O baiano Keno Marley, de 21 anos, medalha de prata no Pan de Lima (Peru) e garantido na Olimpíada Tóquio (Japão), foi um dos principais destaques na abertura do 1º Grand Prix de Boxe do Brasil, na Arena Carioca II, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Na estreia nesta terça-feira (29), Marley venceu por nocaute o mineiro Carlos Pereira (categoria até 81 quilos). As lutas seguem nesta quarta e sexta-feira (2 de julho), sempre a partir das 15h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo no Canal Olímpico. A grande expectativa é pela estreia hoje (30) de Bia Ferreira, atual campeã mundial na categoria até 60 kg.
Por precaução, segundo a Confederação Brasileira de Boxe (CBboxe), após o nocaute o pugilista Carlos Pereira foi levado de ambulância para atendimento em hospital neurológico, embora estivesse se sentindo bem ao fim da luta. Houve demora no retorno da ambulância à Arena Carioca, e a estreia da baiana Bia Ferreira, uma das favoritas ao ouro em Tóquio, precisou ser adiada para esta quarta (30). O evento visa dar ritmo de competição aos classificados a Tóquo 2020. A competição reúne os melhores pugilistas do país, quatro por categoria de peso, na qual todos lutam entre si. Além de Keno Marley e BIa Ferreira, o Brasil será representado nos Jogos pelos pugilistas Abner Teixeira (91kg), Graziele Jesus (51kg), Hebert Souza (75kg), Jucielen Romeu (57kg), e Wanderson de Oliveira (63kg). Confira AQUI a lista completa de todos os participantes.
O boxe brasileiro já conquistou cinco medalhas olímpicas. Depois do bronze de Servílio de Oliveira (1968), o pais amargou um longo jejum sem pódios, que só foi quebrado nos Jogos de Londres (2012). Foram três medalhas na ocasião, e um dos destaques foi o bronze conquistado por Adriana Araújo, que fez história ao se tornar a primeira atleta do boxe brasileiro feminino a subir ao pódio olímpico. Também em Londres brilharam os irmãos Falcão: Yamaguchi levou bronze, enquanto Esquiva faturou a prata. Na Rio 2016, a estrela foi Robson Conceição com a medalha de ouro.