EL GRINGO, Arica / Chile (Sexta-feira, 19 de agosto de 2022) – Os surfistas peruanos se destacaram nos tubos de 6-8 pés da sexta-feira em El Gringo, vencendo as três primeiras baterias do dia na Ex Isla El Alacrán de Arica, no Chile. Joaquin del Castillo ganhou a primeira fazendo novos recordes para o Maui and Sons Arica Pro Tour, 14,67 pontos e nota 9,0 num tubaço incrível. E os irmãos Miguel e Tomas Tudela, também estrearam com vitórias no primeiro QS 5000 da temporada 2022/2023 da World Surf League (WSL) Latin America.
Na sexta-feira, foram realizadas mais sete baterias, até o vento entrar acabando com a formação dos tubos em El Gringo, numa das bancadas mais perigosas do mundo. As três primeiras do dia fecharam a rodada inicial e as outras quatro foram vencidas pelos brasileiros Ian Gouveia, Rafael Teixeira, Valentin Neves e o argentino Leandro Usuna. A segunda metade deste rounde 2 ficou para o sábado, com a primeira chamada marcada para às 7h00, 8h00 no Brasil. O show de surfe está sendo transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
A expectativa é de que seja mais um dia de boas ondas em El Gringo. Como na sexta-feira, que já começou com Joaquin del Castillo batendo recordes na 11.a edição do Maui and Sons Arica Pro Tour no Chile. O peruano pegou uma esquerda enorme e botou pra dentro, ficando muito profundo, com as placas caindo até ele reaparecer depois da baforada, parecendo Teahupo´o. Os juízes deram nota 9,00, que ele somou com o 5,67 da onda anterior, para totalizar 14,67 pontos. Matheus Navarro passou junto com ele, barrando o campeão panamericano no Panamá, Mateus Sena, e o chileno Nicolas Ramos Falcon.
“Estou superfeliz em estar aqui em Arica mais uma vez, reencontrando bons amigos. Acho que o relacionamento com essa onda é muito importante. É uma onda de qualidade internacional e estou supercontente em fazer uma boa bateria”, disse Joaquin del Castillo. “No começo, deixei algumas ondas passar, mas essa eu me coloquei atrás do pico e o tubo foi incrível. Estou muito feliz, porque eu amo surfar, então poder pegar essas ondas nesses dias aqui em El Gringo, El Buey, foi incrível. Certamente, Arica é um lugar que sempre vou voltar”.
Esta é a oitava vez que Joaquin del Castillo participa do Maui and Sons Arica Pro Tour e seu melhor resultado foi em 2019, quinto lugar parando nas quartas de final. Ele voltou a competir na sexta-feira contra três brasileiros na segunda fase. Nesta bateria, o jovem Valentin Neves pegou os melhores tubos para vencer, mas Joaquin passou em segundo, barrando Ryan Kainalo e Igor Moraes. Os dois eliminados estão no grupo dos dez primeiros colocados no ranking regional da WSL Latin America, que serão indicados para o Challenger Series 2023, a divisão de acesso para o World Surf League Championship Tour.
LÍDER DO RANKING – O líder do ranking é outro integrante do “Inka Team”, Miguel Tudela, que venceu as duas únicas etapas que competiu na América do Sul esse ano, no Equador e em Iquique, no Chile. Miguel já participou duas vezes da etapa do CT em Banzai Pipeline, no Havaí, como convidado. Então, sabe bem o caminho dos tubos para a esquerda, como El Gringo. O peruano achou boas ondas para derrotar os brasileiros Pedro Neves, Fernando Junior e João Jucoski, que sofreu uma das quedas mais terríveis do dia, mas está bem.
“Estou contente por ter passado essa primeira bateria. Minha estratégia era pegar boas ondas para surfar os tubos e ir melhorando as notas”, disse Miguel Tudela. “Felizmente, tudo funcionou como eu planejei. Não peguei tubos tão grandes, mas o importante era avançar e consegui isso. Estou com uma prancha muito boa para tubos, então espero continuar avançando para conseguir um bom resultado no evento”.
Miguel já competiu cinco vezes no Maui and Sons Arica Pro Tour e foi semifinalista em 2015, no ano que as finais foram canceladas por causa do mar gigantesco em El Gringo no último dia. Ele estava na bateria da segunda fase que acabou ficando para abrir o sábado, porque o vento chegou na hora que estavam entrando no mar. Seu irmão, Tomas Tudela, campeão do QS de Arica em 2017, vai competir junto com ele e os chilenos Manuel Selman e Gustavo Dvorquez.
VITÓRIAS BRASILEIRAS – Quem passar por essa segunda fase, já avança para a rodada classificatória para as quartas de final. Depois de três vitórias peruanas nas baterias que fecharam a rodada inicial, vieram três brasileiras também seguidas. A primeira foi conquistada por Ian Gouveia, com Vitor Ferreira confirmando uma dobradinha verde-amarela sobre o chileno Leon De La Torre e o argentino Tomas Lopez Moreno.
