Challenger Series: João Chianca e Lucca Mesinas avançam para as quartas de final na Califórnia

Diário Carioca
João Chianca: único brasileiro que segue na disputa do título em Huntington Beach,na etapa válida pelo WSL Challenger Series (Crédito: @WSL / Kenny Morris)

O brasileiro João Chianca e o peruano Lucca Mesinas foram os únicos sul-americanos que passaram para as quartas de final do Vans US Open of Surfing na Califórnia, Estados Unidos. Eles só voltam a competir na sexta-feira e Lucca vai enfrentar o norte-americano Eithan Osborne na segunda bateria, enquanto Chumbinho disputará a última vaga para as semifinais com o australiano Ryan Callinan. Nesta quinta-feira, acontecem as oitavas de final femininas, a partir das 11h30 (horário no Brasil), logo na sequência começa o Vans Duct Tape Invitational, abrindo a segunda etapa do World Surf League (WSL) Longboard Tour, ao vivo de Huntington Beach pelo site da WSL
 

As ondas baixaram um pouco na quarta-feira, mas o mar continuou desafiador, com forte correnteza e boas ondas de 3-4 pés para definir as quartas de final da etapa norte-americana do WSL Challenger Series. O primeiro sul-americano a competir nas oitavas de final foi Lucca Mesinas. O peruano começou bem, numa esquerda que abriu o paredão para combinar duas manobras potentes de backside. Os juízes deram nota 8,0 e na onda seguinte conseguiu 5,97, que garantiu a vitória sobre o norte-americano Cole Houshmand, por 13,97 a 11,16 pontos.
 

“O importante era classificar, então estou feliz pela vitória e quero manter o foco para continuar avançando”, disse Lucca Mesinas. “As condições do mar continuam difíceis, mas se achar uma onda que abra um pouco, para soltar uma manobra grande, você consegue uma nota boa. Foi isso o que aconteceu. Mas, às vezes, você consegue uma nota alta também com apenas uma manobra. Então, é preciso ficar atento, para entender as notas dos juízes.”
 

O peruano chegou na Califórnia em 44º no ranking e já subiu para o 19º lugar, com a passagem para as quartas de final. Seu próximo adversário é Eithan Osborne, que eliminou o brasileiro Willian Cardoso com a maior nota do ano no WSL Challenger Series 2022. O norte-americano acertou um aéreo incrível de backside, voando muito alto, fazendo a rotação completa e aterrissando com perfeição, para ganhar 9,67 dos juízes. O recorde era 9,57 do havaiano Ezekiel Lau, recebido na primeira etapa na Gold Coast, Austrália.
 

Assim como Willian Cardoso, o também catarinense Alejo Muniz terminou em nono lugar no Vans US Open of Surfing, marcando 3.320 pontos. Alejo já tinha assumido a quarta posição no ranking com a classificação para as oitavas de final, eliminando um concorrente direto por vaga no G-10, o americano Nolan Rapoza. Depois desse confronto que abriu a quarta-feira, Alejo não conseguiu achar boas ondas contra o jovem Joel Vaughan. O australiano pegou as melhores para vencer, por 14,43 a 8,20 pontos, a sexta vaga para as quartas de final.
 

Dobradinha brasileira – No duelo seguinte, João Chianca salvou a pátria brasileira, ao derrotar Ramzi Boukhiam por uma pequena vantagem de 12,20 a 11,93 pontos. No terceiro confronto do dia, Chumbinho venceu uma dobradinha brasileira com Edgard Groggia, na onda que surfou no minuto final da bateria. Agora, o marroquino foi quem quase conseguiu a virada na última onda, mas felizmente para o brasileiro, a nota saiu 5,43 e ele precisava de 5,70.
 

“Eu saí da água e vim correndo pro palanque, para ver as notas. Eu passei o ano inteiro competindo em baterias bem acirradas no CT, que acabava perdendo por pouco no final”, disse João Chianca. “Foi uma bateria bem especial, sou bem amigo do Ramzi (Boukhiam) e fico feliz por conseguir surfar o meu melhor. Eu não comecei bem a bateria e tive que remar muito contra a correnteza no píer, sempre correndo atrás sem parar. Já passei por muitos altos e baixos esse ano, foi muito aprendizado, às vezes bem doloroso, mas sinto que esse segundo semestre vai ser importante e estou focado em fazer o meu melhor”.
 

