Foi notícia que Felipe Drugovich, campeão da Fórmula 2 e piloto de reserva das equipes Aston Martin e McLaren, poderia fazer sua estreia na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Bahrain, primeira prova da época. Isso não se verificou, pois o acidentado piloto titular Lance Stroll acabou se recuperando a tempo de participar.
Ainda assim, o Brasil ficou desperto para a posição de Drugovich e o fato de ele ser, no momento, a melhor aposta nacional para voltarmos a ter um piloto titular no grid.
Drugovich está perto do melhor professor: Fernando Alonso
Enquanto piloto de reserva da Aston Martin, Drugovich tem a possibilidade de conviver e observar de perto o grande veterano, verdadeiro leão da categoria, mais que o heptacampeão Hamilton: o “apenas” bicampeão espanhol Fernando Alonso.
Alonso cansou de não ter um carro suficientemente competitivo na Ferrari para lutar pelo título ao fim de cinco épocas e deixou a “Scuderia” em 2014. Desde então, sem lugar em equipes de ponta, ele vem “jogando no cassino” esperando que uma equipe do meio do grid se torne suficientemente competitiva para levá-lo até à ponta.
Essas “jogadas de cassino” têm lugar na Fórmula 1. A sorte que Jenson Button e Rubens Barrichello tiveram com a competitividade do carro da Brawn-Mercedes em 2009 foi semelhante a conseguir um jackpot em um caça-níquel do Novibet cassino, quando nada o fazia prever.
Alonso já esteve na McLaren, “descansou” dois anos no Dakar e em provas de resistências (vencendo Le Mans e Daytona) e voltou para apostar na Alpine e agora na Aston Martin. Parece que suas jogadas finalmente lhe trouxeram sorte, pelo menos a suficiente para conseguir pódios. Max Verstappen já afirmou que Alonso deverá vencer corridas esse ano, pois a Red Bull certamente não levará todos os Grandes Prêmios.
Uma carreira incrivelmente longa
Alonso começou na Fórmula 1 há 22 anos, já tem o recorde de Grandes Prêmios, e não dá sinais nem de estar mais lento nem de estar a ponto de cometer erros bobos, como acontece com os (raros!) pilotos de F1 acima de 40 anos; os exemplos de Kimi Raikkonen e Michael Schumacher são os mais recentes.
Drugovich está no sítio certo para aprender com Alonso os truques do ofício, estudar a forma como ele se prepara fisicamente e psicologicamente, analisar os relatórios da telemetria sobre sua condução, a forma como gerencia os pneus, e como mantém sua motivação aos 41 anos.
Afinal, quando Alonso se estreou na Fórmula 1, em março de 2001, Drugovich tinha apenas 10 meses de idade.
Para onde irá Felipe Drugovich em 2024?
Certamente o paranaense não conseguirá uma vaga como titular na Aston Martin! Alonso ficará certamente para mais uma temporada, enquanto Lance Stroll tem sempre seu lugar assegurado, na qualidade de filho do patrão e dono da equipe, o multibilionário Lawrence Stroll.
O mercado de pilotos só começará se agitando mais próximo do inverno (verão no hemisfério norte), quando os diretores tiverem mais dados sobre a performance atual dos pilotos e quando os próprios pilotos quiserem avaliar seu futuro. Ficaremos atentos para descobrir, especialmente durante a paragem de férias em agosto, se “Drugo” pegará uma vaga no grid no próximo ano.