“A bateria foi boa, com vento terral, hoje tem Sol, então está um dia incrível e estou muito feliz por ter vencido”, disse Ian Gouveia. “O mar ainda está um pouco difícil e entrei na bateria querendo esperar para pegar um tubaço. Mas, não tava vindo muita onda, então tive que mudar a estratégia e consegui duas notas de 5 pontos, que foram suficientes para avançar”.
Na segunda bateria, deu dobradinha brasileira de novo, com Rafael Teixeira e Heitor Mueller eliminando mais um chileno e um argentino, Diego Medina e Franco Radziunas, respectivamente. Com a classificação para a terceira fase, Heitor já aparece em segundo lugar no ranking da WSL Latin America e Rafael foi um dos três surfistas que entraram no G-10 na sexta-feira. Os outros foram Vitor Ferreira e Valentin Neves, tirando da lista os também brasileiros Lucas Vicente, Krystian Kymerson e o argentino Santiago Muniz.
VAGAS NO G-10 – Mas, a batalha pelas vagas na zona de classificação para o Challenger Series 2023, continua aberta com os 5.000 pontos que estão em jogo no Maui and Sons Arica Pro Tour. O próprio Krystian Kymerson, o também brasileiro Samuel Igo e o chileno Guillermo Satt, campeão nos tubos de El Gringo em 2011, que estão juntos na sétima e penúltima bateria da segunda fase, ingressam no G-10 se passarem para o rounde 3 na manhã deste sábado.
Eles acabarão ultrapassando os mesmos Rafael Teixeira, Vitor Ferreira e Valentin Neves, que entraram na sexta-feira. Além deles, ainda tem Gabriel Klaussner muito próximo dessa briga e o argentino José Gundesen, que pode retomar a vice-liderança no ranking de Heitor Mueller se também avançar para a próxima fase. Os dois estão juntos com o uruguaio Marco Giorgi e o peruano Cristobal de Col, na bateria que vai fechar esta segunda rodada. Será a terceira a entrar no mar no sábado, que promete ser mais um dia emocionante em El Gringo.
RESULTADOS DO MAUI AND SONS ARICA PRO TOUR NA SEXTA-FEIRA:
PRIMEIRA FASE – 3.o=33.o lugar (US$ 300 e 450 pts) e 4.o=49.o lugar (US$ 200 e 400 pts):
06: 1-Joaquin del Castillo (PER), 2-Matheus Navarro (BRA), 3-Mateus Sena (BRA), 4-Nicolas Ramos Falcon (CHL)
09: 1-Miguel Tudela (PER), 2-Pedro Neves (BRA), 3-Fernando Junior (BRA), 4-João Jucoski (BRA)
10: 1-Tomas Tudela (PER), 2-Lucas Silveira (BRA), 3-Thiago Camarão (BRA), 4-Jessé Mendes (ITA)
SEGUNDA FASE – 3.o=17.o lugar (US$ 500 e 800 pts) e 4.o=25.o lugar (US$ 400 e 720 pts):
1.a: 1-Ian Gouveia (BRA), 2-Vitor Ferreira (BRA), 3-Leon De La Torre (CHL), 4-Tomas Lopez Moreno (ARG)
2.a: 1-Rafael Teixeira (BRA), 2-Heitor Mueller (BRA), 3-Diego Medina (CHL), 4-Franco Radziunas (ARG)
3.a: 1-Valentin Neves (BRA), 2-Joaquin del Castillo (PER), 3-Igor Moraes (BRA), 4-Ryan Kainalo (BRA)
4.a: 1-Leandro Usuna (ARG), 2-Eric Bahia (BRA), 3-Pedro Amorim (BRA), 4-Matheus Navarro (BRA)
———ficaram para abrir o sábado:
5.a: Miguel Tudela (PER), Tomas Tudela (PER), Manuel Selman (CHL), Gustavo Dvorquez (CHL)
6.a: Eduardo Motta (BRA), Lucas Silveira (BRA), Douglas Silva (BRA), Pedro Neves (BRA)
7.a: Krystian Kymerson (BRA), Guillermo Satt (CHL), Samuel Igo (BRA), Philippe Neves (BRA)
8.a: José Gundesen (ARG), Gabriel Klaussner (BRA), Marco Giorgi (URU), Cristobal de Col (PER)
TERCEIRA FASE – 1.o e 2.o=Quartas de Final / baterias já formadas:
—3.o=9.o lugar (US$ 1.000 e 1.575 pts) e 4.o=13.o lugar (US$ 700 e 1.440 pts):
1.a: Ian Gouveia (BRA), Rafael Teixeira (BRA), Joaquin del Castillo (PER), Eric Bahia (BRA)
2.a: Heitor Mueller (BRA), Vitor Ferreira (BRA), Leandro Usuna (ARG), Valentin Neves (BRA)
3.a: 1.o da 5.a e 6.a baterias da Segunda Fase e 2.o da 7.a e 8.a
4.a: 1.o da 7.a e 8.a baterias da Segunda Fase e 2.o da 5.a e 6.a