e renda, bem como contribuir para a transformação urbanística da região. A população e o bairro vão ganhar, e muito”, finalizou Dionísio.