O Vasco da Gama elegeu na madrugada deste sábado, 20, o seu novo presidente pra o triênio 18, 19, 20. Em um pleito cheio de reviravoltas e com costuras políticas que se assemelharam a um golpe, o Gigante da Colina decidiu que será administrado pelo médico Alexandre Campello, que era vice na chapa do favorito da oposição, Julio Brant.
Campello rompeu com seu ex-aliado um dia antes da eleição do Conselho Deliberativo e se aproveitou de crescente descontentamento com o rival para angariar apoio.
Uma semana antes da reunião do Conselho Deliberativo do Clube, que define realmente quem será o presidente do clube, uma vez que as eleições no Vasco da Gama são indiretas e totalmente retrogradas, Julio Brant, que havia vencido as eleições nas urnas, convocou uma entrevista coletiva na Barra da Tijuca um dia após boatos de que São Januário havia sido saqueado. O até então favorito para substituir o ultrapassado Eurico Miranda diz ser o presidente do Vasco.
Foi exatamente por conta da afirmação infeliz e soberba, que Julio Brant caiu e abriu espaço para a subida de seus adiversários e da “traição” de seu aliado, que chegou à vitória.
Isolado politicamente, sem contar com o apoio dos beneméritos mais antigos do Vasco da Gama, traído por Campello, alvo de Eurico Miranda, Carlos Leite e Roberto Monteiro e mostrando a certeza da vitória, Julio Brant foi abatido nas eleições e ficou desnorteado com o resultado.
Ruim para Brant, que terá de esperar até 2020 para realizar se sonho. Já o Vasco se vê agora dominado por uma incógnita, pois seu novo presidente jura ser 100% oposição, mas contou com o apoio total da situação. Fala em unir o Vasco, mas já começou com uma série de rompimentos.
Apesar de ter sido eleito de forma conturbada e surpreendente, Campello tem uma vantagem com relação a Brant: A transição.
Eurico Miranda e Campello devem fazer o processo de transição transcorrer tranquilamente, uma vez que se tornaram “aliados”, a “guerra” deve começar na hora da distribuição de cargos, afinal acordos políticos sempre custam caro para os que levam a melhor. d
Campello jura que Eurico Miranda não terá nenhum tipo de participação no clube, mas ja se diz nos corredores, que Euriquinho, filho do ex-presidente, vai seguir com um cargo no clube.
“Participação do Eurico será nenhuma. Nossa chapa é pura. Não existe acordo. Não tem membro do Eurico nas nossas chapas, nem na vice-presidência nem nos cargos executivos”, afirmou Campello.
Campello emitiu uma nota oficial logo após sua vitória.
Confira primeira nota oficial de Campello como novo presidente do Vasco
A mudança venceu – Agora é unir o Vasco e seguir no rumo das vitórias e conquistas
Vascaínos, o desejo de mudanças expresso na Assembleia Geral do dia 07 de novembro triunfou. Agradeço a confiança da maioria do Conselho Deliberativo que elegeu uma diretoria administrativa completamente renovada, sem a presença de representantes da diretoria anterior.
O estatuto do Vasco prevê que é o Conselho Deliberativo o responsável por eleger a diretoria administrativa e isso existe para evitar que um presidente seja eleito sem sustentação para tocar sua gestão.
Portanto, a legalidade e a democracia vascaína foram integralmente respeitadas.
A divisão fraticida que paralisa o clube em eternas brigas internas precisa amainar em nome dos interesses superiores do Vasco e de sua imensa torcida.
A partir de segunda-feira, 22, quando começa meu mandato, estarei diuturnamente trabalhando para colocar o Vasco no lugar de liderança no cenário esportivo nacional, de acordo com sua história e suas tradições.
Para isso será necessário um árduo e paciente trabalho que depende do concurso e apoio de todos os vascaínos e vascaínas.
Pretendo ser, e serei, o presidente da unidade, o presidente de todos os vascaínos, independentemente da preferência manifestada por este ou aquele nome na disputa que hoje se encerra. Afinal, nenhuma pessoa é mais importante do que o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama.
Na tarde deste sábado (20/01), concederei uma entrevista coletiva onde falarei mais sobre o futuro do nosso clube.
Saudações vascaínas.
Alexandre Campello