25 de fevereiro de 2018. O jogo do PSG contra o Olympique de Marselha pelo campeonato francês fez com que muitos brasileiros ficassem apreensivos. Neymar, o principal jogador da seleção brasileira, fraturou o quinto metatarso do pé direito, às vésperas da Copa do Mundo. Mas o tempo passou, nosso camisa 10 se recuperou e já está pronto para vestir a amarelinha na campanha em busca do hexa. Na Copa, o Brasil está no grupo E, ao lado de Suíça, Costa Rica e Sérvia.
O Brasil se classificou para a Copa com mais de um ano de antecedência. No entanto, engana-se quem pensa que desde o início das Eliminatórias o desempenho brasileiro passava confiança. Tudo mudou após Tite assumir o comando da seleção. Antes dele, sob a batuta de Dunga, o Brasil havia disputado seis partidas, com duas vitórias, três empates e uma derrota. Sexta colocação no geral, posição que deixava a seleção brasileira fora de uma edição da Copa do Mundo pela primeira vez.
E eu vou te mostrar com números porque Tite pode ser considerado o “salvador da pátria”. Com seus critérios baseados em “merecimento” e “o campo fala”, o treinador desenvolveu um padrão tático eficiente na seleção desde a primeira partida como comandante. Tite estreou diante do Equador, no dia 1º de setembro de 2016. Triunfo por 3 a 0 que encerrou um jejum de mais 30 anos sem vencer na casa do adversário.
De lá pra cá, foram mais dez vitórias, dois empates e nenhuma derrota. A classificação veio no duelo contra o Paraguai, na 14ª rodada. O placar foi o mesmo da estreia da era Tite: 3 a 0 para o Brasil. Nesses 12 jogos, o ataque brasileiro balançou as redes 30 vezes, enquanto a defesa foi vazada em apenas três oportunidades.
O Brasil encerrou a participação nas Eliminatórias com 41 pontos em 18 partidas. Foram 12 vitórias, cinco empates, uma derrota, 41 gols marcados e 11 gols sofridos. Pontuação inédita e que entra para história da seleção no torneio como a maior desde que o atual sistema de disputa foi implantado, em 1998. Até então, o recorde era de 34 pontos, número que se repetiu nas edições de 2006 e 2010.
Com Pelé como destaque em 1958, 1962 e 1970, Romário em 1994, e Ronaldo em 2002, cabe à Neymar ser o protagonista em 2018. Apesar de contar com excelentes jogadores ao seu lado, como Philippe Coutinho, William e Gabriel Jesus, o jogador mais caro da história é a principal liderança técnica da equipe. O craque revelado no Santos já mostrou ao mundo do que é capaz.
Seus dribles desconcertantes, assistências geniais e vasto repertório de gols faz com que ele seja “o cara” da equipe. Aos 26 anos, o camisa 10 chegou a marca de 55 gols com a camisa do Brasil, número que o igualou a Romário, quarto maior artilheiro da história da seleção brasileira. Neymar ainda está atrás de Zico, que possui 66 gols pela seleção, Ronaldo Fenômeno, com 67 gols e, Pelé, que lidera a lista com 95 gols.
A boa fase do Brasil faz com que a seleção seja credenciada como uma das favoritas ao título. A boa fase do goleiro Alisson, que é destaque em seu time e na seleção, transmite confiança aos brasileiros. A solidez defensiva e a segurança dos zagueiros, além da qualidade do lateral Marcelo, deixa os brasileiros menos preocupados. Casemiro, o “cão mordedor” do Brasil, chega à seleção após ótimas atuações pelo Real Madrid.
Paulinho, em grande fase pelo Barcelona, surpreende as defesas adversárias com suas aparições no ataque. A habilidade de Willian e Philippe Coutinho, titulares absolutos em suas equipes, é um diferencial para a velocidade no ataque e auxílio na recomposição defensiva. Gabriel Jesus é a esperança brasileira como centroavante. O atleta, que na última Copa pintava as ruas de seu bairro, nesta edição do Mundial tem o carinho dos torcedores brasileiros. Todos liderados por Neymar, o maestro da equipe.
O Brasil estreia na Copa contra a Suíça, em Rostov, neste domingo, às três da tarde, horário de Brasília. Na segunda rodada, a adversária será a Costa Rica, no dia 22, em São Petersburgo, às nove da manhã. A seleção fecha a primeira fase contra a Sérvia, no dia 27, em Spartak, às três da tarde, horário de Brasília.