O marroquino Ramzi Boukhiam já havia entrado na zona de classificação para o CT 2023, quando conseguiu a última vaga para as oitavas de final na quarta bateria do dia. Já Chumbinho, segue correndo atrás e, ainda, precisa chegar na final do Vans US Open para entrar no G-10, mas já subiu da 62ª para a 25ª posição no ranking. O australiano Ryan Callinan, que ele vai enfrentar nas quartas de final, já está garantido na elite de 2023 e impediu que outro brasileiro continuasse lutando por vaga no G-10, Edgard Groggia. 
 

Vagas no G-10 – Essa batalha aconteceu em várias baterias durante a quarta-feira. O primeiro a entrar no grupo dos dez indicados pelo ranking do WSL Challenger Series, foi o marroquino Ramzi Boukhiam, no último confronto da terceira fase. Ele tirou o francês Maxime Huscenot da lista. Na disputa seguinte, que abriu as oitavas de final, o australiano Liam O´Brien derrotou o havaiano Imaikalani Devault e tirou outro francês do G-10, Gatien Delahaye.
 

Só que no duelo seguinte, o havaiano Ezekiel Lau deu o troco eliminando o australiano Chris Zaffis e pegando a vaga de Liam O´Brien. Os dois agora terão um confronto direto na abertura das quartas de final. Se Liam O´Brien vencer, tira um compatriota da lista, Sheldon Simkus. O próximo ameaçado é Mateus Herdy, que retornou para a penúltima posição no G-10 e pode ser ultrapassado por todos os classificados para as quartas de final que estão abaixo dele.

Oitavas Femininas – Depois das oitavas de final masculinas, foi iniciada as da categoria feminina, com as quatro primeiras baterias fechando a quarta-feira em Huntington Beach. Amuro Tsuzuki ganhou o duelo japonês com Minami Nonaka e vai disputar a primeira quarta de final do Vans US Open of Surfing com Macy Callaghan, que venceu o confronto australiano com Philippa Anderson. 
 

Na sequência, a vice-líder do ranking, Molly Picklum, derrotou a convidada Bella Kenworthy e a top do CT, Caroline Marks, confirmou o favoritismo contra Leilani McGonagle. A australiana e a californiana formaram o segundo duelo das quartas de final. A segunda metade das oitavas de final ficou para abrir esta quinta-feira, com as baterias começando às 11h30 (horário no Brasil). Depois, começa o Longboard no Vans Duct Tape Invitational, com seis participantes da América do Sul, três na categoria masculina e três na feminina. 
 

PRÓXIMAS BATERIAS DO VANS US OPEN OF SURFING:

OITAVAS DE FINAL FEMININAS – 9.o lugar (US$ 2.750 e 3.320 pts):
——–realizada até a 4.a bateria na quarta-feira
5.a: Bronte Macaulay (AUS) x Sage Erickson (EUA)
6.a: Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Sawyer Lindblad (EUA)
7.a: Sophie McCulloch (AUS) x Vahine Fierro (FRA)
8.a: Caitlin Simmers (EUA) x Nadia Erostarbe (ESP)

 

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 3.500 e 4.745 pontos:
1.a: Ezekiel Lau (HAV) x Liam O´Brien (AUS)
2.a: Lucca Mesinas (PER) x Eithan Osborne (EUA)
3.a: Evan Geiselman (EUA) x Joel Vaughan (AUS)
4.a: Ryan Callinan (AUS) x João Chianca (BRA)

RESULTADOS DA QUARTA-FEIRA (4/8) EM HUNTINGTON BEACH:

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 2.750 e 3.320 pontos:
——–baterias que fecharam a quarta-feira
1.a: Amuro Tsuzuki (JPN) 11,47 x 9,17 Minami Nonaka (JPN)
2.a: Macy Callaghan (AUS) 10,54 x 9,50 Philippa Anderson (AUS)
3.a: Molly Picklum (AUS) 15,00 x 12,77 Bella Kenworthy (EUA)
4.a: Caroline Marks (EUA) 14,40 x 12,00 Leilani McGonagle (CRI)

OITAVAS DE FINAL – 9.o lugar com US$ 2.750 e 3.320 pontos:
1.a: Liam O´Brien (AUS) 13,26 x 13,20 Imaikalani Devault (HAV)
2.a: Ezekiel Lau (HAV) 11,00 x 10,67 Chris Zaffis (AUS)
3.a: Lucca Mesinas (PER) 13,97 x 11,16 Cole Houshmand (EUA)
4.a: Eithan Osborne (EUA) 15,00 x 9,20 Willian Cardoso (BRA)
5.a: Evan Geiselman (EUA) 12,84 x 7,40 Ian Gentil (HAV)
6.a: Joel Vaughan (AUS) 14,43 x 8,20 Alejo Muniz (BRA)
7.a: João Chianca (BRA) 12,20 x 11,93 Ramzi Boukhiam (MAR)
8.a: Ryan Callinan (AUS) 14,66 x 12,87 Edgard Groggia (BRA)

TERCEIRA FASE – 1.o e 2.o=Oitavas de Final / 3.o=17.o lugar (US$ 2.000 e 1.900 pts):
——–baterias que abriram a quarta-feira
5.a: 1-Ian Gentil (HAV)=12.23, 2-Alejo Muniz (BRA)=11.83, 3-Nolan Rapoza (EUA)=4.73
6.a: 1-Joel Vaughan (AUS)=12.84, 2-Evan Geiselman (EUA)=10.47, 3-Jadson André (BRA)=9.06
7.a: 1-João Chianca (BRA)=12.37, 2-Edgard Groggia (BRA)=11.50, 3-Taichi Wakita (JPN)=9.34
8.a: 1-Ryan Callinan (AUS)=14.27, 2-Ramzi Boukhiam (MAR)=13.87, 3-Jacob Willcox (AUS)=7.57
——–baterias que fecharam a terça-feira
1.a: 1-Imaikalani Devault (HAV)=15.74, 2-Ezekiel Lau (HAV)=11.90, 3-Mateus Herdy (BRA)=11.67
2.a: 1-Chris Zaffis (AUS)=11.84, 2-Liam O´Brien (AUS)=10.00, 3-Jessé Mendes (ITA)=6.90
3.a: 1-Lucca Mesinas (PER)=11.60, 2-Eithan Osborne (EUA)=10.50, 3-Tristan Guilbaud (FRA)=10.33
4.a: 1-Willian Cardoso (BRA)=12.90, 2-Cole Houshmand (EUA)=11.20, 3-Shane Sykes (AFR)=9.40

VANS DUCT TAPE INVITATIONAL – WSL LONGBOARD TOUR 

PRIMEIRA FASE MASCULINA – 1.o e 2.o completam a Segunda Fase:
João Dantas (PRT), Keoki Saguibo (HAV), Josh Tudor (EUA), Jules Lepecheux (FRA)

SEGUNDA FASE – 1.o e 2.o=Oitavas de Final / 3.o=Terceira Fase:
1.a: Kai Sallas (HAV), Lucas Garrido Lecca (PER), Kaimana Takayama (EUA)
2.a: Ben Skinner (ING), Jefson Silva (BRA), 1.o da primeira fase
3.a: Harrison Roach (AUS), Declan Wyton (AUS), 2.o da primeira fase
4.a: Kaniela Stewart (HAV), Cole Robbins (EUA), Phil Rajzman (BRA)
5.a: Tony Silvagni (EUA), Justin Quintal (EUA), Steven Sawyer (AFR)
6.a: Taylor Jensen (EUA), Kevin Skvarna (EUA), Taka Inoue (JPN)

PRIMEIRA FASE FEMININA – 1.a e 2.a completam a Segunda Fase:
Hiroka Yoshikawa (JPN), Victoria Vergara (FRA), Karina Rozunko (EUA), Jasmim Avelino (BRA)

SEGUNDA FASE – 1.a e 2.a=Oitavas de Final / 3.a=Terceira Fase:
1.a: Alice Lemoigne (FRA), Sophia Culhane (HAV), Maria Fernanda Reyes (PER)
2.a: Chloe Calmon (BRA), Lindsay Steinriede (EUA), 1.a da primeira fase
3.a: Honolua Blomfield (HAV), Sally Cohen (HAV), 2.a da primeira fase
4.a: Soleil Errico (EUA), Tully White (AUS), Kaitlin Mikkelsen (EUA)
5.a: Natsumi Taoka (JPN), Zoe Grospiron (FRA), Mason Schremmer (EUA)
6.a: Avalon Gall (EUA), Kelis Kaleopaa (HAV), Rachael Tilly (EUA)
 

Sobre a World Surf League: Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave. Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o site da WSL  A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System. A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, afim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo. 
Para mais informações, visite o site da WSL

Share This Article
Follow:
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca