Congratulations @rissmoore10, 2021 WSL World Champion! ?@ripcurl #ripcurlwslfinals pic.twitter.com/mNuaA8zlcW
— World Surf League (@wsl) September 14, 2021
Tatiana repetiu o feito de Silvana Lima, vice-campeã mundial em 2008 e em 2009. São as três melhores campanhas do surfe feminino do Brasil na história.
Foi a primeira vez em 45 anos que o circuito foi definido em uma série de baterias mata-mata, reunindo os cinco melhores do ranking masculino da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) e as cinco do feminino. Os líderes da temporada (Carissa, no caso das mulheres), entraram diretamente na decisão. Tatiana, como segunda colocada, teve que disputar uma fase anterior à final com a havaiana.
Antes de enfrentar Carissa, Tatiana teve de encarar Sally Fitzgibbons. A brasileira passou a maior parte da bateria atrás da australiana, que obteve 11,73 de somatório (6,00 e 5,73 como maiores notas). A seis minutos do fim, precisando de pelo menos um 6,56, a gaúcha acertou uma sequência de manobras que rendeu uma nota 8,00, mais que suficiente para colocá-la na liderança e classificá-la à final.
A primeira bateria da decisão foi equilibrada, com Tatiana e Carissa se alternando na frente. A havaiana teve a maior nota (8,33), mas não conseguiu encaixar manobras mais ousadas em outras ondas, tendo 5,73 como segunda maior nota. A brasileira teve êxito na reta final, obtendo um 7,33 e um 7,87 nos minutos derradeiros, vencendo por 15,20 a 14,06.
Carissa iniciou a segunda bateria com tudo, conseguindo um 8,93, a maior nota da final, nos primeiros segundos. Tatiana esboçou reação com um 7,93 e podia ter assumido a liderança na quarta onda, mas não concluiu a manobra que trazia expectativa de uma nota acima de oito. No fim, a brasileira ainda fez um 7,67, mas a nota não só foi insuficiente para encostar na rival, como a havaiana cravou um 8,33, chegando a 17,26 de somatório (contra 15,60) e empatando a decisão.
As duas primeiras boas ondas da bateria final foram aproveitadas por Carissa, que conseguiu uma nota 8,00 e um 7,00 em sequência. Tatiana respondeu com um 8,03, mas a havaiana não deu tempo para a brasileira respirar e já obteve um 8,60, aumentando o somatório para 16,60. A dois minutos do fim, a gaúcha acertou duas ótimas manobras, mas não concluiu a terceira e cravou apenas 6,17 na última tentativa (ela precisava de um 8,58). Melhor para a rival, que comemorou o quinto título mundial.