Palmeiras vence o Boca e garante classificação antecipada

Diário Carioca

Na noite desta quarta-feira (25), o Palmeiras visitou o Boca Juniors no estádio La Bombonera, na Argentina, pela 4ª rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores. Com a vitória pelo placar de 2 a 0, com gols de Keno e Lucas Luma, o Alviverde garantiu por antecipação o primeiro lugar no grupo 8 e, de quebra, a classificação às oitavas de final do Continental – o time de Roger Machado ainda irá enfrentar, apenas para cumprir tabela nesta primeira fase, o Alianza Lima-PER, em Lima, no dia 03 de maio, e o Junior Barranquilla-COL, no Allianz Parque, em 16 de maio.

O triunfo rendeu ao Verdão outra marca positiva: o time se isolou como o brasileiro com mais vitórias fora de casa na Libertadores. Agora são 30, uma a mais do que o Cruzeiro, com quem antes o Alviverde dividia a primeira posição – a equipe mineira contabiliza 29 vitórias no certame. De quebra, o Verdão ampliou outro recorde que já era seu: o time brasileiro com mais bolas na rede como visitante na principal competição das Américas, agora com 117 tentos anotados.

Além disso, o Palmeiras também é a agremiação nacional com mais gols na competição continental, considerando todos os duelos já disputados, independentemente de mando de campo: no total, são 295 bolas na rede, sendo 175 delas como mandante e 120 como visitante.

Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Vale lembrar que o Verdão possui muita tradição quando o assunto é Libertadores, sendo o clube brasileiro que acumula mais edições disputadas: são 18 ao todo, assim como Grêmio e São Paulo. Além disso, o Alviverde foi o primeiro brasileiro a ter sido finalista da Libertadores, em 1961, quando enfrentou o Peñarol-URU e ficou com o vice-campeonato.

Campeão da Libertadores em 1999, o Alviverde, ao longo de sua trajetória na competição, já contou com quatro artilheiros no mais importante torneio das Américas: Tupãzinho (1968, com 11 gols), Lopes (em 2001, com nove gols), Marcinho e Washington (ambos em 2006, com cinco gols cada um).

O jogo desta noite trouxe como consequência uma vantagem mais larga do Palmeiras em jogos disputados ante o Boca no país vizinho. Agora o Verdão possui três vitórias, contra apenas uma do time xeneize em nove duelos – os outros cinco prélios terminaram empatados (o Alviverde marcou 13 gols e sofreu nove).

Além dos jogos na Argentina, o Maior Campeão do Brasil também possui saldo positivo diante do Boca Juniors no retrospecto geral de confrontos. Considerando todos os prélios, independentemente do país ou da competição, sem exceção, foram 23 embates, com oito triunfos palestrinos, três derrotas e outros 12 empates.

Antes do jogo desta quarta (25), o retrospecto entre dos dois times considerando apenas as partidas válidas pela Libertadores apontava equilíbrio: uma vitória para cada lado e cinco empates. Com o resultado positivo, o Verdão agora leva a melhor nos números também em duelos pelo Continental.

Além dos das estatísticas curiosas mais diversas deste tradicional confronto entre Palmeiras e Boca, um fato histórico também chama a atenção. Argentina se tornou o maior palco estrangeiro de jogos do Palmeiras, agora com 37 jogos – antes deste encontro, o Peru também estava na lista das nações que mais receberam jogos do Verdão, com 36 partidas, ao lado da Argentina, que se isolou.

Já classificado, o Verdão volta a campo pela Libertadores em 03 de maio (quinta-feira), às 21h30 (de Brasília), no estádio Alejandro Villanueva, em Lima, no Peru. Antes disso, o Alviverde tem compromisso marcado pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, contra a Chapecoense, no próximo domingo (29), às 16h de Brasília.

O jogo

Sem novidades na escalação titular em relação ao duelo anterior, o Alviverde entrou em campo extremamente ligado, criando chance de gol logo nos primeiros movimentos, com Keno, aos dois minutos, que pressionou a saída de bola do goleiro Rossi e quase abriu o placar logo de cara.

O Boca, por sua vez, também assustou o Alviverde em algumas oportunidades na reta inicial da partida. O time xenezie chegou até a dominar a posse de bola durante boa parte do primeiro tempo, mas o Alviverde, taticamente disciplinado, não deu espaço para a equipe mandante.

O primeiro gol palmeirense só foi sair aos 39 minutos de jogo, após a partida ter esfriado um pouco, com Keno, de cabeça, surpreendendo seus marcadores após receber cruzamento preciso do lateral Marcos Rocha. (Boca Juniors 0 x 1 Palmeiras)

O Boca Juniors, que ao longo da etapa inicial já havia assustado a defesa palmeirense com uma boal na trave em cobrança de falta, respondeu logo após ter sofrido o gol, mas as movimentações do rival não foram suficientes para mudar o placar da partida antes que o primeiro tempo se encerrasse.

Para o segundo tempo, o Verdão voltou sem alterações. Roger Machado preferiu mexer as peças conforme as jogadas do segundo tempo se desenhavam. O Boca começou pressionando, mas o Palmeiras mostrou seu brio e não se deixou intimidar, respondendo as jogadas dos donos da casa.

Vale destacar que aos 16 minutos da segunda etapa, o goleiro Jailson se mostrou atento ao se esticar para fazer dificílima defesa do chute de Pavón, para alívio dos 2 mil palmeirenses presentes no estádio La Bombonera na noite desta quarta-feira (25).

Aos 17 minutos, o técnico Roger Machado resolveu mexer pela primeira vez no time, tirando Borja para a entrada de Willian. Renovando o fôlego do ataque, sobrou mais criatividade no meio de campo do Alviverde.

Poucos minutos depois, em um lance no qual o goleiro Rossi saiu da grande área para afastar a bola, Lucas Lima aproveitou um bate-rebate, além do fato de o arqueiro adversário estar fora da meta, e conseguiu, na segunda tentativa, aplicar bela cobertura, de longe, ampliando a vantagem palmeirense no marcador. (Boca Juniors 0 x 2 Palmeiras)

Aos 28, aproveitando a vantagem no placar, Roger Machado teve tranquilidade para mexer pela segunda vez no time, tirando Keno para a entrada de Hyoran, trocando um atacante por um meia. Com a mexida do treinador, o Alviverde ganhou mais consistência defensiva, mas sem perder a ligação direta com o ataque.

Administrando bem o resultado e ainda assim tentando criar novas chances, o técnico palmeirense fez sua última substituição aos 37 minutos, trocando Lucas Lima por Moisés. O dono da camisa 10 palestrina ajudou o Alviverde a organizar os setores criativos da equipe.

Na reta final do jogo, o Palmeiras se mostrou extremamente seguro, sem sequer sentir pressão do time argentino. O árbitro da partida ainda concedeu quatro minutos de acréscimos, e a bola rolou até os 49 minutos, mas o placar continuou igual: Boca Juniors 0 a 2 Palmeiras.

Palmeiras: Jailson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima (Moisés, aos 37’/2ºT); Dudu, Keno (Hyoran, aos 27’/2ºT) e Borja (Willian, aos 16’/2ºT). Técnico: Roger Machado.

Cartões amarelos: Hyoran, Marcos Rocha e Keno.

Gols: Keno (39’/1ºT) (0-1) e Lucas Lima (21’/2ºT) (0-2)

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca