O técnico do La Calera, Martín Anselmi, foi demitido nesta segunda-feira, 25, três dias antes da partida contra o Santos pela Sul-Americana. O treinador não suportou a derrota por 3 a 2 para o Coquimbo Unido e sofreu afastamento pela comissão técnica do time, que anunciou o comunicado pelas suas redes sociais.
A saída do argentino ocorreu antes do início da terceira rodada da fase de grupos da Sul-
Americana. O Unión La Calera é o atual líder do Grupo C do torneio, com 4 pontos, mas estava mal nos campeonatos locais.
Com isso, as críticas e a dura repressão contra o técnico do La Calera levaram à demissão do profissional, que enfrenta seu primeiro cargo como treinador oficial.
No passado, Anselmi já havia atuado como auxiliar fixo nos times do Independiente del Valle, do Equador, e no Inter. No entanto, conseguiu apenas duas vitórias em 15 jogos, com nove empates e quatro derrotas.
Por enquanto, o La Calera ainda não anunciou nenhum nome que poderá substituir o técnico durante o campeonato.
Demissão do técnico do La Calera não é novidade
Embora possa surpreender a demissão do técnico do La Calera durante um campeonato latino, as movimentações entre temporadas é um fator comum no cenário futebolístico.
De acordo com a Betway Insider, só durante o Campeonato Brasileiro de 2020 foram 26 trocas de treinadores. Isso representa uma média um pouco maior de duas a cada três rodadas.
Em 2021, o número caiu para 20. Contudo, isso só ocorreu por conta das restrições impostas aos clubes, onde cada time só poderia demitir um treinador para contratar outro.
A medida durou somente uma temporada, e a edição 2022 pode voltar a atingir esses números.
Para a Betway, casa de apostas online, os motivos para essa instabilidade variam, incluindo, por exemplo, a incapacidade de dirigentes, que possuem pouco conhecimento do futebol, e a pressão de torcedores e da mídia esportiva.
Inclusive, esse foi o motivo que levou à demissão do técnico do La Calera, comprometendo o time durante o Campeonato Sul-Americana.
No entanto, a Betway indica que podem existir outras razões para a rotatividade no cargo dos times de futebol.
Insatisfação pessoal pode contribuir para demissões
É o caso de Vagner Mancini, que se destacou logo em seu primeiro trabalho oficial, conquistando o Campeonato Estadual de 2005 com o Paulista.
Entretanto, depois disso foram 23 trabalhos diferentes em 18 anos. Nas últimas cinco temporadas, o técnico teve média de dois times por ano.
Além disso, também afirma que não consegue planejar suas atividades. “Férias, só tenho quando estou entre um clube e outro. Não consigo de maneira nenhuma me programar para isso”, confessa durante entrevista para o time do Betway Insider, site de palpites no Brasileirão.
O técnico de 55 anos também não leva seus membros familiares para a cidade onde está
trabalhando, por não saber quanto tempo ficará.
Isso proporciona uma maior rotatividade no cargo de treinador, como aconteceu com o técnico do La Calera, Anselmi. Por outro lado, o site de apostas esportivas também ressalta que os próprios treinadores contribuem para esse cenário.
Por exemplo, Mancini se destacava no América-MG, estando próximo de conquistar a vaga na Libertadores. No entanto, escolheu deixar o cargo com o campeonato em andamento, como aconteceu com o técnico do La Calera, para tentar salvar o Grêmio do rebaixamento, sem sucesso.
Posteriormente, foi demitido logo no início do Campeonato Gaúcho, mesmo cenário atual.
Dessa forma, a rotatividade é muito marcante, seja em casos de resultados negativos com o clube ou motivações pessoais.
Mesmo com as demissões, as rodadas seguem em andamento, e os times brasileiros devem enfrentar o clube chileno nas próximas partidas sem a presença de Anselmi