O país fica localizado na Oceania. Mas a seleção se classificou para a Copa de 2018 através das Eliminatórias Asiáticas. Essa é a história da Austrália, que vem para o seu quarto mundial consecutivo. Terão pela frente França, Dinamarca e Peru no grupo C da competição.
A Austrália vem para a sua quinta participação em Copas. Em 1974, na Alemanha, os “Socceroos”, que possuíam pouca experiência internacional, foram eliminados na primeira fase. Voltaram a disputar um mundial 32 anos depois. Em 2006, também na Alemanha, caíram no mesmo grupo que o Brasil. Junto a eles, estavam Croácia e Japão. E não é que os australianos surpreenderam? Após perderem para o Brasil, empatarem com a Croácia e vencerem o Japão, a seleção australiana conseguiu a classificação para as oitavas de final.A adversária foi a Itália, que viria a ser campeã daquela Copa. Mas a partida foi duríssima, com o placar inalterado até os 50 minutos do 2° tempo, quando um pênalti foi marcado de forma polêmica para os italianos. Totti converteu a cobrança e pôs fim no sonho australiano.
A partir de 2007, já filiada a Confederação Asiática de Futebol, a Austrália se classificou para a Copa de 2010, na África do Sul. Apesar de não fazer feio, com uma vitória, um empate e uma derrota, os australianos foram eliminados na primeira fase do torneio. Em 2014, no Brasil, os australianos caíram em um grupo bastante complicado, com Holanda, Espanha e Chile, e amargaram três derrotas em três jogos.
E não foi nada fácil para os australianos chegarem à Copa de 2018. Ficando na terceira posição do grupo B das Eliminatórias Asiáticas, com cinco vitórias, quatro empates e uma derrota em dez jogos, o país dos cangurus se classificou para o playoff.
Após o empate por 0 a 0, em Honduras, a Austrália venceu por 3 a 1, em casa, e garantiu sua classificação para a Copa do Mundo da Rússia.
O maior artilheiro da história da seleção australiana é o atacante Tim Cahill. Com 50 gols em 104 partidas, Cahill chega à Rússia com o objetivo de levar a Austrália o mais longe possível na competição. O veterano, de 38 anos, joga pelo Millwall, da segunda divisão inglesa, e costuma deixar sua marca. Não pode dar bobeira para ele.
Com a grande possibilidade de classificação da França, a Austrália mede forças com Peru e Dinamarca pela segunda vaga do grupo C. Os australianos querem fazer história e superar sua melhor campanha em Copas. O desafio é difícil, mas não impossível.
Reportagem, Paulo Henrique Gomes